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Força Sindical ameaça trabalhadores e proíbe entrada em assembleia que cria nova federação

Os mais de 300 trabalhadores presentes foram recebidos a portas fechadas na sede da central sindical de Aracaju (SE), onde um grupo de cinco pessoas discutiam a criação de uma nova entidade de representação em turismo e hospitalidade


Aracaju, 30 de junho de 2017 -- Cerca de 300 trabalhadores e representantes de entidades sindicais de todo o País foram proibidos de entrar em uma assembleia ocorrida na sede da Força Sindical, em Aracaju (SE), durante esta sexta-feira (30), dia em que ocorre da Greve Geral. Mesmo convocados para comparecer ao local, vários presentes foram intimidados por seguranças armados na porta da entidade. Em discussão está a votação de extensão territorial de representação do setor de turismo e hospitalidade -- que inclui hotéis, bares, restaurantes e similares – da FETTHEBASA (Federação dos Trabalhadores em Turismo e Hospitalidade dos Estados da Bahia, Sergipe, Alagoas e Amapá).

Para os presentes, a extensão dessa entidade visa apenas questões financeiras, invadindo bases territoriais que já possuem representação. "Eles estão atrás de dinheiro, essa é a única intenção. Uma assembleia foi criada às pressas em Aracaju, sem nenhuma estrutura e numa votação fechada, sem diálogo com a categoria. Como ela vai ter condições de dar assistência aos sindicatos e trabalhadores do Brasil inteiro?”, disse Moacyr Roberto Auersvald, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Turismo e Hospitalidade (CONTRATUH), que estava no local. “É o desespero dessas entidades que vivem em função de pegar dinheiro do trabalhador”, completou Auersvald.

No local, foi feita uma assembleia em frente a Força Sindical pelos trabalhadores proibidos de entrar, onde foi discutido o edital da reunião que acontecia a portas fechadas, rejeitando o pedido de extensão de base. “Já que não pudemos entrar, fizemos nossa própria assembleia. Lá dentro, cinco pessoas discutiram a criação de uma nova federação. Aqui fora, mais de 300 pessoas e 70 entidades estavam presentes. Temos mais legitimidade para representar do que quem se reúne a portas fechadas para deliberar sobre os direitos do trabalhador”, finalizou o presidente da CONTRATUH.

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