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Entre o Bitcoin e o Blockchain: Cinco termos para entender os criptoativos

As criptomoedas são vistas como novidade no mercado financeiro, atraindo atenção e algumas dúvidas sobre suas características


O mercado de criptoativos, ainda que tenha pouco mais de dez anos, já causou grandes mudanças no sistema financeiro. Com o avanço das tecnologias, era de se esperar que o jeito de investir também fosse alterado. Transações virtuais, aluguel de criptomoedas e carteira digital são realidades práticas de qualquer pessoa interessada no mercado de criptoativos atualmente. Para quem quer ingressar nesse mercado, alguns termos – especialmente os emprestados da língua inglesa – podem ser confusos.

Aqui, algumas das palavras mais usadas para entender diferenças básicas na hora de tratar sobre criptoativos, com explicação do especialista Tassio Gil, Diretor Executivo da InterAg, empresa focada em soluções tecnológicas para o mercado de criptoativos.

Criptoativo: é um ativo virtual protegido por criptografia. Funciona como uma representação digital de valor, diferente de moedas nacionais regulamentadas. “Surgiu para a realização de pagamentos e transferências sem que haja a necessidade da intermediação de uma instituição financeira. Sua propriedade é verificada por uma senha secreta, que permite transações através da criptografia, e diminui o número de informações necessárias para fazer transferências”, comenta Tassio.

Blockchain: tecnologia responsável por agrupar e registrar em blocos as transações feitas em criptoativos. Cada bloco publicado na rede se agrupa ao bloco imediatamente anterior, formando uma sequência ou cadeia destes.

Criptomoeda: é um tipo de criptoativo criado em uma rede de blockchain. A criptomoeda representa uma moeda digital descentralizada, que existe apenas na internet, regulamentada pelos próprios usuários. “Apresenta uma flutuação maior em relação a outros tipos de moedas e sua grande volatilidade não permite que seja entendida como unidade de valor, como acontece com outras moedas físicas. Porém, é utilizada como meio de troca e vem sendo cada vez mais usada para reserva de valor, em especial por jovens investidores”, explica o Diretor Executivo.

Bitcoin: a primeira criptomoeda criada, o Bitcoin foi idealizado em 2007 e lançado dois anos depois. Inicialmente, era utilizado em pequenas transações, mas foi ganhando destaque e conquistando um mercado maior. Sua rápida valorização chamou a atenção de investidores do mercado financeiro, elevando seu valor. “Pode ser usado para compra de serviços, produtos e qualquer item que aceite este tipo de pagamento. Cada unidade de bitcoin é registrada como BTC. É negociado em sua própria rede – ou blockchain – com transações sendo registradas pelos próprios usuários”, comenta Tassio Gil. “Hoje, existem também as Altcoins, criptomoedas alternativas que se assemelham ao Bitcoin, como Ethereum e Tether”, complementa.

Mineração: semelhante à extração de metais, a mineração de criptomoedas é uma forma de elaborar mais unidades de moedas digitais. “Estas são limitadas (o Bitcoin, por exemplo, já atingiu uma mineração de 19 milhões dos seus 21 milhões disponíveis), justamente para gerar um controle, uma vez que não há uma autoridade central que regule transações. Os mineradores são as pessoas que registram as transferências pelo blockchain”, completa o diretor executivo da InterAg.

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