Hapvida apresenta projeto de hospital exclusivo para mulher
Com a missão de dar continuidade ao atendimento materno-infantil, operadora de saúde se prepara para inaugurar em Fortaleza (CE) mais de 150 leitos exclusivos para atendimento à mulher
Como recorda o vice-presidente do Hapvida, Candido Pinheiro Jr., está no DNA da empresa esse trabalho contínuo de resgate de leitos de hospitais materno-infantis, nas regiões Norte e Nordeste. Segundo ele, no Ceará, ainda na década de 1990, o Sistema Hapvida iniciou o resgate de unidades que, caso não fossem adquiridas pela empresa, teriam encerradas suas atividades, no atendimento médico materno e pediátrico, como o Hospital Distrital Santa Clara, hoje Hospital Ana Lima, em Maracanaú, município da Região Metropolitana de Fortaleza.
“Nossa missão é garantir que o atendimento médico não seja interrompido. Temos um compromisso com a manutenção de leitos para a população. Por isso, ampliamos nossa rede própria com investimentos em clínicas, policlínicas e hospitais, que estavam prestes a interromper seus atendimentos, como também é o caso do Hospital Luiz França, na capital cearense. Após ter sido integrado ao Sistema Hapvida, em 2014, tornou-se referência no atendimento pediátrico em Fortaleza e, em nenhum momento, teve seu atendimento interrompido”, pontua.
Ao resgatar as unidades, o Sistema Hapvida investe em melhorias, modernizações e, inclusive, amplia os serviços oferecidos à população. Agora, com o Hospital e Maternidade Eugênia Pinheiro, o Sistema Hapvida dá mais um passo na garantia da saúde da mulher. “Essa unidade é, também, fruto da confiança do beneficiário na operadora, que trabalha com muito carinho e compromisso para levar saúde de qualidade ao povo cearense”, diz a diretora de Comunicação e Marketing, Simone Varella. A nova unidade gerará 800 empregos diretos e é fruto do investimento de quase R$ 20 milhões, inseridos nos R$ 180 milhões previstos inicialmente pelo Hapvida para serem investidos durante este ano, em toda sua rede própria no Norte e Nordeste.
O novo hospital vai receber o nome de Eugênia Pinheiro. De família humilde do interior de Quixadá (CE), ela é a matriarca da família Pinheiro. Aos 91 anos, dona Eugênia, como é conhecida, trabalha no Hapvida, sendo responsável pelos uniformes dos 17 mil funcionários – roupas cirúrgicas, de cama e tecidos utilizados em leitos de internação. “Contrariando a idade, dona Eugênia trabalha, viaja, faz musculação, pilates, brinca com os bisnetos, não falta às aulas de forró e não tem nenhuma doença séria”, festeja Candido Pinheiro Jr., neto da matriarca.
População feminina – A unidade atenderá ao público feminino que é crescente no Ceará. Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que o Estado tem 212.205 mulheres a mais que homens. Dentre as cidades com maior número de mulheres, estão Fortaleza (156.349 a mais que homens), seguido por Juazeiro do Norte (13.233), Caucaia (6.245), Crato (6.196) e Sobral (5.309). Segundo os mais recentes dados do Ministério da Saúde, coletados pelo Sistema de Informação de Mortalidade (SIM), entre as principais causas de morte em mulheres estão o infarto e acidente vascular cerebral (AVC). Além dos problemas do aparelho circulatório, outras condições evitáveis como pressão alta, gripe, pneumonia e diabetes estão na lista. Um mapeamento mostra que 453.151 mortes de mulheres foram registradas no Brasil em 2010, de acordo com o mais recente censo.
Leitos maternos e pediátricos – Apesar de ser cada vez mais demandado, o atendimento materno infantil e pediátrico tem sofrido grandes perdas nos últimos anos. Em janeiro deste ano, de acordo com o presidente da Federação Brasileira de Hospitais (FBH), Luiz Aramicy Pinto, cerca de mil unidades entre maternidades, hospitais infantis psiquiátricos fecharam as portas no Brasil. No Ceará, a situação não é diferente. Entre 2002 e 2012, o Estado perdeu 16 hospitais, setores ou núcleos de pediatria, totalizando 1.060 leitos a menos, segundo reportagem publicada pelo Diário do Nordeste, em 15 de outubro de 2012. Já em 2013, o jornal O Povo constatou que, em 12 anos, quase 20 atendimentos pediátricos fecharam as portas em Fortaleza, a segunda capital com o maior déficit de leitos no Brasil, atrás apenas do Rio de Janeiro, segundo dados do Conselho Federal de Medicina (CFM).
Sobre o Hapvida
Com 3,3 milhões de usuários, o Hapvida é a maior operadora do Norte e Nordeste em número de beneficiários. Os números mostram o sucesso de uma estratégia baseada na gestão direta da operação e constantes investimentos: são 17 mil colaboradores diretos envolvidos na operação de 21 hospitais, 71 clínicas médicas, 17 prontos atendimentos, 63 centros de diagnóstico por imagem e 57 laboratórios com diversos postos de coleta distribuídos nos 11 estados onde a operadora atua com rede própria.
Nenhum comentário