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Nesta quinta-feira (18/05), a Academia Mineira de Letras realiza a palestra "Nas teias do sagrado: registros da religiosidade afro-brasileira em Belo Horizonte", com a antropóloga Mariana Ramos de Morais

DIA 18 DE MAIO, ÀS 17H, PELO PROGRAMA UNIVERSIDADE LIVRE

Mariana Ramos de Morais - Divulgação
A Academia Mineira de Letras promove na quinta-feira (18), às 17h, a palestra “Nas teias do sagrado: registros da religiosidade afro-brasileira em Belo Horizonte” com a antropóloga Mariana Ramos de Morais. O evento faz parte do programa Universidade Livre, realizado pela Lei Federal de Incentivo à Cultura, com patrocínio do Instituto Unimed-BH, por meio do incentivo fiscal de mais 4,5 mil médicos cooperados e colaboradores. A AML integra o Circuito Liberdade.

Baseada no livro homônimo da autora, a conferência aborda a configuração das religiões afro-brasileiras na capital mineira. Mariana Ramos de Morais propõe recontar a história que construiu no livro, publicado em 2010, e também refletir sobre sua própria escritura. É um convite para apresentar uma história ainda pouco narrada e abrir novos caminhos para compartilhar os registros das religiões afro-brasileiras que sempre estiveram presentes no território de Belo Horizonte.

Em Minas Gerais, nos tempos do Brasil Colônia, os calundus foram registrados em documentos da Igreja, que contam a forma como as práticas religiosas dos negros eram perseguidas, tachadas de feitiçaria e com a fama de curar os doentes com suas rezas e ervas.

No início do século XVIII, os negros expressavam a fé na Virgem Maria com o congado, remetendo às tradições da terra natal. Isto passou de geração para geração, ganhando novos significados, o que também ocorreu com os cultos às divindades africanas do candomblé, religião criada no Nordeste no século XIX.

Em Belo Horizonte, o candomblé se instalou na década de 1960, quando outra religião também de origem africana já estava estabelecida: a umbanda. Praticada desde 1930 na capital, a umbanda mantinha em alguns terreiros uma estreita relação com o congado. Os festejos do congado remontam ao tempo em que Belo Horizonte ainda era um arraial, o Arraial do Curral del Rei, onde também já houve calundu.

Sobre a palestrante:

Mariana Ramos de Morais é doutora em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas). Seu doutorado (2010-1014) contou com um período de estágio sanduíche (2013) na École des Hautes Études en Sciences Sociales (EHESS), França, onde realizou estágio pós-doutoral em Antropologia (2016). Seu mestrado em Ciências Sociais foi cursado na PUC Minas (2004-2006), instituição em que se graduou em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo (1998-2001). Em suas pesquisas, tem se dedicado ao estudo das religiões afro-brasileiras com ênfase na conformação delas no espaço público e em seus processos de patrimonialização, dialogando com o atual debate sobre o Atlântico Negro. É autora dos livros “Nas teias do sagrado: registros da religiosidade afro-brasileira em Belo Horizonte” (2010) e “Banda de cá, banda de lá - Umbanda para crianças” (2012) e co-organizadora da publicação “Afro-patrimoines - Culture afro-brésilienne et dynamiques patrimoniales” (2015).

SERVIÇO:

Palestra “Nas teias do sagrado: registros da religiosidade afro-brasileira em Belo Horizonte”, com Mariana Ramos
Data: 18 de maio.
Horário: 17h
Local: Academia Mineira de Letras (Rua da Bahia, 1466 - Lourdes - BH/MG).
Entrada gratuita. academiamineiradeletras.org.br

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