Cresce o número de jornalistas com interesse pela carreira acadêmica
Reinventar JornalistasRJ dia 30, na ABI, vai mostrar os caminhos para quem quer se qualificar para enfrentar o mercado cada vez mais competitivo.
Para discutir como está a presença do jornalista atualmente na Academia, que oportunidades esse caminho representa e o que é necessário em termos de qualificação para se tornar professor universitário, o 17º Encontro Reinventar JornalistasRJ vai reunir uma “banca” de primeira na próxima quarta-feira, dia 30 de novembro, das 8h30 às 13h, no auditório da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no Centro do Rio.
O painel “Jornalismo na universidade: oportunidades no mundo acadêmico” contará com a participação do coordenador do Departamento de Comunicação Social da PUC-Rio Leonel Aguiar; da coordenadora do curso de Jornalismo da UFF Larissa Morais; da coordenadora do curso de Jornalismo da Facha, Ivana Gouveia; da professora da PUC-Rio Itala Maduell e do professor da UFRJ, Cristiano Henrique Santos. A mediação fica por conta da coordenadora dos cursos de Jornalismo e Publicidade da Unigranrio, Ana Condeixa. O presidente da ABI, jornalista Domingos Meireles, encerra o evento.
"Esta última edição do ano do Reinventar não é direcionada apenas a quem quer virar professor acadêmico como alternativa de trabalho, mas também e, principalmente, destacar a importância da qualificação (ou requalificação) em cursos de extensão, pós-graduação, MBA, mestrado, doutorado e outros cursos, para quem precisa se 'reinventar' e esbarra em um novo mercado, que necessita de novos conhecimentos e habilidades", afirma a jornalista Rosayne Macedo, idealizadora do Reinventar Jornalistas RJ, que abre a programação.
Para Rosayne Macedo, o evento do dia 30 também é uma oportunidade de discutir um pouco sobre o modelo de ensino do jornalismo hoje, se atende às necessidades desse novo mercado profissional e as oportunidades que oferecem. "Vamos falar ainda de oportunidades para quem quer optar pela segurança do emprego público e quer se preparar para concursos", antecipa.
Doações como inscrição
Essa será a última atividade do grupo em 2016. O evento é gratuito, mas é necessário fazer inscrição online pela página do Reinventar no Facebook ou diretamente em http://bit.ly/2fMvKbX. A produção pede que os participantes levem doações para o Natal Solidário do projeto Repórteres do Bem, em parceria com a Clínica da Alegria, que visitará diversas instituições destinadas a idosos e crianças em dezembro no Rio e Região Metropolitana. São aceitas doações em brinquedos, roupas, sapatos, lençóis e artigos de higiene pessoal. O auditório da ABI fica na Rua Araújo Porto Alegre 71, 7º andar – Centro, Rio de Janeiro/RJ.
Empreendedorismo como saída
Com o aumento do desemprego, mais pessoas procuram o empreendedorismo como forma de ganhar a vida. E com os jornalistas não é diferente. Criada há um ano, a rede Reinventar JornalistasRJ tem como objetivo fortalecer e disseminar a cultura empreendedora, conectando, capacitando e inspirando as pessoas a empreender. Foram 16 encontros realizados em um ano, reunindo mais de 1,5 mil participantes e 70 palestrantes.
"O ano de 2016 será um ano marcado como aquele em que esta foi a solução para a geração de renda. A certeza de que a educação é o caminho para o desenvolvimento do Brasil faz com que esta seja uma das áreas que apresenta oportunidades crescentes”, afirma a jornalista Malu Fernandes, uma das porta-vozes do movimento, que tem apoio da ABI.
Sobre o mercado educacional
Em uma década o número de professores universitários cresceu 36%. Há 10 anos, eram 268.816 docentes. Os números do último senso da Educação Superior realizado pelo Ministério da Educação mostram que 321,7 mil estavam em pleno exercício da função em 2013. Desse total, 60% estão em universidades privadas. Em muitos casos, o que a instituição buscava era muito menos o Doutor ou o Mestre, mas alguém com “notório saber”, ou seja, profissional com experiência no mercado para, de fato, preparar o estudante para os principais desafios com os quais iria se deparar após se formar.
No mesmo período, o número de alunos matriculados saltou 83,5% e o volume de cursos abertos em 85%. Em 2013, existiam 2.090 faculdades particulares contra 301 públicas. Neste estudo o Ministério da Educação levantou que o país possuía 367.282 professores em suas instituições de ensino superior.
Sobre o empreendedorismo no Brasil
Em 2015, o Brasil foi a nação mais empreendedora entre os países que compõem o Brics (grupo de países formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). Com uma taxa de empreendedorismo inicial de 21%, os brasileiros superam os chineses em oito pontos percentuais. O número de brasileiros que já têm uma empresa, ou que estão envolvidos na criação de uma, é superior ao de países como os Estados Unidos e a Alemanha. Os dados são da pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM) 2015.
Apoiado pelo Sebrae, e realizado pelo Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBQP), o estudo detectou que o Brasil atingiu nos dois últimos anos uma das maiores taxas de empreendedorismo inicial de sua história. Em 2015, de cada dez empreendimentos, quatro foram abertos por necessidade. Em 2014, eram três.
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