IB apresentará na Agrishow 2017 tecnologias para controle biológico em cana, soja, morango e plantas ornamentais
Fernanda Domiciano – Assessoria de Imprensa - APTA
Na Agrishow 2017, o IB fará a exposição dos fungos, nematoides e ácaros usados no controle biológico e apresentará vídeos sobre o uso deles nas propriedades. Os vídeos podem ser acessados no linkhttp://www.biologico.sp.gov.br/tecnologia_sustentavel.php. As pesquisas do IB na área tem forte contribuição para a redução do impacto ambiental, diminuição dos custos de produção e melhoria social, por colaborarem para, respectivamente, reduzir o uso de agrotóxicos e a infestação de pragas e patógenos e promover a proteção da saúde do agricultor.
O IB foi responsável por isolar o fungo Metarhizium anisopliae, hoje utilizado para o controle biológico da cigarrinha-da-raiz – uma das pragas mais importantes da canavicultura. O uso do fungo nos canaviais permite a redução de até 70% da praga, sem o uso de agrotóxicos.
O pesquisador do IB, José Eduardo Marcondes de Almeida, estima que, atualmente, são produzidas cinco mil toneladas do fungo Metarhizium anisopliae, IBCB 425, misturados em arroz pré-cozido. “É no arroz que o fungo se desenvolve, por isso, temos essa estimativa de volume. Com essas cinco mil toneladas, é possível fazer o controle biológico da cigarrinha em um milhão de hectares de cana”, explica Marcondes. O volume de negócio é de R$ 50 milhões por ano.
Outro exemplo que mostra a relevância dos trabalhos do IB na área é a produção do fungo Beauveria bassiana, IBCB 66, para o controle da praga mosca-branca, na cultura da soja. O B. bassiana também foi isolado pelo IB, que auxiliou os interessados na instalação de biofábricas para sua produção. “Cerca de quatro mil toneladas de arroz são produzidas por ano para o controle dessa praga na soja, permitindo a realização do controle biológico em 100 mil hectares da leguminosa”, afirma. Neste caso, o volume de negócio seria de R$ 5 milhões.
Morango e flores ornamentais
Os trabalhos do IB em controle biológico também contemplam o cultivo do morango – uma dos principais alimentos contaminados com resíduos de agrotóxicos – e plantas ornamentais.
As pesquisas do Instituto com o uso de agentes biológicos para o controle do ácaro-rajado nos morangos reduziu em 80%, aproximadamente, o uso de agrotóxico na cultura. “Antes de utilizar a tecnologia do IB nas plantações de morango, os produtores faziam 12 aplicações de agrotóxicos na fruta. Com o uso do controle biológico, é possível reduzir para apenas duas aplicações e em alguns casos até mesmo eliminar o uso dos produtos químico”, explica Mário Eidi Sato.
Em plantas ornamentais, os trabalhos do IB possibilitaram a redução em até 70% de acaricidas no cultivo de gérberas e crisântemos e até mesmo a eliminação do uso dos produtos em rosas e orquídeas. O pesquisador do IB, Mário Eidi Sato, explica que o uso constante de produtos químicos, chamados de acaricidas, selecionaram os ácaros resistentes, o que diminuiu o efeito dos produtos. “Com a adoção de estratégia de manejo, incluindo uso do controle biológico, proposta pelo IB, é possível chegar a um controle efetivo da praga, acima de 80% de eficácia, com uso mínimo de acaricidas” afirma Sato.
O sucesso da tecnologia fez com que os produtores ligados à Associação dos Floricultores da Região da Via Dutra (Aflord) construíssem uma biofábrica para a produção dos ácaros predadores, inaugurada em março de 2016, e com capacidade para produção de 180 mil ácaros predadores por semana, das espécies Phytoseiulus macropilis e Neosiulus californicus, para o controle do ácaro-rajado. A produção pode atender, inicialmente, em torno de 100 produtores de flores.
“Os trabalhos do IB em controle biológico são um exemplo de como é possível fazer uma agricultura harmônica com o ambiente, uma das diretrizes do governador Geraldo Alckmin”, afirma Arnaldo Jardim, secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.
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