Astrofísico analisa os principais erros de cinco dos maiores nomes da ciência mundial
Em “Tolices brilhantes”, o autor Mario Livio mostra as mancadas cometidas por cientistas como Einstein e Charles Darwin antes de suas descobertas inovadoras
TOLICES BRILHANTES
(Brilliant blunders)
MARIO LIVIO
Páginas: 350
Preço: R$ 52,90
Tradução: Catharina Pinheiro
Editora: Record
Não há dúvida de que cientistas como Albert Einstein e Charles Darwin mudaram o mundo com as descobertas e pesquisas sem precedentes em suas áreas de atuação. Mas até figuras como estas tiveram seus dias ruins. Em “Tolices brilhantes”, o astrofísico americano Mario Livio relembra e destrincha as mancadas cometidas por cinco dos maiores nomes da ciência mundial.
No texto, o autor avalia as conseqüências inesperadas destes “erros” provocados pelos cinco cientistas e tenta analisar suas prováveis causas. Além disso, mostra que, é claro, foram essas tolices que acabaram pavimentando o caminho para a descoberta e a inovação, já que o processo científico, habitualmente, avança exatamente por causa dos erros.
Entre os temas, ele mostra que a teoria de seleção natural de Darwin não deveria ter funcionado; revela que Lord Kelvin cometeu um erro absurdo em seu cálculo da idade da Terra; afirma que Linus Pauling construiu, com pressa, um modelo errado de DNA; que Fred Hoyle descartou a ideia da origem do universo através do que se chamou ironicamente de “Big Bang”; e que, por fim, Einstein fez especulações incorretas sobre as forças que mantêm o universo em equilíbrio.
O livro chega às lojas em maio pela Record. A edição traz ainda um encarte com fotos e documentos sobre os casos e cientistas analisados.
TRECHO:
“A mancada de Darwin foi não perceber todas as implicações de uma hipótese em particular. Kelvin deu uma mancada ao ignorar possibilidades imprevistas. A mancada de Pauling foi o resultado do excesso de confiança gerado por um sucesso anterior. Hoyle errou ao insistir em divergir da ciência tradicional. Einstein falhou por causa de um senso equivocado do que constitui a simplicidade estética. O ponto principal, porém, é que ao longo do caminho descobriremos que erros crassos são não apenas inevitáveis, mas também parte essencial do progresso na ciência. O desenvolvimento da ciência não é uma marcha direta rumo à verdade. Se não fossem as falsas largadas e becos sem saída, os cientistas passariam muito tempo percorrendo os caminhos errados.”
Mario Livio é um astrofísico israelense-americano internacionalmente conhecido por seu trabalho no Space Telescope Scrience Institute de Baltimore, EUA. É autor de “Razão áurea”, que ganhou o Prêmio Internacional Pitágoras e o Prêmio Peano, além de “A equação que ninguém conseguia resolver” e “Deus é matemático”, todos lançados pela Record e somando mais de 17 mil exemplares vendidos.
Nenhum comentário