Novo método ajuda diabéticas a evitarem os riscos de uma gravidez
O Essure é um importante avanço na medicina para as mulheres que não querem mais ter filhos
As mulheres diabéticas são consideradas pacientes de risco em uma gestação. Muitas decidem engravidar e não apresentam problemas. Mas há as que não querem correr riscos e decidem não ter filhos. Ao optar por um método de contracepção, uma cirurgia de laqueadura convencional poderia se tornar também um risco por conta da cicatrização e outras complicações cirúrgicas. Mas uma moderna técnica de laqueadura sem cortes se apresenta como uma boa alternativa de contracepção permanente a todas as mulheres e, em particular, para as diabéticas.
O método é o Essure, com eficácia de 99,8% e que começa a ser mais conhecido no Brasil por sua eficácia e praticidade, pois não oferece os riscos de uma cirurgia convencional.
“É um procedimento rápido, ambulatorial e minimamente invasivo, praticamente indolor, dispensa anestesia, não contém medicamentos ou hormônios. A colocação não dura mais do que 5 minutos e a paciente sai do ambulatório e pode voltar normalmente para suas atividades, sem necessidade de repouso”, explica a médica ginecologista Dra. Daniella De Batista Depes, encarregada do Setor de Histeroscopia do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo.
Considerado como primeira opção entre as mulheres europeias e norte-americanas, o método é aprovado pela Anvisa - Agência Nacional de Vigilância Sanitária desde 2009. No Brasil, há registros de mais de 5 mil mulheres que colocaram Essure e mais de 1 milhão no mundo.
Essure é um dispositivo que consiste em um microimplante macio e flexível, de apenas quatro centímetros, em titânio e níquel (materiais que apresentam excelente compatibilidade com o organismo) que, introduzido pela vagina por um equipamento extremamente fino (histeroscópio), é colocado em cada uma das tubas uterinas.
Nas semanas que se seguem ao procedimento, o corpo e os microimplantes trabalham juntos para formar uma barreira natural que impede o espermatozoide de alcançar o óvulo. Por esse motivo, durante os três primeiros meses, a paciente deve continuar a usar outra forma de contracepção. Após este período, é realizado exame de imagem da pelve e, confirmada a oclusão, não é mais necessário o uso de outro método contraceptivo.
Para as mulheres interessadas em ter acesso ao método pela rede pública, o primeiro passo é participar do Programa de Planejamento Familiar. Basta se dirigir até a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima da residência para encaminhamento. A técnica tem sido oferecida em vários Estados como é o caso de São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Espírito Santo, Pará, Paraná, Rio Grande do Norte, Santa Catarina e Tocantins.
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