Quebrando o mito: mulheres são tão motivadas quanto os homens para ascender na carreira e alcançar cargos de liderança
Pesquisa realizada pela Robert Half, em parceria com o Insper, revela que mulheres e homens têm o mesmo nível de motivação para liderar, visão de si como líder e preocupações sobre promoção
São Paulo, 08 de março de 2022 - O Dia Internacional da Mulher marca o
mês de março e incentiva as empresas a lançarem ações em prol da promoção da
igualdade de gênero no mercado de trabalho. Por mais que seja possível notar um
aumento gradual, ano após ano, na preocupação das organizações em diminuir a
desigualdade, homens ainda tendem, de forma significativa, a ocupar posições
mais altas na hierarquia das empresas. Essas diferenças de poder hierárquico,
no entanto, não são explicadas por distinções na motivação de ascender ou
liderar. É o que revela a pesquisa “Perspectivas sobre os Desafios do Pipeline
de Liderança”, realizada pela Robert Half e pelo Insper.
De acordo com o estudo conduzido por
Gustavo Tavares e Tatiana Iwai, professores do Insper, ao longo do pipeline de liderança, os
profissionais enfrentam dois grandes receios em relação à ascensão:
preocupações sobre competência (medo de falhar e não possuir as competências
necessárias para o próximo nível) e preocupações sobre o equilíbrio entre vida
pessoal e trabalho. Parte das constatações da pesquisa envolve a percepção de
que as preocupações relacionadas à competência diminuem à medida que o
profissional avança na hierarquia. Os receios em relação ao balanço vida
pessoal-trabalho, por outro lado, são latentes ao longo de toda a trajetória
profissional, sem distinção entre homens e mulheres.
Os insights levantados promovem a quebra
de alguns mitos, especialmente o de que a discrepância na participação de
mulheres e homens em cargos de liderança esteja associada ao fato de que as
mulheres possuem maiores preocupações em relação ao equilíbrio vida
pessoal-trabalho, de que não sentem motivação para liderar, ou até mesmo de não
se enxergarem em posições de liderança. Ao longo do pipeline, como demonstrado
na pesquisa, é possível perceber que mulheres e homens têm o mesmo nível de
motivação para ascender na carreira e alcançar cargos de liderança. A
metodologia adota uma escala de motivação para liderar que vai de 1 à 7, onde 1
é muito baixa, e 7 é muito alta.
“Ainda que a noção arraigada de “think leader, think male”
venha se enfraquecendo, ela continua presente nas organizações. Nesse sentido,
nosso estudo alerta para a existência de estereótipos de gênero, como o de que
mulheres são menos confiantes em sua capacidade de liderar ou priorizam mais
família à carreira. Isso é um equívoco. Mulheres se sentem tão prontas e
motivadas a liderar como homens”, ressalta Tatiana Iwai, do Insper. “A atual
menor representatividade de mulheres em posições mais altas na hierarquia não
se explica por diferenças fixas e estáveis entre homens e mulheres, mas muito
mais pela falta de incentivos e práticas organizacionais que realmente forneçam
as condições e oportunidades para as mulheres ascenderem”, complementa Tatiana.
“Diversas percepções são quebradas
quando paramos para analisar e ouvir, das próprias pessoas envolvidas, como
elas se sentem em relação a determinada questão. É visível que as empresas
estão preocupadas com o tema de igualdade de gênero e que reconhecem os seus
benefícios, mas não podemos negar que ainda faltam políticas específicas para
essa questão no ambiente corporativo. É fundamental ter em mente que o
recrutamento é apenas a porta de entrada que as mulheres têm para começar a
galgar espaço nas empresas. É um bom início, mas não o suficiente para que o
ambiente se torne, de fato, inclusivo, principalmente quando falamos sobre
cargos de gestão”, reflete Maria Sartori, Diretora Associada da Robert Half.
“Quando não vemos mulheres em posições de liderança, isso não está associado à
falta de capacidade ou motivação, o que foi reforçado na pesquisa. Muitas
vezes, o que realmente falta é a criação de um ambiente acolhedor dentro das
empresas", finaliza Maria.
Sobre a Robert Half
É a primeira e maior empresa de
recrutamento especializado no mundo. Fundada em 1948, a empresa opera no Brasil
selecionando profissionais permanentes e para projetos especializados nas áreas
de finanças, contabilidade, mercado financeiro, seguros, engenharia,
tecnologia, jurídico, recursos humanos, marketing e vendas e cargos de alta
gestão. Com presença global e atuação na América do Norte, Europa, Ásia,
América do Sul e Oceania, a Robert Half aparece em listas das empresas mais
admiradas do mundo. A Robert Half é reconhecida, também, por seu compromisso de
promover a igualdade e proporcionar uma cultura que apoia a diversidade.
Sobre o Insper
O Insper é uma instituição independente e sem fins lucrativos, que busca ser referência em educação e geração de conhecimento por meio do ensino de excelência e pesquisas nas áreas de Administração, Economia, Direito, Engenharia, Políticas Públicas, Comunicação e Tecnologia. No portfólio, cursos para várias etapas de uma trajetória profissional: graduação (Administração, Economia, Direito, Engenharia e Ciência da Computação), pós-graduação lato e stricto sensu (Certificates, MBAs, programas da área de Direito, Mestrados Profissionais e Doutorado) e Educação Executiva (programas de curta e média duração, e customizados de acordo com as necessidades das empresas). No âmbito da produção de conhecimento, o Insper atua por meio de cátedras e centros de pesquisa que reúnem pesquisadores em estudos e projetos dirigidos a políticas públicas, agronegócio, educação, inovação, finanças e gestão. Tem as acreditações de qualidade da Association to Advance Collegiate Schools of Business (AACSB), EQUIS (European Quality Improvement System), Association of MBAs (AMBA) e Associação Nacional de MBA (Anamba).
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