Gestores destacam o poder da tecnologia na mudança de conceitos e processos
1º Congresso Catarinense de Cidades Digitais foi encerrado nesta sexta-feira (10) em Florianópolis e mostrou modelos, iniciativas e soluções para o desenvolvimento das localidades
A gestão inteligente da informação e o uso da tecnologia para interligar os atendimentos públicos estão resultando em aumento de arrecadação e eficiência em gestão para diversos municípios. Exemplos e soluções foram o foco central de prefeitos e gestores que estiveram reunidos até esta sexta-feira (10) em Florianópolis participando do 1º. Congresso Catarinense de Cidades Digitais, promovido pela Rede Cidade Digital (RCD) em parceria com a Prefeitura Municipal. Um projeto inovador baseado em tecnologia é o que fez, por exemplo, Madre de Deus (BA) driblar a crise econômica e continuar investindo mesmo com a queda na arrecadação de royalties, responsável por 40% dos recursos da localidade.
O modelo baiano foi uma das iniciativas apresentadas nesta sexta-feira durante o evento, que também abordou soluções em geoprocessamento, telefonia, educação, segurança, turismo, comunicação digital e o relacionamento com os cidadãos e abordagens em torno de projetos desenvolvidos pelas cidades digitais catarinenses como Lages, no setor rural, e Blumenau. “A crise nos levou a repensar o município com um modelo baseado em governança pública, com um planejamento estratégico transformando informação em resultados sociais”, explicou o prefeito Jeferson Andrade Batista, sobre o Madre Total, que fez da cidade baiana a mais segura do Estado.
Atualmente, o município, que está sem 100% coberto com o sinal wi-fi gratuito para população, realiza ações através das Tecnologias da Informação e Comunicação voltado para o desenvolvimento socioeconômico da ilha, localizada na Região Metropolita de Salvador.
Modernização - Recursos para implantação de infraestruturas de rede e modernização de gestão foi outro tema abordado na manhã desta sexta durante o Congresso Catarinense de Cidades Digitais. Para o gerente de Planejamento do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), Felipe Couto, as Prefeituras devem buscar orientação técnica nas associações de municípios para elaboração dos projetos voltados para captação de financiamentos. Couto detalhou a linha PMAT disponível aos municípios. “Com os investimentos você aumenta a arrecadação sem novos impostos somente com a redução de gastos e melhoria dos serviços prestados”, observou ele.
Além da modernização, os especialistas do Congresso alertam os gestores para atenção à necessidade de integrar empresas, governo e universidade para o surgimento das cidades inteligentes e o uso da tecnologia no planejamento estratégico em setores como o turismo. “O governo gera uma massa gigantesca de dados diariamente, informações que não são tratadas e não subsidiam o processo de tomada de decisão dos gestores na formulação de políticas públicas”, frisou o professor Bernardo Meyer, do Departamento de Ciências da Administração da Universidade Federal de Santa Catarina.
Segundo o diretor da RCD, José Marinho, cerca de 400 pessoas participaram durante os dois dias das atividades do 1º. Congresso Catarinense de Cidades Digitais, que teve início nesta quinta-feira (09). “O Congresso cumpriu com o objetivo de conectar ideias e reunir pessoas para estimular ações, principalmente, nos municípios catarinenses. Tivemos também prefeitos e gestores de outros estados buscando informações e compartilhando suas experiências sobre como a tecnologia é fator determinante para melhorar os serviços públicos e desenvolver as localidades”, destaca Marinho.
O evento contou com o patrocínio master da Softplan, ENW - Inteligência em imagem e Telecom e Paradigma Business Solutions; patrocínio prata da Current - powered by GE e Khomp; e patrocínio bronze do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), NovaKoasin, CORINGA - Sistemas Inteligentes de Segurança, VIAGEO - Tecnologia em Geoprocessamento e PartcipAtiva Tecnologia em Educação.
Diversas entidades também apoiaram a iniciativa: Centro de Informática e Automação de Santa Catarina (Ciasc), Federação das Indústrias de Santa Catarina e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial de Santa Catarina (FIESC-SENAI), por meio do Instituto SENAI de Tecnologia em Automação e TIC, SEBRAE; União dos Vereadores de Santa Catarina (UVESC); das Associações de Municípios do Nordeste de Santa Catarina (AMUNESC), Região da Grande Florianópolis (GRANFPOLIS), Foz do Rio Itajaí (AMFRI), Médio Vale do Itajaí (AMMVI), Alto Uruguai (AMAUC), Extremo Oeste (AMEOSC), Alto Irani (AMAI), Alto Vale do Rio do Peixe (AMARP), da Região Carbonífera (AMREC) e Região Serrana (AMURES); Prefeituras de Rio do Sul, Itajaí, Laguna e Blumenau; Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), por meio do Departamento de Ciências da Administração (CAD), Connected Smart Cities, iCities, Instituto Cidade Democrática, Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia (ACATE), Associação das Empresas de Tecnologia da Informação, Software e Internet de Santa Catarina (Assespro-SC), Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (FACISC), Associação Comercial e Industrial de Florianópolis (ACIF), Rede Brasileira de Cidades Inteligentes e Humanas (RBCIH), Associação Brasileira de Empresas de Soluções de Telecomunicações e Informática (ABEPREST) e TagPoint.
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