Fraturas do fêmur em idosos: entenda porque são tão comuns e saiba como evitá-las
Por Dr. Sérgio Costa, Ortopedista com Especialização em Cirurgia de Joelho, Artroscopia e Próteses pela Escola Paulista de Medicina (UNIFESP); Pós-Graduado pela Faculdade de Medicina da USP em Ortopedia e Traumatologia; Mestre pela USP; e Coordenador da Equipe Médica do Hospital São Luiz, unidade Itaim
Segundo a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, 30% dos idosos sofrem, ao menos, uma queda por ano, sendo que um terço dos que fraturam o colo do fêmur podem falecer um ano após a fratura.
Com o aumento da idade e com o progresso dos sintomas da osteoporose, o fêmur fica fragilizado e ele passa a não suportar quedas. Assim, torna-se imprescindível evitar situações que causem a queda, principalmente as domésticas, que são mais comuns do que se imagina.
Nas mulheres, a baixa produção do hormônio estrogênio, após a menopausa, aumenta a incidência de osteoporose. Isso ocorre porque o estrogênio é responsável pela proteção contra a descalcificação e, com a diminuição da produção, aumento o risco de osteoporose. Por consequência, são comuns as fraturas em determinados ossos do corpo, entre eles, o fêmur, em sua parte superior, próxima ao quadril.
Evite as Quedas
As causas das quedas dependem de muitos fatores:
- Fatores de risco intrínsecos (internos) da terceira idade: problemas inerentes à saúde do indivíduo (como uso inadequado de muitos medicamentos); problemas visuais, doença de Parkinson, osteoartrite de joelhos, lombalgia, incontinência urinária, entre outros.
- Fatores de risco extrínsecos (externos), que podem ser modificáveis no ambiente ou nos hábitos: não andar com calçado de salto alto, não usar sola escorregadia, não caminhar sobre tapetes lisos, evitar iluminação inadequada nos ambientes de transição, evitar chão encerado, ter escadas com corrimão, ficar atento com camas e cadeiras muito altas ou baixas demais, evitar sedentarismo ou a falta da prática de atividades físicas, entre outros.
Tipos de Fraturas de Fêmur
O fêmur é um dos maiores e mais fortes ossos do corpo localizado na coxa, que se estende desde o quadril até o joelho. As fraturas de fêmur são geralmente divididas em três grandes categorias:
• Fraturas do fêmur proximal, ou fraturas de quadril, que envolve a parte superior do osso da coxa, logo ao lado da articulação do quadril;
• Fraturas da diáfise do fêmur, que é uma lesão grave e ocorre geralmente em colisões de veículos em alta velocidade ou em quedas significativas;
• Fraturas de fêmur supracondilares, ou fratura supracondiliana do fêmur, que é uma lesão um pouco acima do joelho. São mais comuns em pacientes com osteoporose grave e em doentes previamente submetidos à cirurgia de substituição total do joelho. Nestes grupos de pacientes, o osso um pouco acima da articulação do joelho pode ser mais fraco do que em pacientes normais e, portanto, mais propenso à fratura.
Tratamentos para quem fraturou o fêmur
A boa notícia é que há, atualmente, diversas técnicas que podem ser utilizadas para corrigir traumas, dependendo apenas das características das fraturas. Em caso de implantes, geralmente, são utilizadas placas, parafusos, hastes intramedulares ou próteses, sejam elas totais ou parciais.
Cada um dos implantes possui características especiais e, em determinadas situações, deve-se substituir o osso por metal (uma prótese). Em outras, somente fixar o osso quebrado com as placas e parafusos ou mesmo hastes, mantendo-se o osso natural.
Já a reabilitação, depende do tipo de implante utilizado. Para as próteses, a marcha é permitida mais precocemente, enquanto que para as fraturas fixadas com placas e parafusos, espera-se que a fratura cicatrize até que o osso esteja resistente para suportar o peso corpóreo, o que, geralmente, se dá em dois ou três meses.
Já a reabilitação, depende do tipo de implante utilizado. Para as próteses, a marcha é permitida mais precocemente, enquanto que para as fraturas fixadas com placas e parafusos, espera-se que a fratura cicatrize até que o osso esteja resistente para suportar o peso corpóreo, o que, geralmente, se dá em dois ou três meses.
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