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CPqD Alcance terá novos recursos e ampliação do público usuário

Novo projeto estenderá benefícios do aplicativo, que hoje atende cegos e deficientes visuais, também para idosos e pessoas com baixo letramento

Campinas, 30 de janeiro de 2017 - Criado com o objetivo de facilitar o uso de dispositivos móveis com tela sensível ao toque (touchscreen) por pessoas cegas ou com deficiências visuais, o aplicativo CPqD Alcance ganhará uma atualização tecnológica que permitirá ampliar seu público-alvo e, ainda, os serviços disponíveis. O novo projeto do CPqD, que está começando neste mês de janeiro, recebeu o nome de AVISA - Assistente Virtual para Inclusão Social e Autonomia e visa contemplar também idosos e pessoas com baixo letramento, por intermédio do uso de uma interface baseada em linguagem natural (comando de voz e assistente virtual).

“A ideia é dar continuidade ao projeto que originou o CPqD Alcance, aplicativo que está com mais de 28 mil downloads na Google Play e que vem ajudando um grande número pessoas cegas ou com deficiências visuais a utilizar seu smartphone”, afirma Claudinei Martins, da Diretoria de Suporte a Decisão e Aplicações do CPqD, que está coordenando esse novo projeto. Disponível para dispositivos Android, o CPqD Alcance utiliza recurso de narração automática das telas por síntese de fala (text to speech), para facilitar o acesso do usuário às principais funções do aparelho. Essas funções aparecem na forma de grandes ícones na tela do smartphone e podem ser acessadas facilmente pelo usuário (conforme desliza o dedo sobre a tela touchscreen, uma voz sintetizada informa a função correspondente àquela área e, com um duplo toque, ele seleciona o que deseja fazer).

Na evolução do aplicativo, técnicas de reconhecimento automático de fala serão utilizadas para facilitar ainda mais o acesso às funções - por meio de comandos de voz. “A meta principal do projeto é desenvolver um assistente virtual inteligente, com capacidade de diálogo com o usuário, utilizando técnicas de processamento de linguagem natural”, revela Martins. Para isso, serão empregadas tecnologias de computação cognitiva e de aprendizado de máquina desenvolvidas no próprio CPqD.

Com 26 meses de duração (até fevereiro de 2019), o projeto AVISA conta com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) da FINEP e será dividido em etapas - durante as quais novos recursos serão adicionados gradativamente ao aplicativo. Assim como ocorreu com o projeto Voz Móvel (que resultou no CPqD Alcance), o desenvolvimento do novo projeto contará com a parceria do Centro de Prevenção à Cegueira (CPC) de Americana (SP), onde serão realizadas oficinas participativas, pesquisas sobre as funcionalidades desejadas e testes piloto com os usuários.

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