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10 de novembro, Dia Mundial do Trigo

Acompanhe o panorama de mercado 


Dia 10 de novembro é o Dia Mundial do Trigo. Segundo tipo de cereal cultivado em todo o mundo, é considerado como alimento básico para preparar diversos alimentos como massas, pães, bolos e biscoitos e um dos produtos estratégicos que combatem a fome da humanidade, segundo a FAO (Food and Agriculture Organization. Além disso é um grão importante para a alimentação de animais e utilizado na fabricação de cerveja.

Nos últimos 40 anos, o consumo médio per capita de trigo no Brasil mais que dobrou, conforme dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mas, mesmo assim, o Brasil é um dos países que menos consomem o cereal no mundo proporcionalmente ao número de habitantes. Foram 43 quilos de farinha por pessoa em 2014, 1,75% abaixo de 2013. Nos vizinhos sul¬americanos Chile e Argentina, as médias chegam a 90 quilos anuais. A forte desaceleração da economia vem sendo a principal responsável pela queda no Brasil.

Em 2015, a venda de farinha caiu 10%, a de macarrão ficou estacionada e as padarias sentiram uma queda de 10% no faturamento, efeito da queda das vendas de itens de maior valor agregado, como pães especiais e bolos.

O baixo crescimento do consumo de farinha de trigo no Brasil não é uma preocupação nova no segmento moageiro nacional. A federação que representa os moinhos da América Latina também reconhece que o avanço é pequeno na região. Nas projeções do Conselho Internacional de Grãos (IGC, na sigla em inglês), a taxa anual de crescimento da demanda global por trigo deverá ser de 1% de 2016 a 2020, abaixo da média de 1,7% registrada nos últimos cinco anos.

Não há dados que mostrem com precisão o motivo dessa relativa estagnação, mas o setor produtivo de trigo e derivados não descarta que a disseminação de informações negativas sobre o efeito do glúten (principal proteína do trigo) na saúde humana tenha seu peso na balança.

A despeito da crise econômica pela qual atravessa o país, a Abitrigo reconhece que nos últimos anos esse mercado tem sido estável e que é preciso impulsioná¬-lo. A mais recente frente de atuação da cadeia é tentar exportar a países onde o crescimento do consumo de trigo avança a taxas mais agressivas. A própria Argentina, uma das principais exportadoras de farinha do mundo, já iniciou a busca de novos mercados, dado o baixo crescimento dos mercados onde já atua. Uma das possibilidades da indústria nacional é se unir à cadeia produtora de massas e biscoitos para ganhar competitividade nesse tipo de produção com maior valor agregado. O foco dessa atuação são os países da Ásia e da África.

Para falar sobre o desempenho e tendências para o mercado interno e possibilidades de crescimento, sugerimos o Diretor Nacional de Vendas, da Nita Alimentos, Marcos Pereira

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