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Jornadas preparatórias para COP 26 discutem dados alarmantes sobre aquecimento global

 Eventos, organizados pelo Proam, começam hoje e vão até novembro 

O O Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental (Proam) inicia hoje uma série de encontros com vários segmentos da sociedade civil com o objetivo de discutir políticas públicas preventivas e ações diante do alerta contido no relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), divulgado neste mês. Serão oito jornadas preparatórias para a Conferência do Clima (COP 26), que acontece em novembro em Glasgow (Escócia), e cujo foco será o agravamento do aquecimento global.

“Há uma grande preocupação em todo o mundo com os dados mostrados no relatório, que serão o tema principal da discussão na COP 26”, diz Carlos Bocuhy, presidente do Proam. O documento do IPCC traz novos dados alarmantes e demonstra a urgência na redução das emissões de Gases Efeito Estufa (GEE). 

Os eventos climáticos que vêm sendo registrados na Europa, na América do Norte, na África e até no Brasil são uma amostra do que está por vir. O aquecimento global em 1,5 grau Celcius está previsto a partir de 2030. Atualmente, já registra aumento de 1,1 grau em média global, mas nas áreas continentais a média já atinge 1,7 grau e sua continuidade poderá levar a humanidade a ultrapassar limites da segurança, às portas de uma verdadeira catástrofe, conforme o relatório.

O Proam está organizando oito encontros, com foco em vulnerabilidades ambientais. O primeiro ocorrerá hoje (25 de agosto), e os demais entre os dias 2 de setembro e 25 de outubro.

Entre outras entidades, participam da iniciativa a Associação dos Juízes Federais (Ajufe), a Defensoria Pública, dezenas de ongs e movimentos socias, inclusive da Argentina. “O nossos países vizinhos dependem do fluxo hídrico vindo da Amazônia para a formação da bacia do rio Prata, que está sendo afetado com o desmatamento,”, afirma Bocuhy.

Sobre o Proam

O Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental (Proam) é uma organização não-governamental que estimula ações e políticas públicas com a finalidade de tornar o ambiente saudável, principalmente em grandes áreas urbanas. Fundada em abril de 2003, a ONG é presidida pelo ambientalista Carlos Bocuhy.

Desde sua fundação, o Proam tem trabalhado em defesa da boa normatização e indicadores ambientais para a elaboração de políticas públicas, realizando diagnósticos ambientais, vistorias, denúncias e cobrança de soluções e da eficácia na atuação dos órgãos competentes. Além disso, a ONG desenvolveu a campanha ambiental "Billings, Eu te quero Viva!" e o programa Metrópoles Saudáveis. Este programa, atualmente em andamento, é coordenado pelo Proam e apoiado pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

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