Últimas

“Governo avança ao se comprometer em flexibilizar Reforma da Previdência”, afirma deputado membro da comissão

O deputado federal Roberto de Lucena (PV-SP), membro da Comissão da Reforma da Previdência, elogiou a iniciativa do Governo Federal de ouvir o Parlamento e de se comprometer a rever pontos discutidos. “O governo avançou ao se dispor a ouvir o Parlamento e ao flexibilizar a proposta apresentada, construindo um novo documento. Ao meu ver, se os pontos colocados não forem contemplados, não há como votar esta reforma, pois, da forma como foi apresentada, se aprovada, seria por falta de decência da Câmara dos Deputados”, disse Lucena. A reunião com o presidente da República, Michel Temer, ministros de Estado, líderes da base aliada e membros da comissão ocorreu, nesta manhã, no Palácio do Planalto.



Crédito da foto: Marcos Corrêa/PR

Segundo o parlamentar, grande parte dos pontos que ele discordava foram melhorados. “A regra de transição, a paridade entre homem e mulher, a previdência rural, o tempo de contribuição de 49 anos, e a desvinculação do benefício ao salário mínimo eram dificultadores para que eu votasse favoravelmente à proposta. Claro que ainda vamos ter que discutir um pouco mais, mas considero a reunião de hoje um avanço para a construção de uma proposta viável”, esclarece Roberto de Lucena.

O parlamentar foi o segundo a apresentar o maior número de emedas à proposta da Reforma da Previdência, nove ao todo. “Grande parte das emendas apresentadas tratam dos temas que o governo já concordou em alterar, no entanto, ainda há um ponto que eu ainda não desisti de lutar, que é a possibilidade de somar pensão à aposentadoria”, ressaltou o vice-líder do PV.

Na avaliação do parlamentar, talvez o redesenho da proposta não seja a ideal no entendimento do Governo, mas será a possível. “A reforma tem que ser feita. Se não é possível fazer uma reforma para os próximos 30 anos, que façamos para os próximos 20 anos”, defende Lucena, lembrando que se nada for feito os atuais aposentados e os que irão se aposentar correm risco de não receber o benefício.

Além de pedir alterações no texto, os parlamentares solicitaram ao Governo que apresente uma proposta de cobrança para os devedores da Previdência. “Pedimos que o Ministério da Fazenda, a Receita, juntamente com o INSS e o Ministério do Planejamento, apresentem uma proposta de ação para fazer a cobrança. Não é justo que o trabalhador que já contribuiu, pague novamente a mesma conta em função da má gestão dos recursos da Previdência por parte de governos anteriores”, finaliza o deputado paulista.

Nenhum comentário