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Empresas apostam em Blockchain para garantir segurança de dados

Visando evitar fraudes, muitas companhias estão utilizando o sistema que deve gerar mais de 3 trilhões de dólares em investimentos até 2030


A busca pela segurança de informações tem feito com que milhares de empresas recorram à tecnologia para os seus negócios. Neste cenário, uma ferramenta tem sido apontada como a solução para todos os problemas de confiabilidade de dados. Trata-se do Blockchain, que inicialmente foi pensado para garantir a segurança em transações com criptomoedas, mas tem visto a sua utilidade ser ampliada a cada ano.

A tecnologia nasceu há mais de 12 anos, em 2008, quando surgiu para ser uma espécie de livro-caixa das transações de Bitcoins. No entanto, apenas em 2009 ela passou a ter o seu código aberto para o público. De lá para cá, a tecnologia tem avançado a cada dia e despontado como excelente solução para garantir a segurança de diversas informações sensíveis de empresas.

Nos últimos anos, companhias de vários setores passaram a adotar a tecnologia visando a oportunidade de expandir os seus negócios com segurança. A sua utilidade, que antes era voltada para o sistema financeiro, agora vai desde uma simples informação de cadeia produtiva, até a garantia de autenticidade de documentos e acordos entre empresas.

De acordo com Felipe Chobanian, fundador e diretor da BBChain, empresa integrante do Grupo Pitang e única companhia da América Latina na lista da Gartner como uma das melhores empresas de Blockchain, a tecnologia tem ganho cada vez mais importância na economia. “Ela é utilizada em cenários aos quais a integridade, privacidade, confiabilidade e encadeamento dos dados precisam ser garantidos sem uma entidade centralizada confiável. Esse cenário elimina camadas intermediárias, aumentando a eficiência do fluxo transacional e dinâmicas operacionais”, explica.

Apesar de já ter mais de uma década de existência, o funcionamento da tecnologia ainda não é totalmente compreendido por alguns tomadores de decisão nas empresas. Para explicar, podemos fazer uma alusão aos serviços oferecidos por cartórios no Brasil. Por exemplo, caso duas empresas ou pessoas façam um acordo, elas precisam registrá-lo em um cartório, que contará com o documento original em seus registros.

No Blockchain, ao invés de centralizar esse registro em um cartório, a validação é feita com diversas pessoas. Todas elas contarão com um bloco de informações que, juntos, formam todo o acordo. Para que a informação esteja completa, todos precisam validá-la. Assim, caso alguém queira alterar esse acordo, todos os outros serão informados. Evitando, deste modo, fraudes e um problema clássico de assimetria de informação.

“A partir do momento em que a integridade dos dados é garantida, ou seja, todos em uma rede acessam o mesmo dado e somente quem pode alterar o mesmo o fará com o conhecimento de toda a rede, a confiabilidade passa a ser garantida por tecnologia, aumentando os seus níveis a novos patamares”, destaca o diretor da BBChain.

No mundo, diversas empresas já contam com plataformas Blockchain para garantir a segurança de informações. De acordo com a lista Blockchain 50, da Forbes, empresas como a Google, IBM, Daimler, Mastercard e Microsoft já contam com suas próprias plataformas de tecnologia. Além delas, a Amazon também se destaca por ceder o seu modelo para empresas menores que não querem investir em uma Blockchain própria.

Segundo projeções da Gartner, mais de 176 bilhões de dólares foram investidos na tecnologia em 2020 e, até 2030, esse montante aumentará mais de 1800%, ultrapassando os U$ 3 trilhões. “A tecnologia, nos próximos anos, sairá do ‘vale da desilusão’ e se consolidará como geradora de valor para dinâmicas comerciais já existentes, além de proporcionar novas dinâmicas inviáveis hoje sem a presença da Blockchain”, conclui Felipe.

Sobre a BBChain:

Com 40 desenvolvedores, a BBChain cria soluções Blockchain para diversos setores. Em junho passado, a empresa, sediada em São Paulo, foi investida pela Pitang, uma das maiores companhias de tecnologia do Brasil, e passou a fazer parte do Grupo Pitang.

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