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Unimed-BH alerta para cuidados com os pés do diabético

No Dia Mundial do Diabetes, 14 de novembro, Cooperativa chama atenção para o cuidado com os pés: 7 em cada dez cirurgias realizadas no Brasil para retirada de membros é causada pela doença mal controlada


Belo Horizonte, novembro de 2015 – O registro de portadores de diabetes tipo 2 cresce significativamente em todo o mundo, ano após ano. Atualmente, já supera os 360 milhões, segundo estatísticas da IDF (International Diabetes Federation). No Brasil, os índices são também alarmantes. De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, o país tem, atualmente, mais de 13,4 milhões de pessoas com a doença. Desse total, 90% estão associados ao tipo 2, relacionado, diretamente, com hábitos de vida pouco saudáveis, como sedentarismo e má alimentação.

Com o objetivo de informar e orientar as pessoas sobre a importância da prevenção e do tratamento adequado para conviver melhor com o diabetes, a Unimed-BH oferece atividades gratuitas a seus clientes. Na Clínica do Diabético, o atendimento multidisciplinar garante ao participante a oportunidade de compreender a doença a partir do olhar de diferentes profissionais de saúde. O cuidado com os pés é um tema que merece sempre atenção, já que é a principal causa de amputação de membros inferiores em todo o mundo. Segundo dados do Ministério da Saúde, 70% das cirurgias para retirada de membros no Brasil têm como causa o diabetes mal controlado. Por ano, são realizadas 55 mil amputações.

Na Clínica do Diabético, o paciente recebe um plano de cuidados individualizado e apoio devido para que o tratamento prescrito pelo médico possa ser seguido pelo paciente. Para a enfermeira Ana Paula Coelho da Silva, um dos pontos importantes do trabalho é a atenção especial voltada aos cuidados com os pés. “Em pacientes com diabetes, a sensibilidade dos pés é menor e a cicatrização de lesão, mais lenta. Se não houver cuidado adequado, com a utilização de calçados indicados e hidratação correta, podem ocorrer situações de infecções e progredir para um quadro de mais grave com necessidade de amputação”, reforça.

O médico endocrinologista e integrante do Comitê de Especialidades da Unimed-BH, Paulo Augusto Carvalho de Miranda, afirma: “A Cooperativa oferece uma oportunidade para pacientes esclarecerem dúvidas sobre a doença e conquistarem mais qualidade de vida. Nos atendimentos, falar sobre o pé diabético é sempre muito importante”, afirma. Infecções ou problemas na circulação dos membros inferiores estão entre as complicações mais comuns em quem tem diabetes mal controlado. Calcula-se que metade dos pacientes com mais de 60 anos apresenta o chamado “pé diabético”. Uma doença que pode ser evitada.

Segundo ele, tais alterações podem causar neuropatia, úlceras, infecções, isquemia ou trombose. Elas começam a ocorrer, em geral, quando as taxas de glicose permanecem altas durante muitos anos. Se não for tratado, o pé diabético pode levar à amputação. Manter a taxa glicêmica sob controle e fazer exames regulares são fundamentais para evitar complicações.

10 coisas que você precisa saber sobre o pé diabético

1. A pessoa com pé diabético tem sintomas como: formigamentos; perda da sensibilidade local; dores; queimação nos pés e nas pernas; sensação de agulhadas; dormência; além de fraqueza nas pernas. Tais sintomas podem piorar à noite, ao deitar. Normalmente, a pessoa só se dá conta quando está num estágio avançado e quase sempre com uma ferida, ou uma infecção, o que torna o tratamento mais difícil devido aos problemas de circulação.

2. Os sintomas são mais frequentes após alguns anos com o diabetes mal controlado. Muitas pessoas passam a apresentar problemas de diminuição de circulação arterial e de sensibilidade em pés e pernas.

3. A prevenção é a maneira mais eficaz de evitar a complicação. Pacientes com diabetes tipo 1 e tipo 2 devem passar, regularmente, por uma avaliação médica dos pés.

4. O paciente deve examinar os pés diariamente em um lugar bem iluminado. Quem não tiver condições de fazê-lo, precisa pedir a ajuda de alguém. Deve-se verificar a existência de frieiras; cortes; calos; rachaduras; feridas ou alterações de cor. Uma dica é usar um espelho para se ter uma visão completa.

5. O paciente deve avisar de imediato o médico sobre eventuais alterações nos pés.

6. É preciso manter os pés sempre limpos, e usar água morna, e nunca quente, para evitar queimaduras. A toalha deve ser macia. É melhor não esfregar a pele. Mantenha a pele hidratada, mas sem passar creme entre os dedos ou ao redor das unhas.

7. Use meias sem costura. O tecido deve ser de algodão ou lã. Evitar sintéticos, como nylon.

8. Antes de cortar as unhas, o paciente precisa lavá-las e secá-las bem. Para cortar, usar um alicate apropriado, ou uma tesoura de ponta arredondada. O corte deve ser quadrado, com as laterais levemente arredondadas, e sem tirar a cutícula. Recomenda-se evitar idas a manicures ou pedicures, dando preferência a um profissional treinado, o qual deve ser avisado do diabetes. O ideal é não cortar os calos, nem usar abrasivos. É melhor conversar com o médico sobre a possível causa do aparecimento dos calos.

9. Os pés devem estar sempre protegidos, inclusive na praia e na piscina.

10. Os calçados ideais são os fechados, macios, confortáveis e com solados rígidos, que ofereçam firmeza. Antes de adquiri-los, é importante olhar com atenção para ver se há deformação. As mulheres devem dar preferência a saltos quadrados, que tenham, no máximo, 3 cm de altura. É melhor evitar sapatos apertados, duros, de plástico, de coro sintético, com ponta fina, saltos muito altos e sandálias que deixam os pés desprotegidos. Além disso, recomenda-se a não utilização de calçados novos, por mais de uma hora por dia, até que estejam macios.

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