Últimas

Novo método ajuda diabéticas a evitarem os riscos de uma gravidez

O Essure é um importante avanço na medicina para as mulheres que não querem mais ter filhos


O Dia Mundial do Diabetes, 14 de novembro, tem como objetivo alertar a população sobre o aumento dos casos e divulgar informações que ajudem na prevenção e controle da doença. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 350 milhões de pessoas têm diabetes no mundo. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, mais de 14 milhões de brasileiros acima dos 18 anos foram diagnosticados com o diabetes, número que poderá subir para 20 milhões de casos em 2035. Atualmente o Brasil ocupa o quarto lugar no ranking mundial de ocorrência da doença.

As mulheres diabéticas são consideradas pacientes de risco em uma gestação. Muitas decidem engravidar e não apresentam problemas. Mas há as que não querem correr riscos e decidem não ter filhos. Ao optar por um método de contracepção, uma cirurgia de laqueadura convencional poderia se tornar também um risco por conta da cicatrização e outras complicações cirúrgicas. Mas uma moderna técnica de laqueadura sem cortes se apresenta como uma boa alternativa de contracepção permanente a todas as mulheres e, em particular, para as diabéticas.

O método é o Essure, com eficácia de 99,8% e que começa a ser mais conhecido no Brasil por sua eficácia e praticidade, pois não oferece os riscos de uma cirurgia convencional.

“É um procedimento rápido, ambulatorial e minimamente invasivo, praticamente indolor, dispensa anestesia, não contém medicamentos ou hormônios. A colocação não dura mais do que 5 minutos e a paciente sai do ambulatório e pode voltar normalmente para suas atividades, sem necessidade de repouso”, explica a médica ginecologista Dra. Daniella De Batista Depes, encarregada do Setor de Histeroscopia do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo.

Considerado como primeira opção entre as mulheres europeias e norte-americanas, o método é aprovado pela Anvisa - Agência Nacional de Vigilância Sanitária desde 2009. No Brasil, há registros de mais de 5 mil mulheres que colocaram Essure e mais de 1 milhão no mundo.

Essure é um dispositivo que consiste em um microimplante macio e flexível, de apenas quatro centímetros, em titânio e níquel (materiais que apresentam excelente compatibilidade com o organismo) que, introduzido pela vagina por um equipamento extremamente fino (histeroscópio), é colocado em cada uma das tubas uterinas.

Nas semanas que se seguem ao procedimento, o corpo e os microimplantes trabalham juntos para formar uma barreira natural que impede o espermatozoide de alcançar o óvulo. Por esse motivo, durante os três primeiros meses, a paciente deve continuar a usar outra forma de contracepção. Após este período, é realizado exame de imagem da pelve e, confirmada a oclusão, não é mais necessário o uso de outro método contraceptivo.
Para as mulheres interessadas em ter acesso ao método pela rede pública, o primeiro passo é participar do Programa de Planejamento Familiar. Basta se dirigir até a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima da residência para encaminhamento. A técnica tem sido oferecida em vários Estados como é o caso de São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Espírito Santo, Pará, Paraná, Rio Grande do Norte, Santa Catarina e Tocantins.

Métodos para Laqueadura Tubária
Laparotomia
Laparoscopia
Histeroscopia
Realizado em Centro CirúrgicoRealizado em Centro CirúrgicoRealizado em Ambulatório
Uma incisão grandeDuas ou três incisões pequenasSem cortes
Exige AnestesiaExige AnestesiaDispensa Anestesia
Exige InternaçãoExige InternaçãoDispensa Internação
Analgesia pós-operatóriaAnalgesia pós-operatóriaDispensa Analgesia
Uma cicatriz grandeDuas ou três cicatrizes pequenasSem Cicatrizes
Repouso/Restrições por 30 diasRepouso/Restrições por 15 diasRetorno Imediato às Atividades
1 procedimento/2 horas1 procedimento/2 horas8 procedimentos/2 horas
Procedimento InvasivoProcedimento InvasivoMinimamente Invasivo
Exames pré-operatóriosExames pré-operatóriosUma radiografia simples da pelve (pós-operatório)
Equipe médica extensaEquipe médica extensaEquipe mínima (duas pessoas)

Segundo a Lei 9.263, para ser submetida à laqueadura a mulher precisa ter mais de 25 anos ou dois filhos. Além de uma reunião de Planejamento Familiar. A cirurgia não pode ser feita no momento do parto, a não ser que a mulher tenha algum problema grave de saúde ou tenha feito várias cesarianas.

Mais informações sobre o método em: www.commed.com.br

Nenhum comentário