6 dicas para expandir sua empresa para o exterior em 2022
Especialista aponta quais são os cenários e
países mais favoráveis, assim como as principais vantagens e desafios da
transição
São Paulo,
dezembro de 2021 – Em uma economia globalizada como a
que temos estabelecida a pelo menos o último meio século, é natural que muitas
empresas considerem expandir suas atividades para o exterior como uma
estratégia de crescimento. Feito de maneira planejada e com os meios adequados,
esse tipo de amplificação pode trazer grandes benefícios, como aumento de
market share e diversificação de clientes e atividades.
Estrategicamente, é importante que o
empresário avalie quais benefícios podem ser consolidados para o sucesso no
mercado internacional, como redução do risco cambial e melhor eficiência
tributária. “Devem ser considerados aspectos como a ampliação do portfólio de
clientes, exposição global da marca, criação de barreiras de proteção à atuação
dos concorrentes internacionais, redução em escala de custos operacionais,
processos concorrenciais externos, novas tecnologias e formação de um time com
experiência e melhor formação”, explica Gustavo Oliveira, doutor em Políticas Públicas, docente e coordenador da
Faculdade Santa Marcelina.
E para ajudar nesta missão, o
especialista listou seis informações indispensáveis para uma possível expansão
em terras exteriores.
Por que apostar
no exterior?
De acordo com o docente, o cenário nacional é desafiador, com fatores de risco como
a retomada da inflação e dólar em alta, véspera de eleições, risco fiscal,
instabilidade social e expectativa de alta dos juros nos EUA. “O mercado
norte-americano é mais robusto, oferece uma gama de maiores oportunidades e
consistentemente entrega resultados positivos aos investidores”, explica.
Em linhas gerais, a diversificação de
investimento internacional é bem-vinda e vista com olhos. “Do contrário, o
empresário investidor fica exposto apenas aos riscos do mercado brasileiro e
deixa de buscar outras possibilidades de ganho em países desenvolvidos, que
apresentam um crescimento maior do que o nosso e oferecem uma solidez melhor,
como os Estados Unidos e a China”, aponta Gustavo.
O cenário adequado
O cenário mais adequado para que uma
empresa dê esse salto seria aquele com segurança em sua operação para que tenha
condições de disputar em condições de igualdade ou superior de mercado e,
assim, expandir sua lucratividade. “Outra circunstância favorável é quando se
possui parceiros internacionais, visto que a demanda compartilhada fraciona e
mitiga o risco”, explica o professor. “Outro contexto a se considerar é quando
há capital e aporte suficiente para acompanhar (e suportar) as oscilações, aproveitar
as oportunidades e, na condição de entrante, demonstrar-se como substituta de
empresas com processos clássicos e tradicionais, oferecendo vantagens
competitivas para os clientes”.
Como fazer?
Existem cuidados que são mandatórios ao
se levar uma empresa brasileira ao exterior, como verificar se o cadastro das
Classificações Nacionais de Atividades Econômicas (CNAE) no CNPJ possuem
correspondência no país de destino, considerando que a empresa deva ter as
mínimas condições para internacionalizar sua operação. “Em casos específicos,
será preciso efetuar mudanças em seu regime tributário para que se possa
alcançar melhor performance e ter maior eficiência ao operar fora do país”,
alerta o professor, que considera essas como condições preliminares.
No entanto, o próximo passo para a
tomada de decisão é realizar uma pesquisa de mercado, com a finalidade
específica de analisar a viabilidade do negócio no país escolhido. “Como a
abertura de uma empresa no Brasil, esse tipo de estudo é decisivo para engajar
ou não em um novo empreendimento”, explica.
As vantagens
Levando em conta o cenário de elevados
impostos, custos e burocracias para a abertura e manutenção de uma companhia no
Brasil, as vantagens no exterior podem ser muitas. O primeiro benefício seria a
expansão em um mercado novo e ávido por originalidade – seguido por condições
tributárias e cambiais, diferenciadas e diversificadas. “A empresa não
permanece refém de cenários de instabilidade econômica, social e política
existentes em seu país de origem”, aponta o especialista.
Outras vantagens destacadas por Gustavo
são aumento da produtividade, redução da dependência do mercado interno e maior
lucro em épocas de crise, além do fortalecimento da imagem da empresa, que
alcança outro patamar em relação aos concorrentes quando se torna
internacional, passando a ter status e visibilidade global.
Os riscos
No entanto, nem tudo são flores –
especialmente quando se considera que, assim como no Brasil, haverá aspectos
legais e regulatórios no país de destinação que poderão ser desafiadores. “A
legislação local é algo indispensável para se conduzir uma empresa com
segurança, além das questões envolvendo políticas públicas e relacionamento com
os órgãos fiscalizadores e de governo”, explica.
Será imprescindível ainda conhecer os
aspectos formais de relacionamento laboral e contratual com gestores,
fornecedores, importadores, escritórios de representação e despachantes
aduaneiros, distribuidores e colaboradores em geral. “O empresário deverá ter
domínio das condições econômicas e de concessão de crédito, visando a proteção
do negócio e sua sustentabilidade, além de conhecer e participar, ainda que
indiretamente, do processo decisório político local” comenta o professor.
Para onde ir?
Atualmente, com a grande crise econômica
prevalente no mercado europeu, China e Estados Unidos são, cada vez mais,
destinos escolhidos pelo empresariado brasileiro. Na Europa, ainda são válidas
as condições recentes e mais favoráveis na Suécia, Reino Unido, Holanda,
Dinamarca, Holanda, Alemanha, Irlanda e Suíça. “O Reino Unido, apesar de
toda a polêmica e indefinições envolvendo o Brexit, ainda é um dos países mais
empreendedores do mundo”, explica Gustavo.
No entanto, o docente afirma que a
melhor maneira de escolher um país que ofereça as condições mais adequadas é
pesquisando e consumindo informações atualizadas e com contexto histórico
daquele país, por meio de indicadores de performance, sustentabilidade,
desenvolvimento humano, balança comercial, índice de emprego e desemprego e
crescimento econômico em período recente. “O principal ranking para analisar a
facilidade de se realizar negócios em um determinado país é o disponibilizado
pelo Banco Mundial, onde quase 200 economias são classificadas, segundo os critérios
de análise”, finaliza.
Sobre a Faculdade Santa
Marcelina
A Faculdade Santa Marcelina é uma instituição mantida pela Associação Santa Marcelina – ASM, fundada em 1º de janeiro de 1915 como entidade filantrópica. Desde o início, os princípios de orientação, formação e educação da juventude foram os alicerces do trabalho das Irmãs Marcelinas. Em São Paulo, as unidades de ensino superior iniciaram seus trabalhos nos bairros de Perdizes, em 1929, e Itaquera, em 1999. Para os estudantes é oferecida toda a infraestrutura necessária para o desenvolvimento intelectual e social, formando profissionais em cursos de Graduação e Pós-Graduação (Lato Sensu). Na unidade Perdizes os cursos oferecidos são: Música, Licenciatura em Música, Artes Visuais, Licenciatura em Artes Plásticas e Moda. Já na unidade Itaquera são oferecidas graduações em Administração, Ciências Contábeis, Enfermagem, Fisioterapia, Medicina, Nutrição, Tecnologia em Radiologia e Tecnologia em Estética e Cosmética.
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