Museu da Casa Brasileira realiza mostra que resgata técnicas construtivas ancestrais usadas atualmente em bioconstruções
Abertura: 18 de junho às 19h30 - Entrada gratuita
Visitação: até 9 de agosto
O Museu da Casa Brasileira, instituição da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, realiza, entre 18 de junho e 9 de agosto, a exposição Casas - a morada das almas, fruto de dez anos de pesquisa da fotógrafa Zaida Siqueira na documentação de técnicas construtivas ancestrais utilizadas nas diferentes regiões do Brasil. Com curadoria de Maria Lucia Montes, a mostra tem patrocínio da AkzoNobel e apoio da Atlas Cerâmica e Cromex.
Casas - a morada das almas apresenta fórmulas tradicionais de edificação, suas variações e adaptações. No desenvolvimento deste projeto, Zaida Siqueira percorreu 20 estados brasileiros registrando a sabedoria do homem ao lidar com a natureza para edificar sua casa, manuseando a terra, as pedras e a madeira. Ao estabelecer semelhanças de acordo com características climáticas e de solo, ela observou os aspectos da flora e da fauna.
As influências culturais também aparecem em seu trabalho, como em malocas (tipo de cabana comunitária utilizada pelos nativos da região amazônica) das terras indígenas de Mato Grosso. No interior de São Paulo e Minas Gerais, estados que viveram o apogeu da cultura do café, há registros de casarões de taipa e pau a pique. Na capital paulista, a construção do Pátio do Colégio, por exemplo, empregou essas duas técnicas na edificação das paredes.
A exposição é composta por setenta e duas fotografias, revelando aspectos curiosos da construção das casas brasileiras como o uso de elementos como cupinzeiros socados e açúcar mascavo; seis instalações criadas pelo engenheiro civil Felipe Pinheiro, nas quais pedaços de muros semi-prontos ilustram a estrutura interior das construções; duas maquetes, uma de edificação de palafita no Acre e outra, feita em pau a pique, do Casarão do Chá, em Mogi das Cruzes, que evidencia o emprego de troncos em curva, comum nos portais de entrada das antigas residências de reis no Japão; e seis arquivos audiovisuais que integram a série documental de episódios "Habitar Habitat", produzida em 2013 por Paulo Markun e dirigida por Sérgio Roizenblit, abordando habitações brasileiras que trazem de volta a taipa de pilão, o pau a pique, o adobe, palhoças, palafitas e trançados para cobertura vegetal, feitos com materiais como bambu e palha.
Segundo Zaida Siqueira, a proposta da pesquisa que embasou a exposição é resgatar técnicas ancestrais e analisar seu emprego nas edificações contemporâneas. "Na taipa, a parede é feita de terra pura, socada entre guias de madeira preenchidas; no pau a pique, o trançado de bambu recebe pedaços de pau e barro; da cidade de Souzas, interior de SP, há o registro de uma obra recente do engenheiro criador dos objetos para a mostra, que utilizou estrume para dar liga à massa do adobe: tijolo grande de barro enformado, seco no sol, feito a partir de areia, terra local e palha de arroz", revela a fotógrafa.
"A pesquisa revelou que essas técnicas estão sendo retomadas na bioconstrução, pois são sustentáveis e apresentam bons resultados acústicos e térmicos, além da qualidade ecológica. Essas edificações geram menos impacto durante a construção e podem ser reabsorvidas pela natureza", complementa Zaida.
Para Heder Frigo, diretor AkzoNobel Brasil, patrocinadora da exposição, valorizar o que já foi feito nas casas brasileiras é uma forma de aprimorar conceitos mais modernos na arquitetura atual. "O conceito de casa como resgate de cultura, sociedade e meio ambiente reforça nossa estratégia de Cidades Humanas", comenta.
Sobre Zaida Siqueira
Há 15 anos, a jornalista e fotógrafa paulistana Zaida Siqueira busca registros do cotidiano, estabelecendo pontes entre o ancestral e o contemporâneo. Sua obra resulta de intensa e ampla pesquisa das tradições e suas atuais aplicações na vida do homem, no ambiente rural e urbano, resgatando e valorizando esses conhecimentos. Aos 53 anos, ela já desenvolveu pesquisas em diversos estados brasileiros, também em comunidades indígenas, publicou seis livros e fez cinco exposições, sendo Casas - a morada das almas, seu sexto projeto.
Entre abril e junho de 2014, o Museu da Casa Brasileira realizou outra mostra de Zaida Siqueira, chamada Utensílios: o espírito da forma, feita em parceria com a ceramista Caroline Harari. A exposição apresentou um registro artístico da produção e uso de utensílios presentes no cotidiano doméstico das casas brasileiras.
Sobre o Museu da Casa Brasileira
O Museu da Casa Brasileira se dedica às questões da cultura material da casa brasileira. É o único do país especializado em design e arquitetura, tendo se tornado uma referência nacional e internacional nesses temas. Dentre suas inúmeras iniciativas, destacam-se o Prêmio Design Museu da Casa Brasileira, realizado desde 1986, e o projeto Casas do Brasil, que promove um inventário sobre as diferentes tipologias de morar no país.
Sobre a AkzoNobel
A AkzoNobel é uma companhia global líder em tintas e revestimentos e uma das principais produtoras de especialidades químicas. Contando com vários séculos de experiência, fornecemos para indústrias e consumidores em todo o mundo produtos inovadores e tecnologias sustentáveis, concebidos para satisfazer as crescentes necessidades de nosso planeta, em rápida evolução. Com sede em Amsterdã, na Holanda, a empresa emprega aproximadamente 47 mil funcionários em cerca de 80 países. O portfólio inclui marcas bem conhecidas como Coral, International, Interpon e Eka. Consistentemente classificada como uma das empresas líderes na área de sustentabilidade, é comprometida em tornar a vida mais agradável e as cidades mais humanas.
SERVIÇO:
Casas - a morada das almas
Abertura: 18 de junho às 19h30 - Entrada gratuita
Visitação: até 9 de agosto
Local: Museu da Casa Brasileira
VISITAÇÃO
De terça a domingo, das 10h às 18h
Ingressos: R$ 6 e R$ 3 (meia-entrada) | Crianças até 10 anos e maiores de 60 anos são isentos
Gratuito aos sábados, domingos, feriados e aberturas noturnas
Acesso a pessoas com deficiência / Bicicletário com 40 vagas
Estacionamento pago no local
Visitas orientadas: (11) 3026.3913 / agendamento@mcb.org.br
www.mcb.org.br
Informações para a imprensa - Museu da Casa Brasileira
Filipe Bezerra - (11) 3026.3910 | comunicacao@mcb.org.br
Bruno Dória - (11) 3026.3900 | analistacomunicacao@mcb.org.br
Informações para a imprensa - Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo
Jamile Menezes - (11) 3339-8243 | jmferreira@sp.gov.br
Visitação: até 9 de agosto
O Museu da Casa Brasileira, instituição da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, realiza, entre 18 de junho e 9 de agosto, a exposição Casas - a morada das almas, fruto de dez anos de pesquisa da fotógrafa Zaida Siqueira na documentação de técnicas construtivas ancestrais utilizadas nas diferentes regiões do Brasil. Com curadoria de Maria Lucia Montes, a mostra tem patrocínio da AkzoNobel e apoio da Atlas Cerâmica e Cromex.
Casas - a morada das almas apresenta fórmulas tradicionais de edificação, suas variações e adaptações. No desenvolvimento deste projeto, Zaida Siqueira percorreu 20 estados brasileiros registrando a sabedoria do homem ao lidar com a natureza para edificar sua casa, manuseando a terra, as pedras e a madeira. Ao estabelecer semelhanças de acordo com características climáticas e de solo, ela observou os aspectos da flora e da fauna.
As influências culturais também aparecem em seu trabalho, como em malocas (tipo de cabana comunitária utilizada pelos nativos da região amazônica) das terras indígenas de Mato Grosso. No interior de São Paulo e Minas Gerais, estados que viveram o apogeu da cultura do café, há registros de casarões de taipa e pau a pique. Na capital paulista, a construção do Pátio do Colégio, por exemplo, empregou essas duas técnicas na edificação das paredes.
A exposição é composta por setenta e duas fotografias, revelando aspectos curiosos da construção das casas brasileiras como o uso de elementos como cupinzeiros socados e açúcar mascavo; seis instalações criadas pelo engenheiro civil Felipe Pinheiro, nas quais pedaços de muros semi-prontos ilustram a estrutura interior das construções; duas maquetes, uma de edificação de palafita no Acre e outra, feita em pau a pique, do Casarão do Chá, em Mogi das Cruzes, que evidencia o emprego de troncos em curva, comum nos portais de entrada das antigas residências de reis no Japão; e seis arquivos audiovisuais que integram a série documental de episódios "Habitar Habitat", produzida em 2013 por Paulo Markun e dirigida por Sérgio Roizenblit, abordando habitações brasileiras que trazem de volta a taipa de pilão, o pau a pique, o adobe, palhoças, palafitas e trançados para cobertura vegetal, feitos com materiais como bambu e palha.
Segundo Zaida Siqueira, a proposta da pesquisa que embasou a exposição é resgatar técnicas ancestrais e analisar seu emprego nas edificações contemporâneas. "Na taipa, a parede é feita de terra pura, socada entre guias de madeira preenchidas; no pau a pique, o trançado de bambu recebe pedaços de pau e barro; da cidade de Souzas, interior de SP, há o registro de uma obra recente do engenheiro criador dos objetos para a mostra, que utilizou estrume para dar liga à massa do adobe: tijolo grande de barro enformado, seco no sol, feito a partir de areia, terra local e palha de arroz", revela a fotógrafa.
"A pesquisa revelou que essas técnicas estão sendo retomadas na bioconstrução, pois são sustentáveis e apresentam bons resultados acústicos e térmicos, além da qualidade ecológica. Essas edificações geram menos impacto durante a construção e podem ser reabsorvidas pela natureza", complementa Zaida.
Para Heder Frigo, diretor AkzoNobel Brasil, patrocinadora da exposição, valorizar o que já foi feito nas casas brasileiras é uma forma de aprimorar conceitos mais modernos na arquitetura atual. "O conceito de casa como resgate de cultura, sociedade e meio ambiente reforça nossa estratégia de Cidades Humanas", comenta.
Sobre Zaida Siqueira
Há 15 anos, a jornalista e fotógrafa paulistana Zaida Siqueira busca registros do cotidiano, estabelecendo pontes entre o ancestral e o contemporâneo. Sua obra resulta de intensa e ampla pesquisa das tradições e suas atuais aplicações na vida do homem, no ambiente rural e urbano, resgatando e valorizando esses conhecimentos. Aos 53 anos, ela já desenvolveu pesquisas em diversos estados brasileiros, também em comunidades indígenas, publicou seis livros e fez cinco exposições, sendo Casas - a morada das almas, seu sexto projeto.
Entre abril e junho de 2014, o Museu da Casa Brasileira realizou outra mostra de Zaida Siqueira, chamada Utensílios: o espírito da forma, feita em parceria com a ceramista Caroline Harari. A exposição apresentou um registro artístico da produção e uso de utensílios presentes no cotidiano doméstico das casas brasileiras.
Sobre o Museu da Casa Brasileira
O Museu da Casa Brasileira se dedica às questões da cultura material da casa brasileira. É o único do país especializado em design e arquitetura, tendo se tornado uma referência nacional e internacional nesses temas. Dentre suas inúmeras iniciativas, destacam-se o Prêmio Design Museu da Casa Brasileira, realizado desde 1986, e o projeto Casas do Brasil, que promove um inventário sobre as diferentes tipologias de morar no país.
Sobre a AkzoNobel
A AkzoNobel é uma companhia global líder em tintas e revestimentos e uma das principais produtoras de especialidades químicas. Contando com vários séculos de experiência, fornecemos para indústrias e consumidores em todo o mundo produtos inovadores e tecnologias sustentáveis, concebidos para satisfazer as crescentes necessidades de nosso planeta, em rápida evolução. Com sede em Amsterdã, na Holanda, a empresa emprega aproximadamente 47 mil funcionários em cerca de 80 países. O portfólio inclui marcas bem conhecidas como Coral, International, Interpon e Eka. Consistentemente classificada como uma das empresas líderes na área de sustentabilidade, é comprometida em tornar a vida mais agradável e as cidades mais humanas.
SERVIÇO:
Casas - a morada das almas
Abertura: 18 de junho às 19h30 - Entrada gratuita
Visitação: até 9 de agosto
Local: Museu da Casa Brasileira
VISITAÇÃO
De terça a domingo, das 10h às 18h
Ingressos: R$ 6 e R$ 3 (meia-entrada) | Crianças até 10 anos e maiores de 60 anos são isentos
Gratuito aos sábados, domingos, feriados e aberturas noturnas
Acesso a pessoas com deficiência / Bicicletário com 40 vagas
Estacionamento pago no local
Visitas orientadas: (11) 3026.3913 / agendamento@mcb.org.br
www.mcb.org.br
Informações para a imprensa - Museu da Casa Brasileira
Filipe Bezerra - (11) 3026.3910 | comunicacao@mcb.org.br
Bruno Dória - (11) 3026.3900 | analistacomunicacao@mcb.org.br
Informações para a imprensa - Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo
Jamile Menezes - (11) 3339-8243 | jmferreira@sp.gov.br

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