Quase 80% dos brasileiros gostariam de deixar de usar dinheiro no futuro; e 93% adotariam criptomoedas emitidas por um Banco Central
Índice é o mais alto entre os países
pesquisados pelo PayPal; estudo também aponta que dinheiro permanece como
método de pagamento preferido de metade da população
O consumidor brasileiro é entusiasta de
um futuro livre do uso de dinheiro físico para pagamentos. É o que aponta a
pesquisa “Terceira Onda de Inovação Fintech”, realizada pelo PayPal, líder
mundial em pagamentos eletrônicos. Ao todo, 79% dos respondentes brasileiros
disseram gostar da ideia de não ter de usar dinheiro, índice acima dos demais mercados
pesquisados – 72% dos chineses gostariam do futuro sem cédulas e moedas,
seguidos por 58% dos estadunidenses e 40% dos alemães. Mais de um terço de
todos os respondentes relatou altos níveis de entusiasmo em eliminar o dinheiro
físico de suas vidas.
A pesquisa “Terceira Onda de Inovação
Fintech” foi realizada pela equipe de Política Pública e Pesquisa do PayPal e
envolveu um público de 4.000 pessoas em quatro mercados - EUA, China, Brasil e
Alemanha. A pesquisa buscou entender melhor como os consumidores estão
acessando serviços financeiros; como a evolução das tecnologias pode melhorar o
acesso financeiro e a saúde financeira; e as condições e requisitos para
inovação responsável e equitativa no setor de fintech.
“O PayPal é considerado a primeira
fintech do mundo, criado em 1998, no Vale do Silício, na Califórnia. Desde
então, a empresa vem moldando seu modelo de negócios e abraçando novas
tecnologias, sempre oferecendo a seus clientes experiências de pagamentos que
se integrem aos novos hábitos e demandas. Esta pesquisa aponta caminhos e
contribui para a construção dos próximos pilares da digitalização da economia e
do setor de pagamentos digitais”, analisa Leonardo Sertã, Head de
Desenvolvimento de Mercados do PayPal para a América Latina.
Criptomoedas dos Bancos Centrais
Os respondentes da pesquisa nos quatro
mercados expressaram pontuações esmagadoramente altas ao se classificarem como
“extremamente” ou “de certa forma propensos” a usar uma moeda digital de um
Banco Central (Central Bank Digital Currency - CBDC), embora os totais fossem
mais altos na China e no Brasil em comparação com EUA e Alemanha (Figura 2). Enquanto
os consumidores mais jovens – especialmente os Millennials (pessoas nascidas
entre 1981 e 1996) – foram os mais propensos a querer usar a CBDC, uma maioria
substancial de quem prioriza dinheiro atualmente também indicou certa ou
extrema probabilidade de usar a CBDC. Este último ponto apoiaria o potencial
para um futuro sem dinheiro e ressalta a importância de trazer atributos
semelhantes ao dinheiro físico para o dinheiro digital emitido pelo governo.
“É importante ressaltar a influência do
contexto local. Estamos acompanhando o grande entusiasmo com o PIX, que pode
ter influenciado positivamente a percepção acerca da digitalização, deixado a
população mais aberta e interessada por uma criptomoeda de um Banco Central”,
analisa Sertã.
Apesar das altas pontuações para uso
futuro de CBDC, os entrevistados expressaram níveis mistos de entusiasmo por
soluções de identidade digital em substituição às carteiras de identidade
físicas, algo que se tornaria pré-requisito para o uso geral de CBDC.
Novamente, os brasileiros e os chineses se mostram entusiastas da digitalização
em comparação com outros mercados - 57% dos consumidores no Brasil e 70% dos
consumidores na China indicaram preferência por carteiras de motorista
digitais, por exemplo. Já cerca de 71% dos entrevistados nos EUA e na Alemanha
indicaram uma preferência por portar uma carteira de motorista física em vez de
uma versão digital.
Essa descoberta pode indicar uma maior
prontidão para soluções digitais em países não pertencentes à OCDE (Organização
para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico) e ressalta uma tensão com um
futuro sem dinheiro nos EUA e na Alemanha, em países em que o conforto advindo
dos pagamentos digitais pode se aplicar à noção de CBDC, mas não
necessariamente à identidade digital. A ampla adoção da identidade digital
provavelmente exigirá mais ações de marketing e educação dos setores público e
privado no Ocidente.
Dinheiro ainda é o método preferido de pagamento
Com a aceleração da digitalização,
incluindo compras online e pagamentos sem contato (contactless), muitos
esperavam que a pandemia de COVID-19 acabasse com o domínio do dinheiro. No
entanto, o dinheiro continua a ser importante e resiliente: os entrevistados
pela pesquisa relataram que usam dinheiro físico ou moedas para pagar por itens
do dia a dia em quase 50% das situações. No Brasil, o índice fica na casa de
38%.
Os resultados agregados da pesquisa
indicam que a pandemia diminuirá o uso de dinheiro, mas talvez não tão
drasticamente como alguns especialistas previram. Embora uma preponderância de
entrevistados nos quatro mercados esteja usando menos dinheiro agora devido à
COVID-19 e queira usar menos dinheiro daqui para frente (Figura 3), houve uma
sólida minoria que indicou querer usar mais dinheiro em 2021 (26% dos
respondentes brasileiros). Parte desse desejo poderia ser interpretado como
entusiasmo por voltar a uma certa normalidade no pós-pandemia.
Para transações presenciais, o dinheiro
continua sendo a forma de pagamento preferida em geral, embora os consumidores
mais jovens relatem um uso relativamente maior de pagamentos eletrônicos. Em
conjunto, essas descobertas indicam que, mesmo enquanto a sociedade caminha
para o fim do dinheiro, há razões para acreditar que ele continuará popular
entre os consumidores, pelo menos no curto a médio prazo.
Os principais motivos para usar dinheiro
incluem o fato de ele não sofrer cobrança de taxas, a facilidade de uso em
qualquer lugar, a capacidade de controlar melhor os gastos e o anonimato. Essas
características do dinheiro são importantes para os usuários e devem fornecer
um contexto importante para que possamos considerar as formas futuras de moeda.
“Sabemos que o uso do dinheiro físico é
ainda uma necessidade, dada a grande parcela da população que ainda é
desbancarizada. Temos de ter isso em mente ao pensarmos em soluções que
fomentem a digitalização, reforçando sua simplicidade e compreensão – e
precisamos ser capazes de continuar a promover a democratização dos serviços
financeiros”, adiciona Sertã.
Por que “Terceira Onda de Inovação
Fintech”?
Se pensarmos no início dos anos 2000,
podemos traçar o contorno da primeira onda de fintechs no contexto do estouro
da bolha das pontocom; a ascensão da internet comercial; a abordagem do governo
de Bill Clinton para a regulamentação da internet baseada em princípios; e a
criação de empresas como PayPal, Klarna e Xero. A segunda onda de fintech
começou na esteira da crise financeira global em 2008, seguida por uma ampla
revisão do sistema regulatório financeiro dos EUA e a ascensão da internet
móvel, promovendo o crescimento de start-ups de próxima geração, como SoFi,
Kabbage e Venmo.
Ao mirarmos adiante, novas capacidades e
modelos de negócios serão resultantes de uma série de inovações tecnológicas
emergentes, como machine learning, blockchains e a futura computação quântica.
Os avanços tecnológicos estão gerando maior automação e novas funcionalidades
que mudarão os fundamentos e o fornecimento de serviços financeiros. Se a
fórmula anterior de crise combinada com mudanças no ambiente regulatório e
novas capacidades tecnológicas se mantiver, podemos, de fato, estar no início
de uma terceira onda de inovação em fintech, e haverá grandes implicações para
consumidores, empresas e governos em todo o mundo.
“A mudança para opções de pagamento
digital ou mesmo criptomoedas emitidas por um Banco Central exige uma
demonstração clara de segurança e benefícios associados ao dinheiro, como
isenção de taxas, usabilidade em qualquer lugar, capacidade de controlar melhor
os gastos e o anonimato”, conclui o executivo, lembrando que a questão da
democratização dos serviços financeiros é premente.
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Sobre o PayPal
O PayPal permanece na vanguarda da
revolução dos pagamentos digitais há mais de 20 anos. Ao levar cada vez mais
tecnologia aos serviços financeiros e ao comércio, tornando-os mais
convenientes, acessíveis e seguros, a plataforma PayPal capacita os mais de 403
milhões de consumidores e comerciantes, em mais de 200 mercados, para ingressar
e prosperar na economia global. Para mais informações, visite paypal.com.
Conheça e acesse:
Newsroom do PayPal: https://newsroom.br.paypal-corp.com/home
www.doecompaypal.com.br
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