Tecnologia veio pra ficar em sala de aula
Investimento em recursos digitais se tornou crucial em um cenário de pandemia. No Paraná, unidade do COC tem lousa digital com diversas funcionalidades.
Pátios cheios,
brincadeiras que envolvem o toque, abraços apertados na chegada ou na saída da
escola. Parece ter ficado num mundo muito distante o ambiente escolar que se
conhecia até março de 2020. Desde então, a pandemia da Covid-19 impôs um ritmo
completamente diferente na forma de agir e, especialmente, na maneira de
transmitir e consumir conhecimento.
Boa parte dos desafios
daquele primeiro momento já foi superada e da crise nasceram soluções que,
hoje, são vistas como fundamentais para os modelos adotados pelas instituições
de ensino públicas e privadas.
Sem dúvida, a
tecnologia salvou o planeta de sufocos maiores. No Brasil, ela foi responsável
pelo andamento dos anos letivos e a principal estratégia de comunicação direta
entre aluno e professor, conforme divulgou a recente pesquisa “Resposta
Educacional à Pandemia de Covid-19 no Brasil”, feita pelo Instituto Nacional de
Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
No Paraná, a direção do
COC Beraldo, de Campina Grande do Sul, região metropolitana de Curitiba,
entendeu bem a lição deixada pela pandemia e não pensou duas vezes: investiu
cerca de R$ 200 mil na compra de equipamentos digitais e no treinamento dos
professores. “Confiamos que a tecnologia como meio é um caminho sem volta e
será permanente, em constante evolução”, afirma o diretor da escola, Elton
Beraldo. “Ser professor já é uma das profissões mais desafiadoras. O professor
não pode esquecer que existe Google”.
Um dos maiores aportes
foi para a compra das lousas digitais, recurso bastante moderno que, como
plataforma, gera relatórios de participação dos alunos. “Através deles,
conseguimos ver quantidades de acessos, a interação nas aulas, inclusive, ver a
evolução das notas. Conseguimos, também, armazenar as aulas por um longo
período”, explica. As lousas digitais foram usadas especialmente nos três
primeiros meses de pandemia e, depois, aos poucos, a direção do COC adaptou o
ensino para projetores de curta distância. “Iniciamos 2021 com projetores de
curta [distância] em todas as salas”, conta o diretor.
Discretas, as
funcionalidades da lousa digital são imperceptíveis e passam completamente
nulas na rotina dos estudantes. No entanto, o impacto na vida prática dos
docentes é bastante palpável. A lousa não permite mascarar dados, o que faz com
que a direção do COC Beraldo aposte na evolução do rendimento dos alunos. Por
permitir compartilhamento, os pais têm acesso a todo o conteúdo, desde as notas
até o tempo em que o filho dedicou aos estudos. “A possibilidade de os pais
acompanharem em tempo real ou gravado permite a correção imediata e obriga a
escola a entregar no mínimo o combinado”, completa Beraldo.
O futuro é incerto, mas
não deixa a Educação em um labirinto. No COC, por exemplo, o cenário para 2022
é otimista. Enquanto a escola aguarda a definição das autoridades quanto às
diretrizes para o novo ano letivo, aposta na adoção dos protocolos de segurança,
nos efeitos da vacinação e na tecnologia. “Acreditamos que a inteligência
artificial irá ganhar força. Novas plataformas irão surgir e as que existem
irão evoluir. Um novo cenário escolar está sendo construído com a cara dessa
geração que está chegando”, sorri. Uma geração que seguirá precisando da
mentoria dos mestres e de todos os elementos da escola para seguir em frente,
dê olho na telinha e com o mundo ao alcance das mãos.
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