Nome de pesquisador do IB é usado para batizar inseto
O nome do pesquisador da secretaria de Agricultura e Abastecimento do estado de São Paulo, que atua no Instituto Biológico (IB-APTA), Valmir Antonio Costa, foi usado para batizar uma espécie nova de inseto. Nomeado de Trichogramma valmiri, o inseto até então desconhecido mede menos de 1 mm de comprimento e é parasitoide de ovos de uma espécie de borboleta. Até o momento, sabe-se da sua ocorrência na Serra do Japi, em Jundiaí, e nos municípios de Piracicaba e Anhembi, no Estado de São Paulo.
A descrição do Trichogramma valmiri foi publicada pelos taxonomistas Ranyse Querino, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), e Roberto Zucchi, da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq/USP), na revista científica internacional Zootaxa, em fevereiro deste ano.
Valmir Antonio Costa é taxonomista e atua há 20 anos no Laboratório de Controle Biológico do IB, em Campinas. Com ampla experiência na identificação de himenópteros parasitoides. O pesquisador conta que percebeu que tinha algo diferente em mãos quando recebeu para identificação o agora Trichogramma valmiri. A determinação da espécie é feita por meio de consulta à literatura especializada, comparação com material em coleções científicas e troca de informações e ilustrações com especialistas ou remessa do material aos mesmos.
“Nesse período de atuação no IB, já recebi cerca de 60 mil amostras de insetos parasitoides para identificação. Procurei então a Ranyse e o Zucchi, dois dos maiores especialistas em Trichogramma no mundo, para saber se o então desconhecido Trichogramma valmiri se tratava realmente de uma nova espécie”, conta. A partir da descrição de uma espécie, pesquisadores poderão iniciar trabalhos científicos.
Os Trichogrammas recebem esse nome por contarem com setas (pelos) distribuídos na forma de linhas nas asas. As espécies do grupo são normalmente utilizadas no controle biológico de lepidópteros, pragas nas lavouras. Existem cerca de 220 espécies desse gênero descritas no mundo, sendo 28 no Brasil.
De acordo com Ranyse e Zucchi, a homenagem a Costa se deu pelos seus trabalhos na área de taxonomia de himenópteros parasitoides. “Essa homenagem me deixa muito honrado. Zucchi foi meu professor na Esalq e ser homenageado por ele me traz uma satisfação muito grande”, comemora.
O pesquisador do Instituto Biológico conta que o nome de uma espécie se equivale ao CPF ou Registro Geral de uma pessoa. Conhecido o seu nome, pode-se encontrar todas as informações publicadas sobre uma espécie. “Existe uma ampla gama de insetos que ainda não foram descritos pelo homem. Na descrição formal, é dado um nome científico ao inseto, o qual é descrito em detalhes para que outros pesquisadores possam reconhecer a espécie e distingui-la daquelas já conhecidas. O material no qual se baseou a descrição é então cuidadosamente preparado para ser depositado em uma coleção, que pode ser acessada por cientistas de todo o mundo”, explica Costa. Uma curiosidade é que nesse tipo de homenagem, a letra “i” é acrescentada ao nome da pessoa homenageada se ela for homem, ou “ae” se for mulher.
Carreira
Valmir Antonio Costa é formado em engenharia agronômica pela Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq/USP), mesma instituição que concluiu o Mestrado e Doutorado. Há 20 anos atua como pesquisador científico do Instituto Biológico, onde já desenvolveu trabalhos focados em controle biológico de pragas com parasitoides. Atualmente, trabalha com taxonomia, na identificação e descrição de espécies de himenópteros parasitoides.
Aproximadamente, 88 instituições de ensino e pesquisa do Brasil e da América Latina já contaram com o auxílio do taxonomista do IB para identificação de espécies de parasitoides. Costa é curador da Coleção de Insetos Entomófagos “Oscar Monte” do Instituto, certificada pela norma ISO 9001 e com mais 60 mil exemplares de parasitoides, dos quais cerca de 5.600 em via seca e o restante em etanol. “As identificações só foram possíveis devido ao auxílio de outros taxonomistas brasileiros ou estrangeiros. Um deles é a taxonomista Zuleide Alves Ramiro, pesquisadora aposentada do IB que trabalhava na área de manejo de pragas, mas passou a se dedicar à taxonomia nessa nova fase da sua vida”, afirma.
Segundo ele, como existe certa dificuldade de compartilhar o material biológico com os pesquisadores do exterior, a cooperação nas identificações geralmente é feita por meio de ilustrações de características morfológicas importantes para o inseto a ser identificado, conhecido como cibertaxonomia.
Para o secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Arnaldo Jardim, o reconhecimento mostra o comprometimento e a credibilidade dos trabalhos desenvolvidos pelos pesquisadores dos institutos ligados à Pasta. “Nosso corpo técnico é extremamente especializado e comprometido em contribuir com a ciência nacional, uma recomendação do governador Geraldo Alckmin”, afirma.
A descrição do Trichogramma valmiri foi publicada pelos taxonomistas Ranyse Querino, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), e Roberto Zucchi, da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq/USP), na revista científica internacional Zootaxa, em fevereiro deste ano.
Valmir Antonio Costa é taxonomista e atua há 20 anos no Laboratório de Controle Biológico do IB, em Campinas. Com ampla experiência na identificação de himenópteros parasitoides. O pesquisador conta que percebeu que tinha algo diferente em mãos quando recebeu para identificação o agora Trichogramma valmiri. A determinação da espécie é feita por meio de consulta à literatura especializada, comparação com material em coleções científicas e troca de informações e ilustrações com especialistas ou remessa do material aos mesmos.
“Nesse período de atuação no IB, já recebi cerca de 60 mil amostras de insetos parasitoides para identificação. Procurei então a Ranyse e o Zucchi, dois dos maiores especialistas em Trichogramma no mundo, para saber se o então desconhecido Trichogramma valmiri se tratava realmente de uma nova espécie”, conta. A partir da descrição de uma espécie, pesquisadores poderão iniciar trabalhos científicos.
Os Trichogrammas recebem esse nome por contarem com setas (pelos) distribuídos na forma de linhas nas asas. As espécies do grupo são normalmente utilizadas no controle biológico de lepidópteros, pragas nas lavouras. Existem cerca de 220 espécies desse gênero descritas no mundo, sendo 28 no Brasil.
De acordo com Ranyse e Zucchi, a homenagem a Costa se deu pelos seus trabalhos na área de taxonomia de himenópteros parasitoides. “Essa homenagem me deixa muito honrado. Zucchi foi meu professor na Esalq e ser homenageado por ele me traz uma satisfação muito grande”, comemora.
O pesquisador do Instituto Biológico conta que o nome de uma espécie se equivale ao CPF ou Registro Geral de uma pessoa. Conhecido o seu nome, pode-se encontrar todas as informações publicadas sobre uma espécie. “Existe uma ampla gama de insetos que ainda não foram descritos pelo homem. Na descrição formal, é dado um nome científico ao inseto, o qual é descrito em detalhes para que outros pesquisadores possam reconhecer a espécie e distingui-la daquelas já conhecidas. O material no qual se baseou a descrição é então cuidadosamente preparado para ser depositado em uma coleção, que pode ser acessada por cientistas de todo o mundo”, explica Costa. Uma curiosidade é que nesse tipo de homenagem, a letra “i” é acrescentada ao nome da pessoa homenageada se ela for homem, ou “ae” se for mulher.
Carreira
Valmir Antonio Costa é formado em engenharia agronômica pela Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq/USP), mesma instituição que concluiu o Mestrado e Doutorado. Há 20 anos atua como pesquisador científico do Instituto Biológico, onde já desenvolveu trabalhos focados em controle biológico de pragas com parasitoides. Atualmente, trabalha com taxonomia, na identificação e descrição de espécies de himenópteros parasitoides.
Aproximadamente, 88 instituições de ensino e pesquisa do Brasil e da América Latina já contaram com o auxílio do taxonomista do IB para identificação de espécies de parasitoides. Costa é curador da Coleção de Insetos Entomófagos “Oscar Monte” do Instituto, certificada pela norma ISO 9001 e com mais 60 mil exemplares de parasitoides, dos quais cerca de 5.600 em via seca e o restante em etanol. “As identificações só foram possíveis devido ao auxílio de outros taxonomistas brasileiros ou estrangeiros. Um deles é a taxonomista Zuleide Alves Ramiro, pesquisadora aposentada do IB que trabalhava na área de manejo de pragas, mas passou a se dedicar à taxonomia nessa nova fase da sua vida”, afirma.
Segundo ele, como existe certa dificuldade de compartilhar o material biológico com os pesquisadores do exterior, a cooperação nas identificações geralmente é feita por meio de ilustrações de características morfológicas importantes para o inseto a ser identificado, conhecido como cibertaxonomia.
Para o secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Arnaldo Jardim, o reconhecimento mostra o comprometimento e a credibilidade dos trabalhos desenvolvidos pelos pesquisadores dos institutos ligados à Pasta. “Nosso corpo técnico é extremamente especializado e comprometido em contribuir com a ciência nacional, uma recomendação do governador Geraldo Alckmin”, afirma.
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