Saques do FGTS devem ajudar nas necessidades financeiras mais urgentes, diz SPC Brasil e CNDL
Medida é importante para que o cidadão consiga sanar dívidas e recuperar o crédito
A partir do dia 10 de março, os brasileiros poderão realizar saques de suas contas do FGTS classificadas como inativas em 31 de dezembro de 2015. A estimativa do governo federal é de que 30 bilhões de reais sejam injetados na economia do país, montante que representa 0,5% do PIB. No total, 30,2 milhões de trabalhadores poderão realizar os saques, sendo que 80% possuem até 1.500 reais nas contas.
De acordo com uma pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) entre os entrevistados que pretendem realizar os saques, o dinheiro sacado deve ser destinado principalmente ao pagamento de dívidas (38%, sobretudo entre as classes C, D e E, 44%), pagamento contas do dia a dia (34%) e para guardar ou investir (20%, especialmente entre as classes A e B, 31%).
Segundo Roque Pellizzaro Junior, presidente do SPC Brasil, o acesso ao dinheiro das contas inativas do FGTS pode beneficiar principalmente os cidadãos das classes C, D e E. “A maioria das pessoas não possui um valor tão alto nas contas, mas que é bastante significativo para auxiliar nas necessidades mais urgentes. Esse dinheiro pode ajudar o cidadão afetado pela crise a limpar o nome e recuperar seu crédito”, afirma. “Reduzir a inadimplência traz um impacto positivo sobre a economia, o que resulta em menores taxas de juros cobradas ao consumidor”, avalia.
“A liberação dos saques injetará um significativo volume de recursos na economia ao longo dos próximos meses, o que pode adiantar a retomada do consumo agregado no varejo”, acrescenta o presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), Honório Pinheiro.
Metodologia
Para a estimativa, foram entrevistadas 801 pessoas com idade igual ou superior a 18 anos, de ambos os gêneros e de todas as classes sociais via web entre os dias 1 e 14 de fevereiro, nas 27 capitais. A margem de erro geral é de 4,0 pontos percentuais para um intervalo de confiança a 95%.
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