A Geração Z e o risco de uma "cultura de papel" nas organizações
* Por Felipe Leonard, CEO e presidente da S.I.N. Implant
System
Segundo estimativa da Organização das Nações Unidas (ONU),
um terço da população global hoje pertence à geração Z nascida entre 1995 e
2009.
Uma timeline do período incluiria com certeza a queda do
muro de Berlim, o ataque às Torres Gêmeas e a ascensão da China como
superpotência, além da revolução tecnológica e mudanças culturais como a
legalização do casamento de pessoas do mesmo sexo.
A chamada “Gen Z” surgiu na efervescência social e cultural
da virada do milênio. E isso faz toda a diferença no DNA comportamental de quem
já está protagonizando nossos tempos.
O Fórum Econômico Mundial destaca que a Geração Z vai
representar 27% de toda força de trabalho do mundo até 2025.
O fato é que os nativos digitais chegam aos ambientes
corporativos procurando relações de trabalho mais fluidas, jornadas baseadas em
cumprimento de tarefas, valorização de habilidades (em detrimento a títulos e
especializações), e, também, maior atenção às suas necessidades e a novas
possibilidades
Além disso, segundo pesquisa do Euromotor International, a
Geração Z formará até 2030 a maior base de consumidores de todo o globo. Como
clientes, eles demandam um pacote de autenticidade, inovação e valores
transformadores. São responsáveis nos gastos, levando em conta bastante o
custo-benefício.
O que isso tem a ver, enfim, com cultura organizacional?
Tudo. A geração que hoje tem entre 12 e 27 anos nasceu e se desenvolveu
totalmente no ambiente online, tal como o descrito por Marc Prensky em 2001.
Isso significa que cresceu junto com o Google, leu trilogias inteiras em
e-books, fez amizades virtuais etc. Mas anseia, ao mesmo tempo, por experiências,
benefícios e transformações... reais. Algo que envolva comprometimento,
sustentabilidade, tolerância, diversidade, inclusão e bem-comum.
Uma análise de tendências feita pela McKinsey concluiu,
aliás, que esse grupo é altamente crítico e pragmático na hora de tomar
decisões e se relacionar com instituições – inclusive profissionalmente.
Surge aí um dilema. Como, afinal, reter talentos na Era da
Informação?
A resposta pode estar no fim da ‘cultura de papel’. Isto é,
devem ser extinguidos os códigos corporativos que, descritos no papel, são
muito bonitos e atraentes, mas na prática não são realmente vivenciados nos
corredores. E sequer são incorporados pelas lideranças ou nos diferentes níveis
da organização; também não envolvem ou abraçam os “colaboradores da base”, que
estão na linha de frente junto ao cliente. Muito menos os colocam como
elementos fundamentais na criação e manutenção da cultura natural e necessária
para a empresa. Ou seja, as organizações necessitam rever e tornar mais
consciente o que está expresso na tríade missão-visão-valores. Precisamos ter
menos promessas e mais ações, com um alinhamento mais concreto entre o discurso
e as práticas.
Posicionamentos reais e a construção coletiva é que vai
fortalecer a imagem das organizações, em sintonia fina entre o que está escrito
e o que é realizado.
É necessário priorizar a coerência e a transparência para
fomentar relações saudáveis em todas as esferas.
Mais do que um desafio geracional, a mudança de mindset
envolve a condução dos negócios como um todo.
Assim, a cultura organizacional deve ser como um organismo
vivo, que se molda e se transforma, a todo o momento, a partir das vivências e
vozes dos colaboradores.
No espaço de coexistência entre as organizações e seus
públicos, para termos uma cultura eficiente e com efetividade, precisamos antes
de tudo de empatia. A escuta ativa, o diálogo pujante e a colaboração devem ser
a força motriz do conjunto da organização.
O desenvolvimento das empresas precisa levar em conta a
compreensão do outro em suas individualidades e sua visão de mundo.
Desta forma, os valores pessoais devem ser a base para a
instauração da cultura organizacional, que, por sua vez, necessita de
dinamismo, uma vez que o ser humano é complexo e está sempre em atividade.
É porque isto é tão crítico? Porque disso depende o sucesso
e sobrevivência da organização a longo prazo. Como já alertou o “pai da
administração moderna”, Peter Drucker, há algumas décadas: “a cultura come a
estratégia no café da manhã”.
Nós somos hoje diferentes do que fomos ontem e do que
seremos amanhã. E as companhias necessitam ter uma visão empática, encaixando
melhor as expectativas dos indivíduos em suas estratégias e processos.
Como resultado, a cultura da empresa deve ser escrita e
reescrita. Este será o antídoto para não frustrar profissionais da geração Z,
logo após o onboarding.
Só assim teremos culturas organizacionais de fato, e não de papel.
Sobre a S.I.N. Implant System: referência mundial em produtos para implantes dentários, a S.I.N Implant System tem DNA brasileiro e está no mercado desde 2003. Hoje, seu parque fabril de última geração entrega mais de 5 milhões de produtos acabados todos os anos, com presença em 22 países. Com uma trajetória de conquistas apoiada nos princípios da simplicidade, inovação e nanotecnologia, a S.I.N. Implant System oferece as melhores linhas de implantes dentários do mundo, além de componentes protéticos. A empresa tem como visão oferecer o que há de melhor e mais seguro na área de implantodontia, utilizando, para isso, tecnologia de ponta e equipamentos de última geração, que passam por rigoroso controle de processos. A excelência em qualidade de seus produtos é garantida e comprovada por meio de certificações nacionais e internacionais. O sonho de restaurar sorrisos, iniciado com a Sra. Neide e o Dr. Ariel Lenharo, continua vivo. Em tempo: Ariel Lenharo foi o primeiro doutor em implantodontia do Estado de São Paulo, tendo também realizado sua pós-graduação nos Estados Unidos, no Pankey Institute. A Sra. Neide e o Dr. Lenharo estiveram à frente da companhia até 2009, quando o controle acionário da S.I.N passou para o fundo de investimentos Southern Cross Group, equity firm líder e mais antigo dedicado ao mercado latino-americano, com mais de U$ 2,8 bilhões investidos em 38 empresas em todo o continente. Mais informações em www.sinimplantsystem.com.br
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