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Quais prejuízos o "vício" no celular pode trazer para a saúde mental?

Prática de exercícios físicos pode ajudar a superar o uso exagerado do smartphone; o uso excessivo das redes sociais pode causar abstinência

Felipe Laccelva, CEO da Fepo Psicólogos
Divulgação

O vício no celular já faz parte da rotina do brasileiro e, isso se agravou ainda mais na pandemia, visto que o smartphone foi considerado o melhor amigo de muitos, em um cenário de isolamento onde a tela pôde levar as pessoas para fora de quatro paredes. 

A popularização brasileira está entre as que mais passam tempo no celular, cerca de 4,2 horas por dia, de acordo com uma pesquisa da Kantar. “Por conta do alto uso dos smartphones, quando a pessoa fica afastada do celular pode haver aumentos dos níveis de estresse e mau humor, o que dificulta o processo de abstinência. Um grande aliado para auxiliar no controle do uso são as atividades físicas, pois ao realizar as pessoas liberam serotonina e endorfina, que estão ligadas às sensações de alegria e bem-estar”, explica Felipe Laccelva, psicólogo e CEO da Fepo Psicólogos. 

É importante que as pessoas executem atividades físicas que gostem, para que seja sustentável ao longo dos dias, já que, na maioria das vezes, a prática não é considerada prazerosa, resultando na desistência e dificultando no combate ao vício. 

Abaixo, o psicólogo destaca duas dicas para aqueles que desejam trabalhar o psicológico e superar o exagerado uso do celular, com a ajuda de atividades físicas:

  1. Antes de iniciar, é importante refletir como essa dependência está afetando a vida do usuário e quais são os momentos com mais uso. A partir disso, é possível criar um planejamento de quanto pretende reduzir o uso do celular e utilizar esse tempo para realizar outras atividades.
  2. Além do uso desse planejamento e a nova rotina, estar junto de amigos e familiares que impulsionam essa prática pode ajudar. 

 

Como justificar esse “vazio” com o não uso das redes sociais?

A rotina de pessoas marcada por dedicar grande parte do tempo utilizando o celular está relacionada à utilização das redes sociais. Muitos podem ter o sentimento de ansiedade, visto que o conglomerado Facebook, WhatsApp e Instagram não são apenas canais de comunicação, isso vai além, pois gera uma conexão única com os amigos e familiares.

“Quando o celular fica de lado, há um aumento dos níveis de ansiedade pela impossibilidade de rolar o dedo pela tela. Visto que os sistemas online são estruturados para que as pessoas passem o maior tempo possível dentro deles, e o efeito disso dentro do nosso organismo é a liberação de pequenas doses de endorfina, que resultam na sensação de conforto, fazendo com que nos tornemos dependentes conforme o tempo passa”, explica Laccelva. 

Ao impossibilitar o usuário de acessar as redes sociais, ele passa pela síndrome de abstinência, com sensações de mal-estar e inquietação, por exemplo.  Em alguns casos, as redes sociais podem causar prejuízos reais como ansiedade, redução da autoestima, e o distanciamento de amigos e familiares. De acordo com Laccelva, os sinais de que o consumo excessivo das redes sociais está afetando a saúde mental, são: 

  • Impulsividade;
  • Transtornos de humor;
  • Comportamento hostil;
  • Hiperatividade;
  • Distanciamento de pessoas próximas.

A gestão do tempo gasto dentro das redes sociais pode ser uma medida importante para evitar estresses e crises de ansiedade, geradas pelo uso excessivo das redes. 

Atualmente, é possível delimitar um tempo de uso diário para acessar as redes sociais, como no Instagram. Além de outros apps que monitoram o tempo de uso, que ajudam a ter um comparativo se está aumentando ou diminuindo o tempo de uso das redes. A partir disso, é possível ter um parâmetro se há exagero ou não na usabilidade. 

“É importante dizer que a questão não é deixar de usar as redes sociais, elas também têm pontos positivos, como: nos aproximar  de pessoas que gostamos e encurtar distâncias, principalmente neste momento que a sociedade atravessa, de pandemia, porém, é fundamental usar com moderação”, finaliza o psicólogo. 

 

Sobre a Fepo

Fundada em 2018 pelo psicólogo Felipe Laccelva, a Fepo é uma startup digital especializada em atendimentos psicológicos, com terapias a partir de R$38,00 e mais de 60 profissionais disponíveis. Desde o início da pandemia, já realizou mais de 27 mil sessões, resultando em um crescimento de 1870%. Para mais informações acesse https://www.fepo.com.br/

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