Peneiramento de material fino requer telas adequadas, para alavancar produtividade nas pedreiras
Problemas como coesão entre partículas finas, entupimento das malhas e má distribuição de material sobre a tela são comuns e podem ser resolvidos
O
mercado de agregados mudou as características de consumo e hoje a indústria
precisa estar bem estruturada para atendê-lo. Cerca de 40% da demanda são por pedras
miúdas e areia de brita, o que obriga as pedreiras a adequar o processo de
peneiramento, usando telas apropriadas para classificar o material fino sem
grandes perdas.
Algumas
empresas decidiram investir em telas diferenciadas para melhorar a eficiência
do peneiramento, como é o caso da Territorial São Paulo Mineração, que optou
por aumentar e eficiência de remoção dos passantes do pedrisco, material também
conhecido como brita 0.
A
mineradora utilizava uma tela metálica com grande área livre, em uma peneira
modular de grande capacidade de processamento de material. Com o passar do
tempo, devido ao arqueamento e à rigidez da tela metálica, o material foi se
concentrando em apenas uma área do equipamento. O problema se agravava com a
alta aderência do material fino e a rigidez da tela metálica, que entupia a
abertura das malhas, resultando num peneiramento ineficiente.
“Após
estudarmos cuidadosamente o caso, realizamos a substituição por telas em
borracha Superflex, que na teoria possuem menor área aberta do que as telas
metálicas”, conta Alan Duarte, coordenador técnico da Lantex do Brasil. De
acordo com ele, a tela substituta proporcionou uma melhor distribuição do material
sobre o deck, que associada à alta resiliência da borracha especial, solucionou
o problema de obstrução das malhas e resultou em uma maior eficiência de
remoção dos passantes. Na prática, a pedreira conseguiu produzir um pedrisco de
qualidade premium e aumentar a quantidade de pó de pedra produzido.
Dificuldade
em peneirar finos
A
grande dificuldade das empresas em produzir o material fino tem sido adequar a
areia de brita, conhecida também como ‘areia artificial’, à normatização
estabelecida. Devido a esse material apresentar peculiaridades que na grande
maioria das vezes são desfavoráveis quando tratamos de concreto, eles acabam
não sendo utilizados ou são destinados a aplicações marginais.
Alan
considera dois fatores preponderantes que ocorrem quando o material fino é
classificado a seco. “O primeiro é que a coesão entre as partículas tende a
reter fino no material grosso. Essa coesão aumenta quando há excesso de
umidade, fazendo as partículas menores aderirem às maiores e tornando o
peneiramento pouco eficiente”, explica.
Outro
ponto é que a aderência das partículas à tela acaba sendo uma dificuldade que
não pode ser antecipada na teoria. “Geralmente, essa aderência resulta no
cegamento de malhas e reduz significativamente a quantidade de undersize
(material passante), o que prejudica a qualidade do oversize (material
retido)”, avalia Alan.
O
departamento de engenharia da Lantex tem analisado diversos casos, constatando
diferentes problemas que interferem no peneiramento de finos. A começar pela
umidade, que força as partículas a se aderirem umas às outras e também as
aberturas das malhas, o que limita a eficiência do processo. Outro fator de
peso é a distribuição granulométrica, porque quando a diferença entre os
tamanhos das partículas é muito grande, não possibilita uma boa separação dos
produtos.
Por
fim, a distribuição do material sobre a superfície de peneiramento é essencial,
porque se o fluxo de material se concentrar em apenas uma parte do deck, não se
aproveita toda a área de peneiramento disponível no equipamento. “Na Lantex,
respeitamos as particularidades específicas dos processos de cada um de nossos
clientes e procuramos conhecer seus objetivos de produção para poder definir a
tecnologia certa a ser aplicada em cada caso”, salienta Alan.
Soluções
para peneiramento de agregados
Uma
vez identificado o problema, a Lantex dispõe de telas com diferentes tipos de
materiais, que vão desde aço carbono ou inoxidáveis, até outras tecnologias,
como poliuretano e borrachas especiais. Outro fator que pode auxiliar bastante
é o formato geométrico das malhas – pode ser quadrado, retangular, triangular,
redondo ou losangular.
“Oferecemos,
inclusive, uma tecnologia mista, onde utilizamos telas metálicas para aumentar
a área aberta das telas. Elas são montadas em um sistema modular de encaixe
rápido, para que se reduza o tempo de equipamento parado e melhore a ergonomia
da planta, otimizando as condições de trabalho da equipe de manutenção. Essas
escolhas afetam diretamente no custo, eficiência e performance de peneiramento”,
assinala Claudia Bolzan, diretora da Lantex do Brasil.
Superflex Fabricada pela
Lantex do Brasil, o principal objetivo da linha de telas Superflex é
proporcionar o máximo de performance no peneiramento. Elas possuem uma área
livre superior quando comparadas às telas de borracha convencionais, além de
serem produzidas com borracha especial de alta resiliência. Na prática,
quando as malhas dessas telas são submetidas ao tensionamento resultante do
peso do material processado, elas recuperam rapidamente seu formato original,
acompanhando a amplitude de rotação da peneira, o que lhe confere um efeito
autolimpante. |
Lantex
do Brasil
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