Pós-pandemia: o futuro das empresas e o marketing digital
Mercado vai exigir estratégias ainda mais inteligentes de comunicação
Heliara Oliveira Tinoco
A pandemia é um divisor de águas na história mundial. Disso, todos temos certeza. Mas, como acompanhar e mensurar as mudanças comportamentais da sociedade que refletiram diretamente também na maneira como fazemos negócios? Pesquisa realizada recentemente pela IAB UK (The Internet Advertising Bureau), aponta um caminho para isso.
O levantamento diz que metade das pequenas e médias empresas entrevistadas reconhece atualmente a importância do marketing de conteúdo na retomada do mercado na chamada ‘pós-pandemia’. Para se ter uma ideia, cerca de 63% das empresas ouvidas afirmaram que as campanhas on-line pagas são uma boa maneira de ter um retorno satisfatório sobre o investimento, com a atração de novos clientes e a possibilidade de mais vendas.
Só no ano passado - quando a pandemia assolou boa parte do mundo e modificou drasticamente o comportamento social, nós já investimos quase 5 horas de nossos dias em redes como WhatsApp, Facebook e Instagram, de acordo com outro levantamento, este feito pela Cuponation e divulgado no início de 2021.
Outro dado importante que reforça a necessidade de revisão de estratégias do empreendedor: o Comitê de Métricas da Câmara Brasileira da Economia Digital revelou, por exemplo, que o e-commerce do país cresceu de modo vertiginoso em 2020, atingindo mais de 73% de expansão em relação a 2019. Permanecer fora desse oceano é ‘suicídio’.
Para se ter uma ideia, a expectativa é que, ao longo dos próximos cinco anos, os investimentos em marketing digital cresçam a uma média de 17,6% em todo o mundo, deixando para trás um patamar de US$ 305 bilhões em 2020, para atingir US$ 807 bilhões em 2026.
Todos esses números reforçam a ideia de que o marketing digital permanecerá exercendo um papel decisivo dentro de um contexto de retomada econômica pós-COVID-19. Vale afirmar ainda que o atual processo de imersão e digitalização do mercado e da sociedade é irreversível. E mais: com a entrada dos nativos digitais no ambiente de consumo atual, essa conjuntura deve se tornar mais complexa.
Como consequência, claro, o mercado vai exigir estratégias ainda mais inteligentes e sofisticadas de comunicação por parte das empresas. Além disso, o online seguirá estreitando as pontes com os consumidores de modo tão ou mais eficiente que os modelos tradicionais de marketing - mas a um custo muito mais acessível.
Para se destacar - ou mesmo sobreviver - vai ser preciso que boa parte das empresas e empreendedores que ainda enxerga o marketing como um departamento, entendam que o mundo mudou!
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Sobre a autora
Heliara é formada em Administração de Empresas e pós-graduada em Marketing pela Fundação Getúlio Vargas e filiada ao Sindicato dos Administradores de Minas Gerais.
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