#AmazôniaÉAgora: Jovens indígenas realizam ato em frente ao MMA, em Brasília
No Dia da Amazônia, mobilização pediu demarcação das terras indígenas, fim do desmatamento e denunciou risco de extinção das espécies da Amazônia. Uma série de projeções também foi realizada na capital federal, em Manaus e em São Paulo.
Texto:
Caio Mota/Apib
Foto principal: Matheus Alves/
Inédita Brasil
A juventude indígena
realizou, ao fim da tarde do dia 5 de setembro, um protesto em defesa da
Amazônia, em frente ao prédio do Ministério do Meio Ambiente (MMA), em
Brasília. Com cartazes que representavam a fauna e a flora em risco de
extinção, projeções e máscaras de gás que simbolizaram a fumaça do fogo que
consome as matas, os indígenas protestaram na data que marca o dia da
Amazônia.
A ação foi
organizada pela Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira
(Coiab), Articulação das CPTs da Amazônia, Articulação Nacional das Mulheres
Indígenas Guerreiras da Ancestralidade (Anmiga), Instituto Clima e Sociedade
(iCS), Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) e Proteja Amazônia.
Os dados do
Instituto Nacional de Pesquisa Espaciais (Inpe) indicaram, no primeiro semestre
de 2021, um aumento da devastação na Amazônia. O mês de junho registrou o maior
número de focos de calor em 14 anos. A publicação Conflitos no Campo
Brasil 2020 também trouxe dados alarmantes. No último ano foi
registrado o maior número de conflitos dos últimos 35 anos, de acordo com
levantamento da CPT.
Foto: Alass Derivas / @derivajornalismo
Segundo dados
atualizados na última terça-feira (31), o Programa Queimadas do
Inpe registrou, no mês de agosto, 28.060 focos de queimadas na Amazônia.
Esse número de focos
está acima da média histórica para o mês, que é de 26.663. E este é o terceiro
maior índice para o período desde 2010, perdendo apenas para 2019, com 30.900,
e 2020, quando registrou-se 29.307.
Ao analisar os dados
por estado, o Amazonas encabeça o ranking, com 8.588 focos, o que representa
30,6% do total. O número fez o estado bater o recorde histórico para o mês
entre as demais unidades da federação.
Foto:
Andressa Zumpano / CPT Nacional
Atos
Além de Brasília,
outros atos foram realizados pelo Brasil e em outros países. Acre, Amapá,
Amazonas, Maranhão, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins foram os estados da
Amazônia onde os protestos foram realizados. Outros países da Pan-Amazônia,
como Peru, Colômbia, Equador e Bolívia também promoveram ações de mobilização
para a data. Na Europa, atos foram feitos na França e na Alemanha.
Foto:
Juliana Pesqueira / Proteja Amazônia
Projeções
Ações de projeção
também fizeram parte da série de mobilizações pelo país no domingo (5).
Brasília recebeu as imagens de denúncia, na fachada do Ministério do Meio
Ambiente, logo após o ato simbólico promovido pela juventude indígena da
Amazônia. Em São Paulo, a praça Roosevelt, na República, exibia a série que
advertia dos problemas que prejudicam a vida na Amazônia. Conflito, assassinato,
queimadas, mineração, por exemplo, foram expostas por cerca de uma hora no
local. Após forte chuva, Manaus também recebeu as projeções, na esquina da
Avenida Eduardo Ribeiro, com a José Clemente, no Centro, com os dizeres "O
amanhã da Amazônia é agora".
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