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Mudanças nas regras para comercialização de carne moída no Brasil devem garantir mais transparência e segurança ao consumidor

 Nova regulamentação prevê, entre outros pontos, obrigatoriedade de o produto ter informação sobre teor de gordura destacado na embalagem

O novo regulamento técnico de identidade e qualidade para a venda de carne moída no Brasil, que o Ministério da Agricultura enviou para consulta pública neste mês (https://bit.ly/3DrwM4q), deve garantir aos consumidores transparência e segurança do produto adquirido nos supermercados. A avaliação é do diretor da Plena Alimentos, Roberto Oliveira.

Segundo ele, a atual regulamentação é de 2003 e necessita de novos critérios para que a produção de carne moída se adapte à modernização do sistema e dos processos da indústria. A consulta pública ficará aberta por 60 dias. Ao fim do prazo, o Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa) vai avaliar as sugestões recebidas para posterior publicação do novo regulamento.

Entre as principais alterações previstas pelo texto, estão o percentual de gordura da carne moída, que deverá estar destacado na embalagem, sendo informado logo após a denominação de venda. "Para a indústria, não haverá impactos regulatórios e técnicos, pois esse teor de gordura já está descrito na tabela nutricional; nesse caso, ele será incluso em um campo de alta visibilidade para o consumidor, o que vai facilitar para aqueles que querem escolher entre as marcas do mercado que atendam à rotina alimentar", afirma Oliveira.

Além disso, a carne moída deverá ser embalada imediatamente após a moagem e cada pacote do produto poderá ter, no máximo, 1kg. "Reforçando que as regras propostas valem somente para as carnes já embaladas e não para aquelas que são moídas no açougue na presença do consumidor", explica o diretor da Plena.

O novo regulamento prevê, ainda, que não será permitida a utilização de carne industrial para a fabricação de carne moída. "O principal objetivo da proibição da utilização de carne industrial seria em função da carga microbiológica possivelmente presente na matéria-prima. Porém, com os processos atuais para minimizar ou eliminar o risco de contaminação no produto, esse não deveria ser um problema a ser julgado, até mesmo, levando em consideração o baixo nível de contaminação da carne industrial expresso nos resultados do Programa da Instrução Normativa n° 60/2018", analisa Oliveira.

Outra determinação é o processo de congelamento rápido: a carne deverá sair do equipamento de moagem com temperatura abaixo de 7 graus Celsius e ser submetida, imediatamente, ao resfriamento, ao congelamento rápido ou ultrarrápido. De acordo com o diretor da Plena Alimentos, essa medida já é aplicada ao processo na empresa, "com o objetivo de eliminar o risco de crescimento microbiológico do produto e comprometimento da integridade". A Plena lançou, em 2016, uma linha de carne moída embalada e congelada (Toda Hora) e, atualmente, é líder de mercado, sendo o maior produtor em Minas Gerais com presença nos principais varejistas.

 

 

Sobre a empresa
A Plena Alimentos é uma das maiores empresas do segmento de proteína bovina do país e tem atuação expressiva no mercado internacional. Atualmente, exporta para 40 países com alta exigência de padrão de qualidade e possui certificações que permitem operar nesses mercados no mundo inteiro.
Com cerca de 2.500 colaboradores, mantém unidades em São Paulo, Minas Gerais, Tocantins e Goiás: três plantas industriais de abate de bovinos, duas para beneficiamento de carnes e uma central de armazenagem e distribuição de produtos alimentícios. Há 31 anos, a empresa é reconhecida pela qualidade e procedência dos produtos, utilizando tecnologias de última geração e seguindo protocolos pautados pelo Mapa (Ministério Agricultura, Pecuária e Abastecimento).

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