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A Música como Problema de Saúde Pública

Por Mateus Machado


– “Eu acho que alguns tipos de música são descrições das doenças de uma sociedade.

– Charles Mingus

“Que a música não se torne uma arte de mentir”

– Friedrich Nietzsche

Tudo é passível de discussão, inclusive e, sobretudo, o gosto musical.

Embora não seja exatamente a questão do “gosto”, o que vamos tratar neste artigo, no entanto, Platão já disse que se Conhece Uma Nação pelo Tipo de Música que Ela Ouve. Isso porque a música não afeta só o Indivíduo, mas tem enorme peso no Coletivo, uma vez que, a música, em essência, é Padrão Vibratório. Quanto mais baixo o padrão vibratório de uma música, mais densa e grosseira, mais material ela é, ou seja, mais prejudicial ela se torna à nossa saúde.

Os três elementos básicos da música são; Harmonia, que é o conjunto harmonioso de notas musicais. Melodia; sucessão coerente de sons (e silêncios) se desenvolvendo em uma sequência linear própria, sendo apoiada pela harmonia e pelo ritmo. E o Ritmo; que é o que nos dá a noção métrica do tempo, usando-se de uma repetição de intervalos musicais fortes ou fracos, regulares ou irregulares, longos ou breves.

É a Santa Trindade da música.
A princípio, não se trata de uma questão estética ou de gosto, mas de energia vibratória, criada e liberada em forma de Egrégora, para toda a sociedade.

No entanto, o próprio Platão via a música como elemento fundamental da Educação. Em sua obra – A República de Platão-, ele já alertava a sociedade para se ter cuidado com o tipo de música que o Governo dava as pessoas.

Pitágoras provou que através da música pode-se ensinar Origens e Fenômenos do mundo, do universo e, com isso, introduzir Princípios e Valores Morais à uma sociedade, pois a música “purifica as faculdades psíquicas”. Ela pode equilibrar o ser humano, ajudando-o a lidar com a violência, com a preguiça, com a angústia e com outras paixões.

Na tradição egípcia, ensinava-se que, quando se pegamos a matéria e a aceleramos, o resultado é a energia. Se você acelera a energia, você terá a luz. O Universo se mede pelo nível vibratório, assim como a nossa Consciência. Acelerar é aumentar o nível vibratório, é tornar alguma coisa mais sutil.

O padrão de Frequência (vibração por segundo) usada no mundo em toda Indústria Fonográfica, passou a ser de 440 Hz, criado a partir de 1939 pelo Decreto de Goebbels e aprovado em 1953 pelo ISO (Organização Internacional de Padronização). A frequência 440 Hz é desarmônica com a Natureza e com o próprio corpo humano. É Antinatural.

Antes de 1953, a frequência padrão usada era a de 432 Hz; uma frequência que se utilizava a partir da fórmula matemática ϖ(Pi), reproduzindo de maneira natural, a conhecida “Escala Musical Pitagórica”, em ressonância com toda a forma de vida, por exemplo, com as células de nosso corpo. É a frequência dos batimentos cardíacos. Além de estimular a produção de serotonina em nosso cérebro, a frequência 432 Hz unifica as propriedades de luz, tempo, espaço, matéria, gravidade e magnetismo com a biologia, o código do DNA e da Consciência.

Com o Decreto de Goebbels o mundo passou a ouvir música na frequência 440 Hz, nos fazendo sentir medo, insegurança, angústia e agitações internas. Para quem não sabe, Joseph Goebbels foi o Ministro de Propaganda do Nazismo. O mesmo que disse: “Repita 10 vezes uma mentira e ela se tornará verdade.” Fórmula que ajudou Hitler a chegar onde chegou.

Para Platão, a música é elemento fundamental da educação, como já dito anteriormente. O filósofo Sri Ram já dizia que Evolução é o Refinamento do Gosto. Por isso, discordo que a Arte, como um todo, seja DESOBRIGADA de ter uma finalidade, ao menos construtiva, ou de Despertar Consciências. Caso contrário, não é Arte, pois o conceito clássico diz que a Arte é uma via de conhecimento através da purificação do Eu Pessoal, para se conhecer a própria alma e seus ideais de Beleza e Verdade.

Muito do que se considera Arte nos dias de hoje, não passa de puro e simples entretenimento e, muitas vezes , de mau gosto.

O Estado, sendo responsável pela Educação e pela Saúde de cada indivíduo, tem o dever de educar a população sobre as consequências negativas que determinados tipos musicais podem trazer para a sociedade e para o indivíduo. Em cada produto ou serviço prestado pela Indústria da Música deveria vir a advertência do Ministério da Saúde: “Este tipo de música é prejudicial à saúde”.

Assim, a liberdade do indivíduo em ouvir o que bem entender deve estar atrelado ao fato de se ter Consciência desses Princípios. Sobre o tipo de música que se ouve e suas consequências. Sabendo disso, então ele terá o direito de escolher ouvir o que bem quiser e o Estado poderá lavar suas mãos; uma vez tendo orientado a sociedade de maneira correta.

Falo de princípios que não fogem das leis científicas, como por exemplo, a música como padrão vibracional que interfere em nossas ondas mentais, nos alinha à sua vibração, seja ela baixa (densa) ou alta (sutil). Ignorar isso é ignorar séculos de estudos e observações. Mas, diante de uma sociedade cega, ignorante desses princípios e de um Estado corrupto e alheio à Saúde Pública, creio que o alerta se faz necessário.

O propósito da humanidade, como do Universo, é o crescimento, termo cunhado mais conhecido como Evolução. Creio que a finalidade de todo ser humano é aprender e ensinar. O refinamento, seja musical ou não, está atrelado ao desenvolvimento do indivíduo. Creio que a Arte só se faz com aquilo que é Belo (Verdade e Beleza se correlacionam), em si já é uma finalidade. No simbolismo do Universo em expansão, creio que nos concerne à expansão de nossa Consciência.

Não só a Música Clássica europeia mudou. O jazz era marginalizado. Beethoven foi marginalizado em sua época, mas há um conteúdo humanístico tanto em Beethoven quanto em muitos jazzistas, que visa a Arte como libertadora de mentes. O mercado é que acaba se utilizando dos elementos para comercializá-los e, muitas vezes, banalizá-los. Mundo dos negócios. Agora, mudança sem crescimento é apenas movimento de estagnação. Nada muda. Nada evolui, apenas regride.

A estética e o gosto musical podem mudar conforme a época e o povo, mas independente disso, mais do que uma questão de gosto ou estética, estamos falando sobre a influência positiva ou negativa que a música pode causar no indivíduo e na sociedade. Na tradição da Música Clássica Indiana, os mestres diziam que a música pode tanto curar como fazer adoecer. Tudo, por causa de seus padrões vibracionais. Hoje, a Musicoterapia está aí para nos confirmar a antiga Sabedoria daqueles músicos, místicos, poetas e pensadores.

O que ocorre hoje é um aprisionamento e, honestamente, se a música (o autor, intérprete, produtor) não tem um conteúdo relevante, o que eles terão a oferecer de bom e salutar à sociedade?

Isso sem contar a mesmice das letras, sua pornografização gratuita, seu besteirol enfadonho, sua repetição doentia. Muitos falam sobre variedade, sobre a pluralidade no Mercado da Música. Mentira. A Indústria Fonográfica está justamente acabando com a pluralidade, com a diversidade e, homogeneizando a música cada vez mais, enlatando a cópia da cópia da cópia em um processo de produção em larga escala e em ritmo acelerado. Em um mundo de Extrema Vulgaridade, a banalização e a mesmice tendem a ser pandêmicas.

Se considerarmos os estudos da Biomusicologia, temos em nosso DNA o programa daquilo que vamos ouvir musicalmente durante a nossa vida, do que vamos gostar ou não. Considerando isso, há uma seleção natural que vai além dos “politicamente corretos”. Somo seres naturalmente musicais, portanto, vibracionais.

De qualquer forma, nosso senso crítico está nublado ou anulado pela mass-media. Isso faz parte do sistema na qual escolhemos ficar presos. É o Terrorismo Sutil do Permissível. A bilionária indústria do entretenimento, quer nos fazer acreditar que está tudo bem, mas o cheiro do ralo esconde muito mais do que imaginamos.

Continua...
P.S: Este texto possui uma segunda parte. Para adquirí-la, basta solicitar no e mail da assessoria ou pelo e mail do autor.

Créditos

Mateus Machado é Poeta, Escritor, Astrólogo e Mitólogo. Conferencista e autor de Origami de Metal, A Mulher vestida de Sol e A Beleza de Todas as Coisas. Este ano lança seu mais novo livro de poesias intitulado Toten, Pele Nova e Espirais nos seus Cabelos pela Editora Chiado. Trabalha atualmente na Tradução do livro Mexico City Blues de Jack Kerouac e se dedica ao seu canal literário, Biblioteca de Babel, que será lançado emAbril no Youtube. É também colunista do site Olhar Crítico.

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