Startup de refugiados aprimorou modelo de negócios após aceleração
Com fundadora síria, a startup busca ser oportunidade de renda a refugiados de diversos países
O projeto começou em 2016, com intenção de venda de ingredientes, mas pivotou – expressão utilizada pelas startups sobre mudança no modelo de negócios – oito vezes até encontrar a forma como a startup poderia se desenvolver no mercado. “Participamos de um processo de aceleração pela Bluefields e foi essencial perceber como poderíamos atrair investimento e pensar como uma startup para que o negócio fosse sustentável, não foi fácil, mas conseguimos”, relata Ibrahim sobre sua jornada empreendedora.
A história da Bluefields, aceleradora de startups, está interligada com a Open Taste; isso porque Joanna fazia parte do time Blue quando começou a despertar para o empreendedorismo, após este momento a Bluefields não só acelerou a Open Taste no seu início, mas investiu no que hoje é mais que uma empresa, é um propósito.
“Conheci a Joanna Ibrahim logo que ela chegou ao Brasil em Vila Velha, no Espírito Santo. Ainda sem falar uma palavra em português, ela me mostrou sua bíblia em árabe e conversamos um pouco em inglês. Meses depois, convidei a Joanna para ser co-fundadora da Bluefields Aceleradora. Ela ajudou a estruturar os programas de validação e aceleração de startups. Os refugiados sofrem com a falta de oportunidades de trabalho: sem conhecidos para indicar, muitas vezes sem diploma validado e com o pouco domínio da língua, não conseguem condições de manter minimamente suas famílias. Foi quando a Joanna começou a utilizar os próprios métodos de inovação da Bluefields para prototipar e validar a Open Taste e ganhar forma de startup,” lembra Paulo Humaitá, CEO e fundador da Bluefields.
A trajetória da Open Taste se transformou como negócio: nasceu como um marketplace de alimentos para imigrantes, foi um restaurante rotativo na House of Food (coworking de cozinhas em Pinheiros), mudou de novo para uma ghost kitchen (restaurante exclusivamente formado por delivery) durante a pandemia e, hoje, possui, não apenas um restaurante físico próprio, como também praticamente um hub de capacitação para refugiados.
“Hoje temos quatro funcionários e um voluntário, nós já impactamos mais de 60 famílias que fazem do Brasil a sua casa. Nossa missão é continuar a empresa contando com nossos clientes e investidores que queiram empreender com propósito,” conclui Joanna sobre os próximos passos da startup.
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