Na crise, a oportunidade: pandemia ensinou brasileiros a empreender
* Kawel Lotti é fundador e Presidente do Conselho dos Grupos Ceofood, aplicativo de delivery de tudo, Ceopag, fintech especializada em meios eletrônicos de pagamento, e CeopagBank, banco digital.
O número de
desempregados no Brasil é realmente assustador: o patamar já alcança 14,8
milhões de pessoas, segundo dados do IBGE referentes ao primeiro semestre de
2021. Apesar disso, há uma parcela muito menos divulgada de corajosos
que adotou o empreendedorismo como saída para a sobrevivência. Já são mais
de 2,2 milhões de microempresas que surgiram entre janeiro e julho de 2021, o
que representa 78% do número total de aberturas registrado em 2020, de acordo
com os dados do Mapa de Empresas do Ministério da Economia.
Arrisco dizer que, até o final do ano,
bateremos um novo recorde. Principalmente porque o cenário indica um número
muito maior de pessoas que trabalham por conta própria e na informalidade. Já
são 34,7 milhões de brasileiros nesta situação, conforme levantamento da
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua.
Empreender vai além da necessidade, é
uma aptidão do brasileiro. Mas faltam iniciativas focadas em capacitar essas
pessoas, pois assim como é alto o índice de novos negócios aparecendo, a
pesquisa Global State of Small
Ao se capacitar, o empreendedor entende
que, tão importante quanto ganhar dinheiro para sustentar sua família, investir
em conhecimento de mercado e educação financeira ajudam a tornar seu negócio
sustentável e mais consolidado para aguentar eventuais baques das crises
financeiras que atingem o Brasil.
Quando temos mais empresas surgindo e
sobrevivendo, o país também cresce. É então que surge a necessidade do apoio do
poder público em desenvolver políticas acessíveis com incentivos fiscais e
econômicos.
Existe uma luz no fim do túnel para o
Brasil e precisamos ir juntos, com cada vez menos espaço para o
desemprego.
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