Arquiteto José Lourenço, em parceria com a Templuz, leva espaço sensorial para a CasaCor Minas
instalação é um convite para uma
reflexão que mexe com os sentidos
Cubo José Lourenço/Foto Estúdio ny18
Até
o dia 17 de outubro, a 26ª edição da CasaCor ocupa o Palácio das Mangabeiras e
explora o tema "A Casa Original", discutindo também o morar
contemporâneo. A mostra se concentra na área externa do Palácio, em seus mais
de 12 mil metros quadrados de jardins. E no coração desse verde está o espaço
conceito “Design para os Sentidos - Templuz”, assinado pelo arquiteto português
José Lourenço, que quebra barreiras no evento. Unindo arquitetura, arte,
tecnologia e design, o profissional cria um ambiente que promove a reflexão e
contemplação do visitante. Momento para dar uma pausa e apenas sentir.
Não é o cômodo de uma casa, mas uma estrutura metálica em forma de um cubo – o formato clássico da arquitetura. Um ambiente sinestésico, onde um cubo de vidro espelhado promove uma ruptura momentânea entre o exterior e o interior. Sua estrutura espelhada reflete as montanhas generosas da Serra do Curral, sua vegetação, cores, texturas e aromas, que preenchem o espaço externo da instalação. Quem percorre seu interior, tem os sentidos aguçados, e remete a cada visitante algumas lembranças, sentimentos, desejos e perspectivas. Uma verdadeira cápsula atemporal. “Era impossível pensar em uma instalação sem pensar no período que estamos vivendo. Estamos privados dos nossos sentidos, então a ideia foi criar um espaço onde fosse uma ode aos sentidos. Que fosse sinestésico”, elucida o arquiteto, José Lourenço.
São esses sentidos os responsáveis por formar a percepção sobre o nosso. Refletir sobre eles mostram exatamente onde estamos, quem somos e o que queremos para nossa vida. “Ao criar esse projeto, fizemos uma analogia com o monólito de Stanley Kubrick em ‘2001 uma Odisseia no Espaço’, onde uma estrutura imponente fornece aos espectadores uma conexão entre o passado e o futuro. No filme a tecnologia confronta o ser humano. Aqui, nossa proposta é exatamente o oposto, ou seja, cada vez mais humanizar a tecnologia, evidenciando isso por meio dos aportes que estruturam a parte interna do cubo de vidro, associado a uma atmosfera que propicia a experiência”, comenta Camilo Belchior, designer estratégico da Templuz, que está presente em 20 ambientes da CasaCor Minas.
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