Variante brasileira do vírus de Gumboro, cepa G15 afeta desempenho zootécnico de aves e impacta produção
Recorrente e difícil de controlar, a Doença de Gumboro é uma das principais causas de problemas imunológicos em aves, sendo responsável por importantes prejuízos para a cadeia da produção de frangos e de ovos. Esse cenário tem se agravado com a identificação de lotes testados positivos para a cepa G15, variante brasileira do vírus causador da doença.
"Não é
muito difícil encontrar lotes de animais infectados pela variante brasileira,
que é bastante conhecida por causar quadros de imunossupressão e doença
subclínica. Essa variante consegue se manter por longos períodos na cama do
aviário, muitas vezes resistindo ao tratamento do ambiente e passando de um
lote para o outro", informa Eva Hunka, gerente de negócios biológicos da
Phibro Saúde Animal.
De acordo com
Eva Hunka, que é mestre em medicina veterinária preventiva pela Universidade
Estadual Paulista (Unesp), a cepa brasileira tem alto poder para colonizar a
Bursa de Fabricius e se aproveita do período de janela imunológica para
infectar os lotes. A Bursa é um importante órgão linfoide primário das aves e
sua infecção compromete a produção de anticorpos nos animais.
"Por
vezes, não se dá atenção necessária ao problema, tendo em vista que a variante
G15 – uma cepa de campo – não causa doença clínica e promove depleção linfoide
muito parecida com a de algumas cepas vacinais. Contudo, a depleção – que é uma
perda elementos fundamentais – causada pelas cepas de campo, diferentemente das
causadas pelas cepas vacinais, não tem regeneração", explica a
especialista da Phibro.
A médica
veterinária alerta que o quadro de imunossupressão causado pelas vacinas é
transitório, enquanto com a G15 passa a ser permanente, o que acaba consumindo
recursos energéticos que seriam convertidos em desempenho nas aves.
"Estudos já apontaram a inferioridade de resultados zootécnicos em lotes
com a cepa brasileira em comparação a não infectados", destaca Eva Hunka.
Um desses
estudos foi conduzido por José Emílio Dias, assistente técnico da Phibro e
mestre em produção sustentável e sanidade de aves e suínos pelo Instituto
Federal Catarinense (IFC), e outros seis pesquisadores – entre eles Eva Hunka.
O trabalho aborda como as cepas vacinais de vírus vivo são importantes para
conter a variante brasileira do vírus causador da Doença de Gumboro.
Para saber
mais sobre o estudo, confira a palestra de José Emílio Dias: https://youtu.be/-togCw8uAh0.
Sobre
a Phibro
A Phibro Saúde Animal é uma das mais importantes indústrias veterinárias e de nutrição animal do mundo. Criada em 1916, nos Estados Unidos, está presente no Brasil há 25 anos, oferecendo produtos para aves, suínos, bovinos de corte e de leite, peixes e camarões, além oferecer soluções para a produção de fontes energéticas renováveis. Para mais informações, acesse: www.pahc.com/brasil
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