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Benefícios no mercado PME: por que aderir?

É manchete em diversos canais o cenário econômico brasileiro e como as grandes empresas buscam alternativas para continuarem fortes em um mercado cada vez mais competitivo. Mas, em meio a todos esses acontecimentos, é interessante observar como se comportam as pequenas e médias empresas (PMEs): nos últimos anos, aumentou progressivamente sua relevância na economia, avançando consideravelmente nos mais variados nichos de atividades como tecnologia, serviços, varejo, entre outros.

Cresce, em especial, o segmento P. De acordo com um levantamento do Sebrae, a cada ano, 500 mil novas empresas entram no mercado, sendo 99% de pequeno porte e, juntamente com as médias, representam 27% do PIB brasileiro. Isso se deve, principalmente, à adequação das estratégias das PMEs aos desafios que o cenário econômico oferece. Além de visão de mercado, é importante que esses empresários se atentem ao fato de que, independentemente do porte de sua companhia, eles são peças-chave na movimentação da economia.

Para se manter em ascensão, o pequeno e médio empresário deve pensar em soluções diferenciadas para acompanhar as tendências e se destacar. Uma delas é o relacionamento com seu público interno, principalmente em relação aos benefícios e à remuneração. Muitos executivos veem esses itens como recompensas financeiras, participação nos lucros ou ganho de algum ‘mimo’ da empresa por conta de um bom desempenho. São fatores importantes, claro, mas muitos se esquecem do que é essencial. É nítido que quando os funcionários têm maior acesso a benefícios nas áreas de alimentação, saúde, transporte e cultura, por exemplo, tornam-se mais motivados na hora de exercer suas tarefas no dia a dia e até mesmo no desenvolvimento de sua própria carreira.

Ainda que a política de benefícios seja timidamente explorada por algumas PMEs, uma vez que os principais obstáculos dessas empresas estão relacionados à burocracia e aos tributos, podemos notá-las atentas à importância de motivar seus colaboradores. Muitos empreendedores desse segmento estão reforçando o investimento em vale-alimentação e vale-refeição, a fim melhorar consideravelmente o ambiente de trabalho e, consequentemente, aumentar a produtividade. Afinal, o direito a uma boa alimentação é mais do que motivação, é qualidade de vida.

E, claro, há um importante fator a ser considerado: a isenção fiscal. A empresa que adere ao Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), independente do seu porte, tem abatimento de alguns encargos sociais, como INSS e FGTS, sobre o valor do benefício na declaração anual de renda. Isso gera, em média, desconto de 34% nos impostos. Caso a empresa declare o IR por Lucro Real, há uma dedução adicional de 4% sobre a taxa. Isso torna a entrada no PAT mais vantajosa do que pagar os vales com dinheiro, transformando-se numa economia essencial para o segmento PME.

Isso torna a adesão ao PAT nesse mercado uma tendência a ser considerada. No caso das PMEs, a entrada ao programa é ainda mais justificável, já que é nesse segmento que se encontra a maior parte dos trabalhadores que recebe até cinco salários mínimos. Podemos, inclusive, notar uma movimentação na legislação por parte de um estudo do DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), que propõe uma reformulação do programa, que engloba, entre outros fatores, incentivar empresas menores a aderi-lo e fornecer orientação adequada aos empregadores desses estabelecimentos, especialmente os de menor porte, sobre os objetivos do programa e os modos de alcançá-los.

O caminho está traçado, os insumos estão à disposição. As PMEs devem se movimentar para garantir um quadro de colaboradores engajados e satisfeitos com seus benefícios. Todos ganham.

Rodrigo Shimizu
Diretor de Estratégia e Marketing de Produtos da Ticket

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