Grupo TRAMPULIM estreia temporada do espetáculo ACORDA, de 11 a 14 de maio, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB - BH)
PALHAÇOS ABORDAM A RELAÇÃO ENTRE ESPAÇO/TEMPO
Créditos: Bruno Vinelli |
Dirigida por Paula Manata, e com coordenação de dramaturgia assinada por Assis Benevenuto, a peça tem a casa como origem. Lar, rotina, segurança, mas também confinamento e vulnerabilidade. Dentro desse espaço de pausa surge uma sequência irreversível de eventos e significados. Novas extensões do medo, delírio entre sono e vigília, e a dinâmica da vida que escapa ao controle.
“Quando iniciamos este trabalho, tínhamos claramente o desejo por uma estética mais voltada para o terror. Investigamos nossos medos pessoais, nossos próprios pesadelos, e nos deparamos com um terror transvestido de rotina. Com o pesadelo de não dar tempo, a aflição de não conseguirmos abrir espaço na vida para simplesmente exercermos nossa existência: escovar os dentes, dormir sem hora para acordar, tomar um café, passear com o cão. Daí partimos. Do que nos engole, ações banais do cotidiano, uma casa e os muitos mundos possíveis”, explica Poliana Tuchia, palhaça e membro do grupo.
Na linha imperceptível entre imaginação e realidade, o tempo só ameaça quando é curto. O relógio só é visível quando desperta. A consciência do tempo traz mal estar e riso. No elenco Adriana Morales (Benedita Jacarandá), Chaya Vazquez (Conselhos), Poliana Tuchia (Socorro) e Tiago Mafra (Sabonete), habitam esse espaço, dividindo o tempo em cenas coletivas e entradas individuais. Rafael Protzner assume a pausa fazendo a assistência de direção.
Aprofundar na linguagem do palhaço é um desafio constante e diário no fazer artístico. “Porque o riso? Palhaço ou personagem? Drama ou comédia? Neste trabalho muitas perguntas ficam, mas uma certeza temos: Somos palhaços! Poetas cômicos! Com alma de circo, com tempo do teatro, com música da rua. Reencontrar com Trampulim foi reencontrar com a minha alma, alma de palhaço... Que este encontro acorde a sua/nossa alma de palhaço”, afirma a diretora Paula Manata.
“Com a direção da Paula, as ideias foram escancaradas, limpas. Dentre mil propostas emergiu a mais latente: a que falava das nossas vidas, das escolhas, do tempo, do espaço, dos desejos que adormecem pela rotina. Mergulhamos nas trevas, mas fomos resgatados. Caímos no riso, afrouxamos a corda no pescoço e respiramos... Foi preciso muita coragem para assumir que sim! A corda aperta e qualquer movimento pode matar, assim como qualquer respiro pode salvar. Uma ação é sempre decisiva. ACORDA é a nossa ação!”, finaliza Poliana.
SERVIÇOS:
Data: 11 a 14 de maio.
Horários: 19h
Local: Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB – BH) – Praça da Liberdade, 450 – Funcionários.
Ingressos: R$ 20,00 inteira / R$ 10,00 meia
Vendas: A partir de 03/05 na bilheteria do CCBB ou pelo site www.eventim.com.br
Duração: 50 minutos
Classificação indicativa: 12 anos
Ficha Técnica
Concepção: Adriana Morales, Tiago Mafra, Poliana Tuchia, Chaya Vazquez e Paula Manata.
Direção: Paula Manata.
Assistente de direção: Rafael Protzner
Dramaturgia: Assis Benevenuto e Adriana Morales
Elenco: Adriana Morales, Tiago Mafra, Poliana Tuchia e Chaya Vazquez
Cenário e Projeto Gráfico: Jônatas Milagres Campos
Direção Musical e Trilha sonora: Rafael Macedo
Figurino: Roberta Mesquita
Consultoria de estilo (figurino Conselhos): Júnia Melilo
Iluminação: Flávia Mafra
Produção: Isabela Leite
Comunicação: Poliana Tuchia
Estagiária: Polyane Santos
Assessoria de Imprensa: Doizum Comunicações
Realização: Grupo Trampulim
Sobre o Grupo Trampulim
O Grupo Trampulim é reconhecido por sua maneira autêntica de se comunicar com o público. Criado em 1994 dentro da Spasson - Escola Popular de Circo, o grupo passou por diversas fases mantendo-se sempre leal ao compromisso com a criação e o riso.
Seus espetáculos revelam uma relação direta e verdadeira com a plateia. Refletem a diversidade de formação dos seus integrantes, que trazem questões comuns ao circo, ao teatro, à música e à improvisação para desenvolver uma linguagem genuína, que tem como foco a pesquisa incansável do ofício do palhaço e suas diversas linhas de trabalho.
Durante seus 23 anos de existência o Trampulim criou 18 espetáculos e mantém cinco em seu repertório, além de oficinas de formação e vasta circulação nacional e duas inserções no mercado internacional: Canadá e Portugal. Conquistou prêmios expressivos nas áreas de circo, teatro de rua e artes cênicas, além de realizar em Belo Horizonte duas edições do festival ÍMPETO – Invasão Mundial de Palhaços e Todos os Outros. Em 2016 o grupo participou do projeto de circulação Nacional Palco Giratório realizado pelo SESC Nacional, passando por 31 cidades de 11 estados brasileiros.
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