Executivos financeiros indicam que, nos próximos 12 meses, objetivo das empresas é preservar receitas e buscar eficiência
· Enquete da Deloitte realizada com 112 executivos de Finanças aponta as atividades consideradas mais estressantes por eles: constantes alterações regulatórias; sistemáticas mudanças estruturais das empresas; e pressões em razão de resultados negativos;
· Para 43% dos participantes, ativos brasileiros estão subavaliados;
· Entrar na “Era Digital” é ainda considerado um desafio pelos executivos de finanças, especialmente em razão dos investimentos necessários e da falta de pessoal qualificado.
São Paulo, 05 de abril de 2017 – As principais preocupações das empresas no Brasil para os próximos 12 meses são: preservar ou ampliar suas receitas em mercados onde já atuam; e buscar mais eficiência em seus processos. É o que aponta enquete realizada pela Deloitte com 112 executivos de Finanças brasileiros neste mês de março de 2017. No total, 60% dos participantes escolheram esses dois fatores, entre sete opções oferecidas pela pesquisa, com 37% das indicações para o primeiro item e 23%, para o segundo.
O levantamento apurou as opiniões de CFOs (chief financial officers, da sigla em inglês) e de outros executivos de finanças de empresas que atuam no país a respeito de temas como negócios, carreira, gestão da área financeira e tecnologia de apoio.
Perguntados sobre qual é a parte mais estressante do trabalho de um CFO, 61% dos participantes escolheram quatro fatores, entre 12 alternativas: trabalhar com estratégias ambíguas da organização (com 13% das citações); lidar com as pressões por mau desempenho da empresa (14%); conviver com mudanças contínuas na organização, tais como fusões e aquisições, novos sistemas de Tecnologia da Informação (TI) e IPOs (ofertas iniciais de ações em Bolsa de Valores, 16%); e alterações nos requisitos regulatórios a que são submetidas as companhias (18%).
“Tendo em perspectiva esses quatro itens destacados na enquete da Deloitte, percebemos que tudo aquilo que gera mudança, incerteza ou ambiguidade no ambiente corporativo acaba provocando estresse. Quando somado às naturais pressões por resultados, acaba gerando um ambiente em que o gestor financeiro precisa ter visão global, equilíbrio e efetivo potencial de comando para dirigir com excelência as áreas financeiras das organizações”, afirma Fábio Perez, diretor do CFO Program da Deloitte Brasil.
Entre os temas mais críticos para a área de finanças na atualidade, um total de 63% dos executivos inquiridos pelo levantamento destacou as pressões pela redução de custos e aumento da eficiência operação da empresa. Outros dois itens importantes sugeridos nesse questionamento foram: busca por melhores estratégias de financiamento e gestão de caixa (com 22% das referências); e maior exposição a riscos em função da complexidade dos atuais processos contábeis e financeiros (14%).
Com relação à percepção dos gestores de finanças quanto aos valores dos ativos no mercado brasileiro, houve uma divisão relativamente bem equilibrada entre as avaliações apuradas: 43% dos participantes consideraram que os ativos estão subavaliados, atualmente; 35% veem sobrevalorização no mercado; e 22% acham que os preços comportam-se de maneira adequada.
Para a maioria dos executivos de finanças incluídos na enquete (67%), dois fatores foram apontados como as principais barreiras para a entrada das organizações na chamada “Era Digital”: receio em relação aos investimentos necessários para a implementação de novas tecnologias (com 38% das referências); e falta de uma equipe de finanças preparada para conduzir essa transformação (29%).
Já a pergunta destinada a apurar o acesso e o conhecimento desses executivos em relação às mais recentes tecnologias indicou que 72% dos inquiridos disseram que suas organizações já utilizam plataformas de armazenamento e gestão de dados em nuvem (cloud computing), enquanto que 63% dos participantes afirmaram desconhecer a tecnologia blockchain (sistema de registros que garante a segurança e integridade das operações financeiras realizadas sem a necessidade de uma autoridade central; seu uso mais conhecido é relacionado à movimentação de moedas digitais, ou bitcoins).
Sobre a enquete
Aplicada durante o mês de março de 2017, por meio de questionários online distribuídos a empresas de médio e grande porte, que representam variados setores de atuação de todo o país, a Enquete com executivos de finanças realizada pelo CFO Program da Deloitte Brasil contou com a participação de 112 dirigentes de áreas de finanças.
Os resultados da enquete foram discutidos no dia 16 de março, em São Paulo, durante a 4ª edição da conferência anual “Jornada do CFO”, direcionada a líderes financeiros e a presidentes de grandes organizações.
Na ocasião, também foi apresentado o estudo “Hora Decisiva – Finanças em um mundo digital”, realizado pela Deloitte Global. De acordo com o levantamento, os executivos da área de finanças precisam entender que o mundo seguirá movimentando-se cada vez mais rápido na direção das mudanças impostas pelos atuais modelos digitais.
“De repente, um montante incomensurável de dados que estavam perdidos em algum lugar inalcançável está vindo à tona, e se torna instrumento essencial para compreendermos melhor os negócios e desenvolvermos soluções de sucesso. Temos que dar sentido a esses dados e usá-los como uma vantagem competitiva e gerencial para melhor servir nossos clientes”, considera Othon Almeida, sócio-líder do CFO Program da Deloitte Brasil, a respeito dos resultados do estudo.
Sobre o estudo “Hora Decisiva”
O relatório “Hora Decisiva – Finanças em um mundo digital” foi desenvolvido com base em pesquisas extensivas sobre o tema e, em parte, usou dados e impressões apuradas em entrevistas confidenciais feitas com executivos de finanças, incluindo CFOs de algumas das principais empresas do mundo.
Sobre a Deloitte
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