Infosys analisa principais modelos de negócio que devem surgir com a implantação do Open Banking
São Paulo, 24 de novembro de 2021 – O Open Banking está sendo implantado
gradativamente no Brasil. A fase 3, com o escopo de pagamento, teve sua
primeira entrega, com compartilhamento de informações sobre serviços de
transferência via PIX no dia 29 de outubro deste ano e, ao redor do mundo, já é
possível vislumbrar seus primeiros resultados. No Reino Unido, por exemplo, o
sistema está em operação desde 2018 e já possui mais de 40 bancos e 250
provedores de serviços para atender a mais de 3 milhões de clientes. O diretor
de serviços financeiros da Infosys Brasil, Luiz Sassá Jr, comenta os impactos
que devem ser observados durante essa transformação no mercado brasileiro. A
Infosys é líder global em consultoria e serviços digitais de última geração.
“Quem apostou que os grandes bancos seriam severamente afetados ou substituídos
por fintechs no curto prazo poderá se surpreender, pois eles ainda têm um papel
fundamental, seja como detentores de grande parte da base de clientes e seus
respectivos dados, ou como parceiros de novas instituições. O Open Banking deve
agregar serviços das fintechs aos grandes bancos, incentivando a melhoria dos
serviços. No entanto, isso não exime as grandes instituições financeiras de
ficarem atentas ao mercado, porque podem perder competitividade por não acompanharem
as inovações oriundas do Open Banking”, diz Sassá Jr.
Abaixo, ele lista as principais
tendências que devem surgir após a implantação do Open Banking no Brasil:
Mais parcerias: as instituições
financeiras vão poder unir forças com empresas de diversos setores, como
varejo, saúde e turismo, por exemplo, para criar produtos, reforçando o aspecto
do “Embedded Finance”. Um exemplo é o empréstimo de dinheiro no momento da
compra, de acordo com o perfil e histórico de compra do cliente, tanto
fisicamente quanto no mundo digital. Pode ser possível também fazer uma oferta
de câmbio ao comprar uma passagem aérea para outro país, de acordo com o volume
de viagens que o cliente faz para o exterior.
Novas categorias profissionais: com a
possibilidade de se utilizar comparadores de serviços e produtos, uma nova
profissão pode surgir no Brasil, a de Agente de Serviços Financeiros
Independente ou IFA (Independent Financial Adviser), ou seja, profissionais que
não possuem um vínculo direto com uma instituição financeira específica, mas
são comissionados por serviços vendidos, papel similar ao de um corretor de
seguros no Brasil. Esse profissional já atua em locais como Reino Unido e Hong
Kong, tendo o papel de oferecer aos seus clientes os melhores produtos e
serviços disponíveis no mercado, independentemente da instituição financeira,
com um impacto relevante no mercado, possibilitando o fomento da concorrência e
agregando o máximo de valor para o cliente.
Monetização de dados (entre IF): é a
possibilidade de cobrança entre as instituições financeiras. O Banco Central
ainda definiu as regras dos limites básicos de informações dos clientes que
podem ser trocadas entre as instituições financeiras, considerando quais
informações estarão disponíveis para troca de forma gratuita e que tipos de
trocas de dados poderão ser remuneradas. Neste caso, o cliente não deverá ser
cobrado.
Prateleira de produtos e serviços
financeiros: assim
como em um supermercado ou um e-commerce, o Open Banking possibilitará aos
clientes escolher seus produtos e serviços, como câmbio, crédito,
investimentos, em uma prateleira.
Ampliação do mercado de loyalty e
cashback: será
possível a extensão dos serviços prestados pelas empresas de loyalty e
cashback, que reforçarão a busca de parcerias para fortalecer os produtos de
cada instituição financeira, com o objetivo de oferecer produtos mais atrativos
ao cliente, além de ser uma oportunidade de troca de benefícios pelo maior bem
do cliente: seus dados.
Personalização: como o cliente será o centro desse
ecossistema, empresas com uma capacidade de estabelecer campanhas pró-ativas,
que estimulem o cliente a prover os dados para ganhar um benefício instantâneo,
terão um grande diferencial. Essas soluções, associadas a um trabalho de
ciência de dados e Inteligência Artificial, irão gerar vantagem competitiva.
Bancos como hub de serviços financeiros: os bancos serão essenciais nessa
transformação, com três novos papéis. O primeiro é o de Integrador entre
agentes do Open Banking (IF, ITP, ID), que permite que ofertas de terceiros
sejam integradas às de um banco ou provedor terceirizado por meio de APIs e
microsserviços. O segundo é de distribuidor de serviços por meio de parceiros.
Esses bancos continuarão a desenvolver e possuir seus produtos e serviços, mas
usarão terceiros como distribuidores. Por fim, serão plataforma de serviços e
produtos financeiros, atuando como intermediários de mercado para clientes,
integradores e instituições financeiras. Esses bancos ainda podem manter ações
tanto no desenvolvimento quanto na distribuição de produtos.
Segundo o diretor da Infosys Brasil, a
previsão é de que o Open Banking ajude a fomentar novos modelos de negócios e
casos de uso para o mercado brasileiro, fazendo com que as empresas
participantes estejam atentas aos novos produtos e serviços que já são
realidade em outros países e que podem ser trazidos para o Brasil. Sassá
reforça também que é importante as Instituições Financeiras que não aderiram ao
Open Banking ainda, que se atentem às lições aprendidas das que foram obrigadas
a participar nesta etapa e, que estabeleçam agendas concretas para se preparar
ao novo conceito de dados abertos (Open Data) e Embedded Finance viabilizados
pelo Open Banking.
Sobre a Infosys
A Infosys é uma das líderes globais de serviços digitais da próxima geração e
consultoria. Capacitamos clientes em 50 países a navegar em sua jornada de
transformação digital. Com mais de três décadas de experiência na gestão de
sistemas e processos de empresas globais, temos a habilidade de orientar os
nossos clientes em sua jornada digital. Visite www.infosys.com para ver como a
Infosys (NYSE:INFY) pode ajudar a sua empresa a navegar rumo à transformação
digital.
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