Empresa Familiar – Problemas e Soluções
O empresário e a empresa não são a mesma coisa e muito menos a mesma pessoa!
Ao falar sobre empresas familiares é comum idealizarmos a imagem de parentes atuando profissionalmente dentro de uma instituição, sempre, de maneira harmônica e convivendo como se estivessem em reuniões de aniversário, por exemplo. No entanto, vale ressaltar que na prática não é bem assim que funciona.
Depois de visitar diversas empresas familiares, pude constatar alguns problemas comuns à todas elas e, com a bagagem e experiência profissional que possuo, posso sugerir soluções possíveis e aplicáveis em cada uma delas. Mas antes disso, ressalto que é extremamente necessário entender que o empresário e a empresa não são a mesma coisa, muito menos, a mesma pessoa. As responsabilidades de um e de outro são muito diferentes, assim como o dinheiro, o patrimônio, os direitos e deveres!
E é, também, verdade que o empresário é responsável por fazer com que a empresa evolua, lucre e cumpra com suas obrigações, no entanto, a empresa e empresário são duas entidades diferentes e separadas, o que promove muita confusão e conflitos de interesses entre as partes. Outro ponto necessário a destacar é que o empresário não tem obrigatoriedade de empregar toda a família em sua empresa! Antes de tudo, é preciso entender as necessidades dos familiares e também as necessidades da empresa!
Agora que comentei sobre algumas das principais razões para os problemas em empresas familiares, vou esclarecer de maneira sucinta alguns tópicos considerados mitos e verdades.
1 – Definição de Pró-labore
Normalmente o empresário familiar não possui um pró-labore definido, pois falha em mensurar quanto vale o seu trabalho. O que acontece, em geral, é que o seu salário é igual ao que sobra no caixa da empresa no final do mês e, ou ainda pior, o salário é igual à soma de todas as suas contas pessoais! Um erro comumente complicador para as finanças empresariais e pessoais. Para evitar problemas, o ideal é que todos os familiares que trabalham na empresa tenham seus salários/pró-labores definidos e o recebam na mesma data aos de todos os outros funcionários.
2 – Misturar Contas Pessoais e Empresariais
Lembra que a empresa e empresário não são a mesma pessoa? Logo, as contas bancárias também não podem ser as mesmas! Utilizar a conta bancária da empresa para efetuar pagamentos pessoais complica o controle do que é gasto institucional ao que é gasto do empresário. Decorrente desta ação, o cálculo preciso da lucratividade da empresa pode não ser viabilizado ou até mensurado. Como solucionar? A saída para este problema é óbvia: cada sócio deve ter uma conta bancária separada e a empresa realiza a transferência mensal do pró-labore do empresário e, quando combinado, o repasse da participação nos lucros. Não pode haver fluxo constante de dinheiro indo e vindo entre essas contas.
3 – A Profissionalização
2 – Misturar Contas Pessoais e Empresariais
Lembra que a empresa e empresário não são a mesma pessoa? Logo, as contas bancárias também não podem ser as mesmas! Utilizar a conta bancária da empresa para efetuar pagamentos pessoais complica o controle do que é gasto institucional ao que é gasto do empresário. Decorrente desta ação, o cálculo preciso da lucratividade da empresa pode não ser viabilizado ou até mensurado. Como solucionar? A saída para este problema é óbvia: cada sócio deve ter uma conta bancária separada e a empresa realiza a transferência mensal do pró-labore do empresário e, quando combinado, o repasse da participação nos lucros. Não pode haver fluxo constante de dinheiro indo e vindo entre essas contas.
3 – A Profissionalização
Há uma ideia geral de que o empreendedor é aquele cara que faz tudo dentro da sua empresa: faz as vendas, atende o cliente, é o diretor de marketing e diretor financeiro. Enfim, é o responsável por tudo que acontece. Sinceramente, não sei de onde surgiu tal ideia. Na verdade, é absolutamente impossível ser bom em tudo o que tange a administração de uma empresa e isso é sentido depois de dolorosas perdas, quando o empresário ou dono de uma empresa familiar se conscientiza disso. O próximo problema a ser tratado é saber quem o empresário deve contratar. Aquele familiar desempregado que não faz a menor ideia de como realizar as atribuições do cargo que lhe é dado ou alguém qualificado para exercer a função corretamente? Reflita e convenhamos, não é porque a pessoa é um parente seu que você pode contratá-lo para exercer qualquer função em sua empresa.
4 – A Hierarquia
Em empresas familiares, ainda, existe falta de hierarquia. Enquanto familiares, as pessoas se sentem mal por serem contrariadas por alguém da própria família e em determinados momentos, não se atentam ao fato de que quem está “mandando” ou corrigindo sua conduta ou o trabalho executado é o seu chefe e não um familiar. Solução: estabelecer claramente as regras de relacionamento na empresa indicando que são diferentes daquelas exercidas dentro da família. A regra vale tanto para o subordinado, quanto para quem detém o cargo de chefia, afinal, a postura do chefe deve ser de liderança, porém, igualmente adequada ao ambiente empresarial e às relações de trabalho.
5 – Correr atrás dos problemas
Em empresas familiares, em geral, as pessoas correm o tempo todo atrás de soluções de problemas que surgem um atrás do outro e não há “folga” para que o empreendedor e ou empresário consiga realizar possíveis estratégias. Solução: o empresário deve parar por um tempo e olhar de fora o problema, sem interferir na execução. Assim será possível criar metas e procedimentos para aplicação de conduta de forma eficaz, sem perda de tempo.
6 – Transição
Este é um dos tópicos mais polêmicos, pois muitos pais acreditam que podem sair de cena na empresa a qualquer momento, só porque os filhos trabalham nela e, muitas vezes, não se planejam para deixá-los tomar conta e ou ao menos prepará-los para assumir tamanha responsabilidade. Há ainda o fator de não saberem também se os filhos almejam ou não tais cargos. Solução: criar diálogos francos entre as partes, abordar interesses, vontades e estabelecer um calendário sobre como e quando as coisas podem acontecer. Criar um planejamento possível de ser aplicado ao longo de um período antes da substituição de administradores.
7 – Conclusão:
Para o bom funcionamento de empresas familiares é interessante criar regras e colocá-las em prática como em qualquer outra instituição. É necessário estabelecer metas e considerar fatores primordiais sobre o talento de cada familiar e como podem contribuir efetivamente para o crescimento da empresa como um todo.
Saiba mais sobre Rafael Nunes:
Rafael Nunes Graduado em Direito pela PUC-SP e Pós-Graduado em Administração de Empresas pela FGV. Rafael Nunes é empresário e decidiu seguir o caminho do empreendedorismo. Seu currículo é ainda composto por certificados de Personal & Professional Coach e Executive & Alpha Coaching pela SBC - Sociedade Brasileira de Coaching, tendo participado também dos Fóruns Internacionais de Negócios e Coaching de 2016 e 2017. Atualmente, é facilitador de cursos de empreendedorismo direcionados ao desenvolvimento e capacitação empresarial, inclusive o curso EMPRETEC, ministrado pelo SEBRAE e possui experiência como Coach em diversos segmentos, voltados para quem sonha em ter seu próprio negócio, empresários com suas empresas já constituídas, colaboradores cuja meta é ser promovido ou mudar de empresa, jovens que buscam entrar no mercado de trabalho, atletas que buscam melhor desempenho, atletas profissionais, entre outros casos mais específicos. Todo esse estudo e experiência são transferidos à Facilitare, fazendo com que a empresa seja capacitada a oferecer soluções ideais para seus clientes. Para saber mais, entre em contato: 11-4564-3761 / contato@facilitarecoaching.com.br / www.facilitarecoaching.com.br
Sobre a Facilitare Soluções:
Empresa que atua com processos de Coaching para todos os níveis de colaboradores, inclusive para sócios ou proprietários do negócio. Preza acima de tudo pela ética, transparência, honestidade e respeito, não apenas para seus clientes, mas, também, por seus fornecedores, colaboradores, concorrentes e pela sociedade como um todo. Tem como proposta principal contribuir de maneira positiva para um mundo melhor e mais próspero a partir de seus produtos e serviços focados para empresas e profissionais de diversos segmentos. Para Rafael Nunes, sócio-diretor da Facilitare Soluções, “uma das formas disso acontecer é quando pequenas e médias empresas obtêm sucesso e seus colaboradores, mesmo aqueles de grandes empresas, conseguem se desenvolver e atingir seus objetivos”.
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