1501, AD, Montpellier
Idade Média
Aldeias
Lobos e pestes
Medos superstições.
A noite esmaga
Velhos e crianças.
Janelas se trancam
Dão às casas lindeiras.
O homem se junta
No pavor do desconhecido;
Outros homens também
Amedrontam.
Deus é recorrente
Única defesa.
O dualismo
Do bem e do mal
Prossegue até hoje.
Os anjos do bem e do mal
Nunca compreendi o paradoxo
Dos anjos do mal;
Não eram anjos ou mal.
Um rumor faz o homem levantar
Junta seus ouvidos à parede
Trêmulo, tenta identificá-lo
Poderá ser uma simples coruja.
Aos poucos se vai
Depois da exaustão.
A Chuva traz um sentido
Das lágrimas de Cristo
E da lavagem da terra.
Dormir com chuva
Cabeça coberta
É outro atavismo.
A Idade Média trouxe o homem para si
Parte do sol, do vento, da manhã, da tarde
Do céu esplêndido das velhas estrelas
E da lua que ainda vemos, iguaizinhas.
A alvorada é longa, a mãe não faz café
Estimulante que só viria no iluminismo
Ainda chove, e forte,
O Fogo é a benção do contraste.
O pão começa a cheirar
E o pai se levanta
Depois os filhos e as filhas.
Enchem-se de amor e rezam
Para que cada pingo d'água da chuva
Faça brotar suas plantações
E molhe de amor seus corações.
Amadeu Roberto Garrido de Paula, é poeta e autor do livro "Universo Invisível". Advogado e membro da Academia Latino-Americana de Ciências Humanas.
Aldeias
Lobos e pestes
Medos superstições.
A noite esmaga
Velhos e crianças.
Janelas se trancam
Dão às casas lindeiras.
O homem se junta
No pavor do desconhecido;
Outros homens também
Amedrontam.
Deus é recorrente
Única defesa.
O dualismo
Do bem e do mal
Prossegue até hoje.
Os anjos do bem e do mal
Nunca compreendi o paradoxo
Dos anjos do mal;
Não eram anjos ou mal.
Um rumor faz o homem levantar
Junta seus ouvidos à parede
Trêmulo, tenta identificá-lo
Poderá ser uma simples coruja.
Aos poucos se vai
Depois da exaustão.
A Chuva traz um sentido
Das lágrimas de Cristo
E da lavagem da terra.
Dormir com chuva
Cabeça coberta
É outro atavismo.
A Idade Média trouxe o homem para si
Parte do sol, do vento, da manhã, da tarde
Do céu esplêndido das velhas estrelas
E da lua que ainda vemos, iguaizinhas.
A alvorada é longa, a mãe não faz café
Estimulante que só viria no iluminismo
Ainda chove, e forte,
O Fogo é a benção do contraste.
O pão começa a cheirar
E o pai se levanta
Depois os filhos e as filhas.
Enchem-se de amor e rezam
Para que cada pingo d'água da chuva
Faça brotar suas plantações
E molhe de amor seus corações.
Amadeu Roberto Garrido de Paula, é poeta e autor do livro "Universo Invisível". Advogado e membro da Academia Latino-Americana de Ciências Humanas.
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