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Como a pandemia aqueceu a procura por imóveis em Brasília

Com destaque para os lançamentos, o mercado imobiliário não para de crescer no DF

Créditos: iStock

Engana-se quem pensa que a pandemia de Covid-19 só trouxe prejuízos para a economia, pelo menos não foi isso que aconteceu no mercado imobiliário de Brasília. Mesmo com toda a insegurança do período, o Distrito Federal bateu recordes de vendas e lançamentos de imóveis nos últimos dois anos. Logo no final de 2020, o Valor Geral de Vendas ficou em R $2,2 bilhões, e não parou de crescer desde então. Além disso, muitas áreas estão muito mais valorizadas do que antes.

Crescimento surpreendente

De acordo com a pesquisa Índice de Velocidade de Vendas (IVV), realizada pela Associação das Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi-DF), em parceria com o Sindicato da Indústria da Construção Civil do DF (Sinduscon-DF), 2020 foi um divisor de águas para o mercado imobiliário candango. O Valor Geral de Lançamentos subiu 27,27%, e o Valor Geral de Vendas (VGV) teve um aumento de 46,66%, em comparação ao ano anterior, quando não existia pandemia.

Lançamentos em alta

O crescimento do mercado imobiliário da capital federal se deve muito aos novos imóveis que surgiram no período da pandemia. Segundo o IVV, só em novembro de 2020 foram lançados nove empreendimentos no Distrito Federal, com 625 unidades residenciais. Deste total, 465 imóveis foram vendidos imediatamente no período. Estamos falando de um mercado aquecido, sem dificuldade em escoamento, principalmente na região de Águas Claras, que concentra a maior parte das propriedades em obras.

Mais valorizados

Quando se fala em valores absolutos, a região que se destaca é o Plano Piloto, principalmente Asa Norte, Sudoeste e Noroeste. As áreas do Parque Sul e de Águas Claras também têm papel importante no ranking de imóveis mais valorizados.

Motivos para o crescimento

O crescimento imobiliário em Brasília durante a pandemia pegou muitos de surpresa. Não foi só a compra e venda que teve crescimento. A procura por um apartamento para alugar também registrou alta no período.

Muitos motivos podem ser pensados para justificar o aumento nos índices, e um deles foi a questão do home office. Com muitos trabalhadores em sistema de trabalho remoto, as famílias buscaram um apartamento mais espaçoso e confortável para trabalhar com mais tranquilidade, enquanto as crianças também passaram mais tempo em casa. Além disso, durante o período, houve muito incentivo para concessão de crédito para financiamento imobiliário, com cortes na Selic e redução na taxa básica de juros. Algumas pessoas que já estavam com seus apartamentos à venda antes da pandemia também flexibilizaram a venda, com medo de ficar muito tempo sem vender o imóvel, e isso fez com que o mercado se aquecesse de forma geral.

Cenário atual

Estamos na metade do ano e o cenário continua inspirador, pois já temos um aumento de quase 200% de venda de imóveis na capital federal de 2019 para 2022. O mês de março já se destaca como o mais lucrativo do ano para o setor, com mais de 6 mil imóveis vendidos em Brasília. Os lançamentos continuam em destaque, já que a última Sondagem do Mercado Imobiliário do DF, realizada pela Ademi, confirmou que todas as empresas do setor estão com empreendimentos em obras e 95% estão com imóveis à venda.

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