Últimas

Mulheres no Grafite: Oito artistas mulheres participam de grande projeto de graffiti no interior de Minas

 Conheça o trabalho das artistas mineiras que fazem parte do projeto que vai criar empena com 18 metros de altura e 50 de comprimento

Mariana Marinato Obra/Crédito Divulgação

Quinze artistas, sendo oito mulheres, vão transformar muros e paredão em arte, criando a maior empena grafitada de João Monlevade, a cerca de 120 quilômetros de Belo Horizonte, com 18 metros de altura e 50 de comprimento. Os trabalhos autorais levarão mais cores para o ambiente industrial e cotidiano dos moradores de João Monlevade, cidade que é berço da siderúrgica ArcelorMittal, que está comemorando 100 anos de operação. 

O projeto, fomentado pela Lei de Incentivo à Cultura, apoiado pela ArcelorMittal e realizado pela Fábrica de Graffiti, prevê a pintura de construções no entorno da área industrial da ArcelorMittal e espaços públicos na região central da cidade, por meio de uma parceria com o poder público local. Será criado um circuito cultural de amplo acesso a todos e aproximando a cidade da prática da arte urbana. 

A Fábrica de Graffiti se consolida em 2021 como o maior projeto de graffiti do Brasil. Além da ação em João Monlevade, no segundo semestre, estão previstas ações em Sabará (MG) e em Rio Claro (SP). O graffiti de João Monlevade se somará às outras ações promovidas pela ArcelorMittal em parceria com a Fábrica de Grafitti, responsável pelo maior mural das cidades de Contagem (MG) e Feira de Santana (BA). Em Barra Mansa (RJ) a ação promoveu a realização do maior mural em extensão do Brasil. O projeto já ocupou 15.500 metros quadrados em graffiti e, em sua frente social, formou cerca de 500 novos artistas urbanos.

Gabriella Biga/Crédito Divulgação
Gabriella Biga/Crédito Divulgação
Lidia Viber Obra/Crédito Divulgação

“Nosso objetivo é humanizar espaços industriais por meio da valorização da street art e capacitar novos artistas, valorizando o potencial local. São projetos de grande impacto nas cidades anfitriãs”, afirma a co-fundadora da Fábrica de Graffiti, Paula Mesquita Lage. “A maioria dos projetos de graffiti conhecidos no Brasil são realizados em regiões centrais das respectivas cidades e em empenas, explorando a verticalidade do local e não a linearidade como a gente faz”. 

“Nosso trabalho vai além, realizamos cursos de desenvolvimento de habilidades artísticas e sociais de crianças e jovens de escolas públicas da localidade”, completa o co-fundador da Fábrica de Graffiti, Vitor Canesso.

Conheça abaixo, as artistas mulheres dessa edição:

1. Barbara Daros (Belo Horizonte, MG) - Mulher artista multimídia, parte da pintura em direção a diferentes linguagens artísticas. Trabalha com diversos suportes, desde o corpo, com a tatuagem e a dança, até as telas e muros. Pesquisa a linguagem da abstração, do movimento da forma e da cor, em um universo de sistemas e relações orgânicos. @barbaradaros_

2. Gabriella Biga (Belo Horizonte, MG) - Desde criança já tinha a criatividade de desenhar, quando conheceu a cultura hip hop em sua adolescência na região Noroeste de BH. Começou no graffiti em 2011 fazendo "bombs" e, desde 2013, vem trabalhando uma linha artística com seus pássaros e traços com inspirações e influências na psicodelia, natureza e seu cotidiano. Atualmente mantém sua essência fazendo letras e seus desenhos pela cidade. Participou de diversos coletivos e eventos, como Movimento Gentileza, Instituto Amado, Encontro Nacional Graffitação, Duelo de MCs, e Telas Urbanas. É ganhadora do primeiro "Confronto Urbano - Duelo de Tags". @gabriellabiga

3. Bruna Pimenta (Ribeirão das Neves, MG) - Teve seu primeiro contato com a cultura hip hop em 2007, na escola onde estudava, através do graffiti, se estendendo alguns anos depois para o breaking. Hoje é pedagoga em formação, educadora social, b-girl e grafiteira. Trabalha com produção cultural ao hip hop, buscando a potencialização da mulher e a valorização da cultura negra. Tem construído iniciativas de empoderamento para jovens e mulheres da periferia, visando a democratização e descentralização do direito à arte e à cultura. Participou do Festival Cura, do Circuito Municipal de Cultura, foi uma das empreendedoras premiadas pelo Projeto Corre Criativo do Fa.Vela. É integrante da Nunca fui Barbie crew e Ladies letters crew. @pimenta_one

4. Sãmela Moreira (Timóteo, MG) - É arquiteta urbanista por formação e artista por instinto, dedicação e coragem. As diversas telas são cúmplices de uma mulher que resolveu voltar a rabiscar, imaginar e literalmente ‘riscar’ paredes. De porcelanas delicadas ao concreto bruto, o seu principal objetivo é tocar a vida do outro por meio da sua arte. @samelamoreira.art

5. Silvana Assunção (Ipatinga, MG) - Desde criança se interessou por desenhos, cores e técnicas de pintura. Quando entrou para a faculdade de arquitetura, ampliou possibilidades de ilustração. Assim, Sil começou a fazer artes em paredes internas e externas representando a fauna e a flora. Já participou de eventos culturais e do Coletivo-Pé-de-Cabra, foi integrante dos projetos Histórias Bordadas e Contos e Pontos, do Programa Mais Cultura nas Escolas. @sil.estudio

6. Ana Carolina (Belo Horizonte, MG) - Bobylly, como é conhecida, é mineira de Belo Horizonte e tem no sangue muita criatividade que herdou da sua família de artistas. Desde criança já se arriscava nos desenhos. Em 2018 iniciou seu trabalho em pontilhismo, assim como seu primeiro graffiti, Sempre inovando e preocupada com o meio ambiente, ela transforma materiais geralmente vistos como lixo em ferramentas para as suas pinturas. @_bobylly

7. Mariana Marinato (Belo Horizonte, MG) - Nascida na capital belo-horizontina, respira arte. Estudante de artes plásticas, também trabalha com pintura em tela, desenho, ilustração, tatuagem e graffiti, sendo esta sua grande paixão. Foi na pintura das ruas que Mariana despertou um olhar curioso sobre os suportes deteriorados da cidade e se sentiu realmente à vontade para expressar seu trabalho lúdico e afetuoso, capaz de despertar poesia às pessoas que passam pelas ruas. @marianamarinatos

8 - Lídia Viber (Belo Horizonte, MG) - O nome é Lídia, mas é conhecida como Viber. Nascida e criada na Zona Leste de BH, Viber teve seu primeiro contato com o graffiti aos 15 anos em uma oficina social, descobrindo a possibilidade de se expressar pelos seus desenhos nos muros de todo lugar. A partir daí, ela começou a escrever sua história na Arte Urbana. Hoje, seu trabalho transita por um universo lúdico, onírico, e é inspirada pelo realismo mágico. Nessa linguagem, busca estimular reflexões sobre imposições, sonhos, desejos, inseguranças e aceitação, sejam eles apresentados em telas, aquarelas, graffiti ou em grandes murais. @lidiaviber

Sobre a Fábrica de Graffiti - Democratizar a arte através dos maiores murais de graffiti do Brasil e humanizar distritos industriais por meio da arte urbana são o propósito que move a POMME, produtora cultural da Fábrica de Graffiti. Realizando projetos de graffiti através de Leis de Incentivo à Cultura e para clientes particulares, foi responsável pela pintura dos maiores murais de graffiti de Minas Gerais, Bahia e Rio de Janeiro. São valorizados a arte e também os artistas. Todos os projetos desenvolvidos levam em consideração os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), praticando igualdade de gênero, sustentabilidade e promovendo geração de renda para artistas locais. Saiba mais em https://fabricadegraffiti.com.br/pt_br/.

Sobre a ArcelorMittal - A ArcelorMittal Brasil é a maior produtora de aços longos e planos da América Latina e faz parte do Grupo ArcelorMittal, líder de aço e de mineração no mundo. A empresa está presente em 60 países e possui unidades industriais em 19 países. Com o propósito de criar ações inteligentes para um mundo melhor, o Grupo é o principal fornecedor de aço de qualidade nos mercados globais de construção. Automotivos, eletrodomésticos e embalagens.

Sobre a Fundação ArcelorMittal: Criada em 1988, a Fundação ArcelorMittal desenvolve projetos sociais nos municípios onde as empresas do Grupo ArcelorMittal estão presentes, beneficiando cerca de 400 mil pessoas por ano. Alinhada com o propósito da empresa de criar um mundo melhor, a instituição investe na formação de crianças e adolescentes protagonistas do próprio futuro. Atenta às necessidades locais, a Fundação promove projetos nas áreas de educação, cultura, promoção social, esporte e saúde. Os investimentos são feitos por meio de recursos da ArcelorMittal ou incentivo fiscal.

Nenhum comentário