O que é mais vantajoso para uma clínica: plano de saúde ou atuação particular?
Éber Feltrim, CEO da SIS Consultoria, aponta os
prós e contras nas obrigações contratuais com um convênio, além de relatar
técnicas e formas de garantir maior lucratividade
Profissionais da saúde
costumam se perguntar se vale a pena atender através de um plano, seja em um
consultório particular ou em uma clínica. Esses especialistas estão sempre em
um constante dilema para entender qual é o método mais vantajoso para contar
com um bom número de pacientes, e assim manter uma alta taxa de lucro.
De acordo com Éber
Feltrim, especialista e consultor de negócios na área da saúde e CEO da SIS Consultoria, é preciso estar atentos
não só à tabela de preços dos planos de saúde, mas também em outras variáveis
que fazem toda a diferença. “Atente-se ao volume de serviço que o convênio
disponibiliza, a carteira de produtos e o quanto esse seguro impacta no mercado
daquela região específica. Existem cidades em que 20% da população usa convenio
e, por uma questão mercadológica, é interessante atender a essa demanda. Além
disso, é válido considerar se outros colegas atendem a essa rede, analisando o
quanto isso impactaria na concorrência do negócio”, pontua.
Para o consultor,
atender através de um convênio possui prós e contras. “Há protocolos
previamente acordados, facilitando as operações e diminuindo as chances de
erros. Além disso, o profissional tem uma carteira formada, com seu nome no
catálogo ou no site do plano e muitos desses pacientes vão em busca desses
serviços majoritariamente graças ao convênio. Por outro lado, sempre existe a
possibilidade de um descredenciamento da unidade por escolha do plano de saúde,
algo que pode gerar uma série de repercussões negativas. Vale lembrar que o
valor pago por um convênio, geralmente, é menor do que uma atuação no modo
particular”, declara. E isso, por si só não pode ser levado em conta para
atender ou não um convênio, como Feltrim afirmou acima.
Caso o profissional ou
a clínica queiram atuar sem o suporte de um convênio, é necessário realizar uma
análise detalhada sobre o número de clientes que são atendidos no particular.
“Em muitos casos, o paciente de plano vai para a clínica por conta de um
serviço, identifica-se com outro que, porventura, não é coberto pelo plano, e
então escolhe pagar diretamente. É preciso avaliar quantos clientes que fizeram
algum procedimento desta forma mas que vieram, efetivamente, através do
convênio”, revela Feltrim.
De acordo com o
especialista, as clínicas que oferecem uma estrutura mais moderna ou outros
diferenciais podem negociar melhores condições de pagamento por parte dos
seguros de saúde. “Considerando, por exemplo, uma unidade que é a única que
oferece determinado procedimento naquela região, ou que possui uma taxa
resolutividade muito alta e dá mais espaço para agendar os pacientes daquele
plano, é possível solicitar algum tipo de reajuste nas taxas e buscar valores
mais vantajosos”, relata.
Entre março de 2021 e
2022, a aderência a seguros odontológicos cresceu em aproximadamente 8% no
Brasil, conforme divulgado pela Agencia Nacional de Saúde Suplementar. Para
Feltrim, as clínicas dentárias devem se adaptar aos procedimentos exigidos
pelos convênios para não perderem parte da margem de lucro. “Se o plano tem
alguns protocolos como radiografia inicial, radiografia final e laudo,
realize-os para não aumentar a glosa. Existe também a possibilidade de fazer
vários procedimentos na mesma consulta, aumentando o ticket médio por
atendimento”, pontua.
Com o constante
crescimento no número de pessoas assinando planos de saúde, o consultor
acredita que os gestores precisam estar atentos a essas evoluções para se
enquadrarem de forma apropriada. “Além de buscar um aumento contínuo no volume
de pacientes, as clínicas precisam contar com uma análise
administrativo-financeira do negócio periodicamente, avaliando os indicadores
chaves de desempenho para ver quais convênios e serviços são mais rentáveis. O
trabalho da SIS Consultoria auxilia nesse tipo de situação, garantindo uma
maior segurança nas operações das clínicas e unidades hospitalares”, finaliza.
Sobre o Dr. Éber
Feltrim
Especialista em gestão
de negócios para a área da saúde, começou a sua carreira em Assis (SP). Após
alguns anos, notou a abertura de um nicho em que as pessoas eram pouco
conscientes a respeito, a consultoria de negócios e o marketing para a área da
saúde. Com o interesse no assunto, abdicou do trabalho de dentista, sua
formação inicial, e fundou a SIS Consultoria, especializada em desenvolvimento
e gestão de clínicas.
Sobre a SIS Consultoria
de Negócios
A SIS Consultoria pertence ao grupo SIS, com sede na cidade de Assis/SP. Com grande know-how e eficácia técnica na área de saúde, busca oferecer estratégias de qualidade para as empresas. Há mais de 30 anos no mercado, apresenta hoje significativa expansão e tem sua área de atuação em mais de 150 cidades do nosso país. A SIS busca, por meio de uma equipe ética e comprometida, promover o diferencial do seu negócio como ferramenta para o sucesso. Para mais informações, acesse https://www.sisconsultoria.net/ ou pelo Instagram @sis.consultoria.
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