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Como fica o mercado imobiliário nos EUA para os brasileiros após a vitória de Trump

Expectativa é que os brasileiros continuem adquirindo imóveis, principalmente na Flórida 

A vitória de Donald Trump não deve afetar o mercado imobiliário nos Estados Unidos. A avaliação é de Leo Ickowicz, sócio presidente da Elite International Realty. Lembrando a atuação do republicano como empresário, Leo acredita que outros fatores poderiam influenciar o setor.

"Aparentemente não haverá grandes impactos. Os maiores problemas seriam com relação às desvalorizações das moedas. Depois do discurso dele, bem mais moderado e realista, aos poucos bolsa e moeda estão se acomodando. O Trump não deve mexer em nada que prejudique o imobiliário, até porque ele é do mercado", pondera.

O empresário, que atua nos EUA há mais de 20 anos, destaca que a situação política em outros países produz mais turbulências. Ele indica que a ascensão de Trump à presidência não deve alterar o perfil do potencial comprador de imóveis na Flórida. Leo Ickowicz acredita as decisões de Trump na Casa Branca devem ser diferentes dos discursos de campanha.

"Aqui [nos EUA] dependemos muito mais da situação política e econômica de cada país individualmente. Todos os países são consumidores à medida que a economia esteja forte e o valor da moeda esteja com poder de compra. Se ele tomar medidas discriminatórias, talvez aja um impacto, mas aparentemente foi só discurso de campanha. Na vida real há outras variáveis que vão influenciar", acredita.

Para Leo, mesmo afetados pela crise interna, os brasileiros seguem sendo um dos principais compradores de imóveis na Flórida e encontram um momento propício para os negócios.

"O mercado está mais calmo e bom para o comprador negociar. O mercado está favorável ao comprador. Os brasileiros ainda são importantes, mas perderam muito devido à situação política e econômica no país. Em 2016, diminuiu o número de compradores, mas em termos de valor total/faturamento as vendas não baixaram tanto", afirma.

Apesar disso, ele vê a necessidade de as imobiliárias buscarem uma variação de clientes.

"No momento, vemos o consumidor americano comprando, pois a economia aqui está indo bem. Sempre houve uma cultura de ter casa própria, pois o financiamento para quem tem emprego é fácil e os juros americanos são baixos. Os canadenses e europeus em geral foram bem afetados pela economia de desvalorização de suas moedas em comparação com o dólar. Mas estão surgindo novos compradores, principalmente do Oriente Médio, China, Coreia, Turquia, entre outros. As imobiliárias de Miami vão tentar achar novos caminhos nestes mercados", conclui.

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