Bitcoins x Golpes Cibernéticos
Conheça a origem e os riscos do dinheiro da era digital
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Desenvolvida há pouco mais de uma
década, a primeira criptomoeda foi criada com a intenção de descentralizar o
controle do capital. Considerado por muitos um ato nobre, o dinheiro de todos
era, até então, controlado por bancos e governos em todos os países com taxas,
controles, regulamentações e fiscalizados por instituições.
Como solução a tanto controle
financeiro, criou-se o bitcoin. O primeiro conceito era possibilitar a
circulação de uma moeda virtual que não fosse administrada por outra pessoa a
não ser o seu próprio dono. O grande desafio era garantir a mesma segurança que
se tem em relação ao dinheiro guardado em uma instituição financeira.
Para Francisco Gomes Júnior, advogado
especialista em direito digital, a operacionalização das transações financeiras
sem intervenções e com segurança de uma ponta a outra é algo inimaginável antes
da era digital. “Imagina que podemos efetuar uma transação sem a presença de
intermediários, como os bancos, que possa simplesmente transferir de forma
segura valores de ponta a ponta, este é o conceito, transações seguras”, afirma
A fim de garantir a segurança das
transações feitas em moedas virtuais, criou-se então o “blockchaim”, uma rede
descentralizada e não controlada por intermediários, mas sim por seus usuários.
“Cada transação é verificada por todos, evitando-se fraudes e sem a manipulação
governamental. E o valor do bitcoin depende basicamente de oferta e demanda,
somente esse fator fará seu valor oscilar para cima ou para baixo”, complementa
o especialista em direito digital.
Embora não seja um procedimento de fácil
entendimento e com maior risco, o bitcoin pode gerar lucratividade.
Operar com bitcoins tem se mostrado seguro. Não há notícia de fraudes nas
operações com bitcoins. O que existe são golpes praticados por empresas que se
dizem operadoras de bitcoins e simplesmente somem com os valores que o
investidor repassa.
No ano de 2020 o bitcoin foi o
investimento com a maior valorização no Brasil, superando investimentos
tradicionais como dólar e ouro. Nos últimos tempos, a reputação dessa
criptomoeda foi abalada pelo fato de hackers estarem efetuando ataques a redes
e computadores de empresas, exigindo o pagamento de resgates em bitcoins.
A utilização dos bitcoins se deu pela
dificuldade de rastreio e controle governamental sobre a moeda. “É importante
destacar que não se trata de nenhuma falha no mecanismo blockchain da moeda,
mas sim de uma ação criminosa. A falta de controle bancário e governamental
traz vantagens e desvantagens”, afirma Gomes.
Entre as vantagens, existe certa
independência para gerir o patrimônio sem limitações e imposições de regras por
terceiros, porém há desvantagens como a utilização da moeda por criminosos
justamente pelo impossível rastreamento.
O que se pode observar ao longo desses
anos de operação é que o bitcoin possui um sistema seguro e sem notícia de
fraude nas operações. Para evitar possíveis golpes, recomenda-se que antes de
optar por esta moeda é necessário pesquisar detalhadamente sobre as empresas
corretoras que estão no mercado. “Não tome decisões precipitadas ou sem
conhecer em detalhes o funcionamento das moedas virtuais”, finaliza.
Francisco Gomes Jr. Divulgação |
Sobre Francisco Gomes Júnior
Francisco Gomes Júnior, advogado sócio da OGF Advogados,
formado pela PUC-SP, pós-graduado em Direito de Telecomunicações pela UNB e
Processo Civil pela GV Law – Fundação Getúlio Vargas. Foi Presidente da
Comissão de Ética Empresarial e da Comissão de Direito Empresarial na OAB.
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