Usuários de PC no Brasil e no mundo descuidam da segurança
São Paulo, 17 de Dezembro de 2015 - Os usuários de PCs em todo o mundo (sejam desktops ou notebooks) dizem que estão preocupados com a segurança dos seus dados. Nos EUA e na Europa, dizem que sua maior preocupação é com a invasão dos sites de seus bancos; na América Latina (incluindo Brasil), Índia e Rússia, se dizem mais preocupados com as invasões às redes sociais que utilizam para relacionamentos pessoais. Apesar dessas preocupações e desconfiança, as pessoas não tomam as medidas necessárias para proteger seus dados com senhas seguras. Essa é a conclusão de uma pesquisa concluída pela Avast ao final de outubro, envolvendo 53.387 usuários do seu antivírus em 11 países, dos quais 10.253 no Brasil (Tabela 1 e Gráfico 1).
Em relação às preocupações, a pesquisa avaliou primeiro a questão dos vazamentos de dados e da confiança das pessoas com a segurança dos seus dados: a Avast perguntou a todos os entrevistados que tipo de website os afetaria mais se fosse comprometido, como resultado de um vazamento de dados. Os entrevistados puderam escolher somente uma opção como resposta. Entre os brasileiros, a preocupação mais forte foi com "Rede Social de Conexão com Amigos e Família" (39,7%); a mais fraca, com seguro saúde: somente 0,6% dos entrevistados daqui declararam preocupação com invasões a esse tipo de serviço (veja tabela 2).
Os mais preocupados do mundo são os franceses: 51,8% deles se sentiriam profundamente afetados com a invasão do site de seu banco. A invasão menos preocupante é do site de seguro-saúde, com 0,2% dos entrevistados, mesmo índice entre indianos e ingleses. Sem falar dos americanos, que não se importam com uma invasão de seus sites de música ou streaming: 0% preocupados.
É interessante que o mundo parece dividido em duas regiões (veja Gráfico 2): os EUA e a Europa são mais preocupados com a invasão dos sites de seus bancos, enquanto nos países Latino Americanos, assim como na Índia e Rússia, há maior preocupação com invasão das redes sociais utilizadas para conexão com a família e amigos. Por trás desses resultados podem estar contidas razões culturais ou de hábitos de utilização. Um estudo feito pela Pew sobre a Internet mostrou, por exemplo, em 2013, que 61% dos usuários de Internet nos EUA utilizavam o site do banco. Por outro lado, um estudo da comScore feito em Abril de 2015 mostrou que o online banking tinha muito menos penetração na América Latina: 44,0% no Brasil, 30,0% na Argentina e apenas 15,1% no México.
A pesquisa perguntou também aos entrevistados se eles já haviam sido vítimas de vazamento de dados ou roubo de identidade. Entre os usuários brasileiros de PCs/notebooks, 31% não sabem e 53,80% tem certeza de que não. A Rússia é que lidera a estatística, com mais de um terço dos entrevistados dizendo que já sofreram invasão em seus dispositivos (Tabela 3). Mas na maioria dos países mais de um terço das pessoas não tem certeza se já foram vítimas de vazamento de dados. No Reino Unido, porém, os usuários têm mais certeza de que seus dados não vazaram (63,9%).
E que tipo de dado foi exposto ou vazou? Os brasileiros indicaram e-mails (12,3% dos vazamentos). Os usuários russos (Tabela 4) indicaram porcentagens particularmente altas para números de cartão de crédito e de informações bancárias. Os EUA foram o segundo país onde mais houve indicação de informações de cartão de crédito violadas ou expostas. No México, cerca de metade dos usuários declararam violação de e-mail, e muitos usuários de outros países tiveram violação ou vazamento de fotos, textos ou mensagens de chat.
Apesar dessas experiências negativas com violações e vazamentos de dados, muitos usuários não tomam as medidas necessárias para proteger-se depois de uma invasão. Para aqueles que informaram ter sido vítimas de violação de dados ou roubo de identidade, foi perguntado quais medidas tinham tomado. Múltiplas respostas eram possíveis (Tabela 11) e em alguns países houve indicadores surpreendentes: na Alemanha, por exemplo, somente 13% dos usuários mudaram a senha no site invadido - ou 87% ficaram coma senha velha. No Brasil, mais do que o dobro trocou a senha: 28,4%. Em todos os países, mais de 60% dos usuários não mudaram sua senha no website invadido.
Outra pergunta aos entrevistados foi se eles se sentiam confiantes em relação à guarda de seus dados pelos serviços online utilizados (Tabela 5). Quase metade dos brasileiros não sabem (44,34%) e 26,50% não confiam. Mas os usuários de PCs menos confiantes são os da Alemanha, onde perto de metade dos entrevistados respondeu "não" ao serem perguntados se sentiam-se confiantes de que seus dados estavam seguros com os serviços online que utilizavam. Os usuários dos EUA (48,84%) e Reino Unido (53,92%) são os mais confiantes de que seus dados estão seguros.
Mas de onde vem a insegurança? As respostas (Gráfico 3) variaram, mas na Argentina, Brasil, República Tcheca, Índia, México, Rússia e Espanha a maioria das respostas apontou a quantidade de dados que os aplicativos podem acessar via telefone. Nos EUA e no Reino Unido, as frequentes violações de dados são a principal razão para que as pessoas percam a confiança sobre a guarda dos seus dados seja onde for.
Diante da insegurança, a Avast quis saber como as pessoas se protegem e pediu a elas que descrevessem os passos para criar uma senha segura, podendo dar múltiplas respostas. Os resultados (Tabela 6) mostram que as pessoas usam uma variedade de métodos para dar segurança às suas senhas. Os brasileiros se dizem razoavelmente protegidos, com 38,8% indicando que utiliza letras e números para criá-las, e 23,2% usando oito ou mais caracteres. Mas senhas seguras mesmo, que incluem mais do que letras e algarismos, são criadas apenas por uma minoria (veja Tabela 7). No Brasil, somente 8,68% dos entrevistados dizem fazer isso. Os campeões nesse item são os mexicanos, com 12,46%.
Para piorar, muitos sites não fazem exigência de segurança nas senhas. Ao levantar os 20 websites mais visitados nos 11 países pesquisados, a Avast descobriu também que a maioria deles facilita a escolha de senhas fracas. Em todos esses países, a maioria dos sites não tem exigências específicas para senhas, como uma certa mistura de caracteres ou o uso tanto de maiúsculas quanto minúsculas. Mais de metade desses 20 permitem senhas com seis caracteres ou menos. Vale a pena ver a lista dos 20 mais visitados dos EUA que exigem login (Tabela 8).
No final, foi perguntado aos entrevistados qual era a principal razão para não escolherem uma senha mais segura. Na maioria dos países, eles declararam que senhas complexas são muito difíceis de lembrar (Tabela 9). A segunda razão mais alegada é que as pessoas acham que não têm nada a esconder. No Brasil, essas foram as respostas prevalentes, com 36,2% e 22,6% respectivamente.
Na pergunta em que foi abordada a frequência com que trocam a senha, os usuários de PCs e notebooks revelaram um grande problema: "Raramente" foi a resposta mais vista em todos os países, incluindo o Brasil, com um dos índices mais altos: 40,1% (Tabela 10).
A conclusão da pesquisa é que muitos usuários de PCs em todo o mundo estão preocupados. Apesar de suas preocupações e desconfiança, porém, as pessoas não tomam as medidas necessárias para proteger seus dados com senhas seguras.
"Embora as pessoas estejam realmente preocupadas com a privacidade, há uma desconexão entre essa preocupação e os passos tomados para se protegerem", disse Vince Steckler, CEO da Avast. "Os usuários têm uma infinidade de dispositivos e senhas para tomarem conta, o que pode ser demais. Quando os usuários se sente pressionados assim, eles tendem a usar como padrão práticas inseguras que colocam a sua privacidade em risco."
A pesquisa prova que criar senhas mais seguras não é fácil, com muitos entrevistados dizendo que senhas fortes são difíceis de lembrar. No entanto, o setor também não facilita para os usuários - muitas vezes os websites não forçam a criação de senhas mais seguras.
Sobre a Avast
A Avast Software (www.avast.com), fabricante do sistema de segurança mais confiável no mundo para dispositivo móvel e PC, protege 230 milhões de pessoas e empresas com suas aplicações de segurança. Operando há 25 anos, a Avast é uma das pioneiras nos negócios de segurança de computação, com um portfólio que inclui antivírus para PC, Mac e Android, além de suítes premium e serviços tanto para consumidores quanto para empresas. Além de ser considerada líder pelos consumidores em portais populares de download no mundo inteiro, a Avast é certificada, entre outros, pelo VB100, AV-Comparatives, AV-Test, OPSWAT, ICSA Labs e West Coast Labs.
Em relação às preocupações, a pesquisa avaliou primeiro a questão dos vazamentos de dados e da confiança das pessoas com a segurança dos seus dados: a Avast perguntou a todos os entrevistados que tipo de website os afetaria mais se fosse comprometido, como resultado de um vazamento de dados. Os entrevistados puderam escolher somente uma opção como resposta. Entre os brasileiros, a preocupação mais forte foi com "Rede Social de Conexão com Amigos e Família" (39,7%); a mais fraca, com seguro saúde: somente 0,6% dos entrevistados daqui declararam preocupação com invasões a esse tipo de serviço (veja tabela 2).
Os mais preocupados do mundo são os franceses: 51,8% deles se sentiriam profundamente afetados com a invasão do site de seu banco. A invasão menos preocupante é do site de seguro-saúde, com 0,2% dos entrevistados, mesmo índice entre indianos e ingleses. Sem falar dos americanos, que não se importam com uma invasão de seus sites de música ou streaming: 0% preocupados.
É interessante que o mundo parece dividido em duas regiões (veja Gráfico 2): os EUA e a Europa são mais preocupados com a invasão dos sites de seus bancos, enquanto nos países Latino Americanos, assim como na Índia e Rússia, há maior preocupação com invasão das redes sociais utilizadas para conexão com a família e amigos. Por trás desses resultados podem estar contidas razões culturais ou de hábitos de utilização. Um estudo feito pela Pew sobre a Internet mostrou, por exemplo, em 2013, que 61% dos usuários de Internet nos EUA utilizavam o site do banco. Por outro lado, um estudo da comScore feito em Abril de 2015 mostrou que o online banking tinha muito menos penetração na América Latina: 44,0% no Brasil, 30,0% na Argentina e apenas 15,1% no México.
A pesquisa perguntou também aos entrevistados se eles já haviam sido vítimas de vazamento de dados ou roubo de identidade. Entre os usuários brasileiros de PCs/notebooks, 31% não sabem e 53,80% tem certeza de que não. A Rússia é que lidera a estatística, com mais de um terço dos entrevistados dizendo que já sofreram invasão em seus dispositivos (Tabela 3). Mas na maioria dos países mais de um terço das pessoas não tem certeza se já foram vítimas de vazamento de dados. No Reino Unido, porém, os usuários têm mais certeza de que seus dados não vazaram (63,9%).
E que tipo de dado foi exposto ou vazou? Os brasileiros indicaram e-mails (12,3% dos vazamentos). Os usuários russos (Tabela 4) indicaram porcentagens particularmente altas para números de cartão de crédito e de informações bancárias. Os EUA foram o segundo país onde mais houve indicação de informações de cartão de crédito violadas ou expostas. No México, cerca de metade dos usuários declararam violação de e-mail, e muitos usuários de outros países tiveram violação ou vazamento de fotos, textos ou mensagens de chat.
Apesar dessas experiências negativas com violações e vazamentos de dados, muitos usuários não tomam as medidas necessárias para proteger-se depois de uma invasão. Para aqueles que informaram ter sido vítimas de violação de dados ou roubo de identidade, foi perguntado quais medidas tinham tomado. Múltiplas respostas eram possíveis (Tabela 11) e em alguns países houve indicadores surpreendentes: na Alemanha, por exemplo, somente 13% dos usuários mudaram a senha no site invadido - ou 87% ficaram coma senha velha. No Brasil, mais do que o dobro trocou a senha: 28,4%. Em todos os países, mais de 60% dos usuários não mudaram sua senha no website invadido.
Outra pergunta aos entrevistados foi se eles se sentiam confiantes em relação à guarda de seus dados pelos serviços online utilizados (Tabela 5). Quase metade dos brasileiros não sabem (44,34%) e 26,50% não confiam. Mas os usuários de PCs menos confiantes são os da Alemanha, onde perto de metade dos entrevistados respondeu "não" ao serem perguntados se sentiam-se confiantes de que seus dados estavam seguros com os serviços online que utilizavam. Os usuários dos EUA (48,84%) e Reino Unido (53,92%) são os mais confiantes de que seus dados estão seguros.
Mas de onde vem a insegurança? As respostas (Gráfico 3) variaram, mas na Argentina, Brasil, República Tcheca, Índia, México, Rússia e Espanha a maioria das respostas apontou a quantidade de dados que os aplicativos podem acessar via telefone. Nos EUA e no Reino Unido, as frequentes violações de dados são a principal razão para que as pessoas percam a confiança sobre a guarda dos seus dados seja onde for.
Diante da insegurança, a Avast quis saber como as pessoas se protegem e pediu a elas que descrevessem os passos para criar uma senha segura, podendo dar múltiplas respostas. Os resultados (Tabela 6) mostram que as pessoas usam uma variedade de métodos para dar segurança às suas senhas. Os brasileiros se dizem razoavelmente protegidos, com 38,8% indicando que utiliza letras e números para criá-las, e 23,2% usando oito ou mais caracteres. Mas senhas seguras mesmo, que incluem mais do que letras e algarismos, são criadas apenas por uma minoria (veja Tabela 7). No Brasil, somente 8,68% dos entrevistados dizem fazer isso. Os campeões nesse item são os mexicanos, com 12,46%.
Para piorar, muitos sites não fazem exigência de segurança nas senhas. Ao levantar os 20 websites mais visitados nos 11 países pesquisados, a Avast descobriu também que a maioria deles facilita a escolha de senhas fracas. Em todos esses países, a maioria dos sites não tem exigências específicas para senhas, como uma certa mistura de caracteres ou o uso tanto de maiúsculas quanto minúsculas. Mais de metade desses 20 permitem senhas com seis caracteres ou menos. Vale a pena ver a lista dos 20 mais visitados dos EUA que exigem login (Tabela 8).
No final, foi perguntado aos entrevistados qual era a principal razão para não escolherem uma senha mais segura. Na maioria dos países, eles declararam que senhas complexas são muito difíceis de lembrar (Tabela 9). A segunda razão mais alegada é que as pessoas acham que não têm nada a esconder. No Brasil, essas foram as respostas prevalentes, com 36,2% e 22,6% respectivamente.
Na pergunta em que foi abordada a frequência com que trocam a senha, os usuários de PCs e notebooks revelaram um grande problema: "Raramente" foi a resposta mais vista em todos os países, incluindo o Brasil, com um dos índices mais altos: 40,1% (Tabela 10).
A conclusão da pesquisa é que muitos usuários de PCs em todo o mundo estão preocupados. Apesar de suas preocupações e desconfiança, porém, as pessoas não tomam as medidas necessárias para proteger seus dados com senhas seguras.
"Embora as pessoas estejam realmente preocupadas com a privacidade, há uma desconexão entre essa preocupação e os passos tomados para se protegerem", disse Vince Steckler, CEO da Avast. "Os usuários têm uma infinidade de dispositivos e senhas para tomarem conta, o que pode ser demais. Quando os usuários se sente pressionados assim, eles tendem a usar como padrão práticas inseguras que colocam a sua privacidade em risco."
A pesquisa prova que criar senhas mais seguras não é fácil, com muitos entrevistados dizendo que senhas fortes são difíceis de lembrar. No entanto, o setor também não facilita para os usuários - muitas vezes os websites não forçam a criação de senhas mais seguras.
Sobre a Avast
A Avast Software (www.avast.com), fabricante do sistema de segurança mais confiável no mundo para dispositivo móvel e PC, protege 230 milhões de pessoas e empresas com suas aplicações de segurança. Operando há 25 anos, a Avast é uma das pioneiras nos negócios de segurança de computação, com um portfólio que inclui antivírus para PC, Mac e Android, além de suítes premium e serviços tanto para consumidores quanto para empresas. Além de ser considerada líder pelos consumidores em portais populares de download no mundo inteiro, a Avast é certificada, entre outros, pelo VB100, AV-Comparatives, AV-Test, OPSWAT, ICSA Labs e West Coast Labs.

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