Últimas

Otimismo do empresário brasileiro para os próximos 12 meses cai 9 pontos percentuais, aponta Grant Thornton

· Brasil ocupa a 15ª colocação a frente de países como Argentina, México, Reino Unido e França
· Apesar da queda de 9 pontos percentuais, comparando com o trimestre anterior, o país está mais otimista quando comparado com o mesmo período de 2016, quando se registrou -13%

Volta a cair o otimismo do empresário brasileiro em relação aos negócios para os próximos 12 meses, como aponta o estudo International Business Report (IBR), realizado pela auditoria e consultoria Grant Thornton, que avalia a expectativa de 2.400 líderes de mercado em 36 economias. O otimismo chegou a 50% no 1º trimestre de 2017, queda de 9 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior, que foi de 59%. Mesmo com a retração, o indicador ainda é um dos melhores dos últimos dois anos.

Essa queda é acompanhada pela redução nas expectativas de rentabilidade (35% - queda de 15 pontos percentuais); emprego (25% - retração de 4 pontos percentuais); receita (61%, redução de 3 pontos percentuais) e preços de vendas (42% sendo 3 pontos percentuais a menos). Ao mesmo tempo em que o governo do presidente Michel Temer mira seus esforços para impulsionar a reforma econômica, as preocupações com burocracia e regulamentação aumentaram 19 pontos percentuais, chegando a 42%.

“Apesar da crise econômica e política dos últimos anos, tivemos um aumento considerável no otimismo no trimestre anterior, mas apresentamos uma ligeira queda neste 1º trimestre de 2017. Podemos considerar que a incerteza institucional resulta da necessidade do governo precisar fazer andar a reforma da Previdência e dar continuidade ao ajuste fiscal para estabilizar a dívida pública, com foco no controle de despesas, podendo ser insuficiente implementar as reformas necessárias frente a um cenário político mais adverso para. A freada no otimismo é resultado dessas incertezas políticas para aprovação das reformas necessárias para dar continuidade ao processo de recuperação econômica do país”, destaca Daniel Maranhão, sócio líder da área de consultoria e auditoria da Grant Thornton.

Ranking global

No ranking geral, o Brasil caiu 4 posições, saindo da 11ª para 15ª colocação entre os países mais otimistas, estando à frente de países como Suécia (15º), México (16º), Reino Unido (21º), França (22º), Argentina (25º) e Itália (26º). Os países que apresentam os melhores indicadores são Indonésia, Filipinas e Índia. Já os mais pessimistas são Malásia, Japão e Grécia.



Demais indicadores

Apesar da queda em relação ao trimestre anterior, quando comparamos com o mesmo período de 2016 a pesquisa apresenta uma situação de melhora em indicadores como receita, 61% (19 pontos percentuais de crescimento); empregabilidade, 25% (9 pontos percentuais a mais); rentabilidade, 35% (incremento de 8 pontos percentuais); custos de energia, 27% (queda de 24 pontos percentuais); pesquisa e desenvolvimento, 21%, (1 ponto de crescimento).

 
Variação
porcentual
 
 
2016 to
2017
Q1 (2017) to
Q4 (2016)
Otimismo
63
-9
Receita
19
-3
Empregabilidade
9
-4
Rentabilidade
8
-15
Custos com energia
-24
8
Pesquisa e desenvolvimento
1
-22
Incerteza econômica
-11
3




Cenário Mundial

Globalmente o otimismo registrou o nível mais alto (49%), crescimento de 11 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior que havia apresentado 38%. A pesquisa mostra que a confiança é particularmente mais forte nos Estados Unidos, onde os níveis subiram de 54% para 80%. Este aumento no otimismo entre os tomadores de decisão é um bom presságio para a economia em geral.

O otimismo também está em alta no Canadá, passando de 33% para 59%; México, de 8% para 32%; os países da União Europeia apresentaram um crescimento de 34% para 39%, apesar da saída do Reino Unido e Japão e Cingapura houve registro de melhorias de 20%.

“Como a maior economia do mundo, a confiança empresarial dos EUA acaba impulsionando todo o mercado global. Com isso, percebemos que países com fortes laços comerciais também estão passando por uma nova onda de esperança. Mas, claramente, as empresas americanas ainda não estão vendo ou esperando que isso resulte em mudança no curto prazo. As empresas aguardam o cumprimento de promessas relacionadas a gastos, desregulamentação e cortes de impostos, enquanto os mercados de ações continuam a reagir aos desenvolvimentos das decisões políticas”, destaca Francesca Lagerberg, Líder Global da Grant Thornton.

Sobre o IBR
O International Business Report da Grant Thornton (IBR) é uma pesquisa realizada há 22 anos que tem como objetivo fornecer informações sobre as opiniões e expectativas de mais de 10 mil empresas de 36 economias. São entrevistados CEOs, diretores, presidentes e outros executivos seniores, levando em conta os cargos mais relevantes para cada país.

Sobre a Grant Thornton Brasil

A Grant Thornton é a quinta maior firma de auditoria, tributos, consultoria, transações e outsourcing no Brasil. Firma-membro da Grant Thornton International Ltda., conta com uma equipe de especialistas experientes e equipes multidisciplinares e acesso global às mais variadas metodologias, ferramentas e profissionais da rede global da Grant Thornton.

Nenhum comentário