Especialista alerta para evitar riscos na indústria: 2017 é ano de transição entre recessão e recuperação
Embora haja sinais de retomada do crescimento, planejamento é chave para sobreviver no mercado até o final da crise
Os anos de 2015 e 2016 foram sombrios para a produção industrial no Brasil. Entretanto, devido a algumas medidas econômicas adotadas pelo governo no segundo semestre de 2016, há expectativa de melhora. "PIBs, negativos em 2015 e 2016 não são bons alicerces para 2017, mas algumas ações econômicas no segundo semestre de 2016 foram início de preparação de um solo fértil aos exercícios seguintes. O setor industrial, por exemplo, apresenta tímida recuperação em alguns ramos", afirma Bahia.
Em consequência às melhoras no panorama industrial, o comércio e o setor de serviços tendem a acompanhar a recuperação, e sucessivamente alavancar o fim da recessão. Entre os possíveis ganchos para essa mudança, o especialista indica: "O agronegócio é um oásis nesse deserto da crise, e setores industriais ligados diretamente a ele podem puxar essa recuperação".
No entanto, atenções devem ser direcionadas ao controle do fluxo econômico e financeiro. Segundo o especialista, apesar de termos o aceno de recuperação tímida é necessário trabalhar bem o controle de pilares econômicos da atividade industrial.
Entre as dicas para manter estabilidade no momento, Bahia destaca: controle de fluxo de caixa quanto a evitar empréstimos trabalhando o máximo possível com recursos próprios, negociações de preços e prazos de pagamentos junto a fornecedores, controle rígido de estoques quanto a não ter desembolsos ou desencaixes antecipados, controle de despesas operacionais, entre outros, são itens fundamentais para a empresa industrial ter sucesso na travessia de 2017.
É importante que o setor industrial esteja preparado para o fato de 2017 ser um ano de transição. Essa preparação deve ser bem entendida com relação à necessidade de ainda ocorrerem possíveis ajustes ou acertos nos mais variados setores.
"A recessão pela qual o país está passando é muito crítica. As políticas econômicas implementadas nos últimos anos foram degradadoras, não devemos esperar que as medidas recentemente implementadas tragam resultados imediatos. É necessário termos essa maturidade política para definirmos questões estratégicas de país e não ficarmos com propostas populistas e ilusionistas a cada quatro anos", completa o especialista.
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