A polêmica de quem pode atuar no ramo da estética
Dr. Paula Caroline Garcia, Biomédica Esteta,
especialista em técnicas avançada e eletroterapias
Dra. Paula Caroline Garcia, biomédica e CEO da Clinic
Cursos
Divulgação
Está longe do fim ou de ser um consenso
a polêmica sobre quais profissionais podem realizar procedimentos estéticos no
Brasil. Mas afinal de contas, qual formação deve ter esses profissionais? Quem
pode realizar o que?
Antes de responder a essa pergunta,
devemos entender o funcionamento do setor de estética, que pode ser dividido em
dois grandes grupos de procedimentos:
Procedimentos Injetáveis: minimamente invasivos, em que se
utilizam agulhas e que passam a barreira da epiderme
Procedimentos Não injetáveis: aplicação de produto dentro do tecido.
Os médicos tem regulamentação para
atuarem na área da estética injetável facial e corporal, assim como os
biomédicos e farmacêuticos estéticos. Já dentistas podem trabalhar apenas rosto
e pescoço, não podendo atuar em corpo e capilar.
Os enfermeiros precisam se atualizar
constantemente sobre novas permissões para área da estética, pois podem
trabalhar apenas com alguns dos procedimentos injetáveis. Os biólogos são os
novos profissionais da área da saúde que podem trabalhar no setor. E os
fisioterapeutas devem acompanhar seu Conselho Regional, pois há um movimento
para que seja liberado e regulamentado, no que diz respeito aos procedimentos
injetáveis.
Algumas técnicas, como a harmonização
facial e fios de sustentação, exigem formações específicas em determinadas
áreas da saúde de acordo com a legislação vigente. Contudo, apesar de uma série
de cursos que não têm a mesma exigência, como design e micropigmentação de
sobrancelhas, a busca por escolas têm sido grande também por profissionais da
saúde, principalmente da área de enfermagem.
Mas é importante salientar que, aqueles
profissionais que pretendem ingressar no mercado de estética devem estudar e
muito, pois além de estarem lidando com aparência e autoestima das pessoas,
trata-se de um setor que está em constante atualização e crescimento. Para a
habilitação de cada profissional, o próprio conselho a que ele é vinculado
exige uma carga horária mínima no ramo da estética.
Segundo avaliação de advogados
especializados na área da Saúde, como Rodrigo Tadeu Donizete Marques da Silva e
Carlos Alberto de Souza Reis (da Silva & Reis Assessoria Jurídica), os
cursos livres são ofertados para que haja desenvolvimento técnico aos
profissionais, não sendo um modelo de habilitação à execução de qualquer
atividade profissional.
Ele aponta que esta função é oriunda da
ação dos conselhos de classes das respectivas profissões. Assim, os cursos
extracurriculares objetivam a capacitação e a atualização do profissional, a
habilitação/autorização para a execução da atividade é de atribuição dos
respectivos conselhos de classe, que habilitam estes profissionais. Mesmo
os cursos de pós-graduação (especializações) devem passar pelo crivo dos
conselhos.
É fundamental destacar que o fato de
realizar uma especialização em estética, sem o registro desta no respectivo
conselho de classe e por consequência, a habilitação desta especialização, não
autoriza a execução da atividade pelo profissional.
Um fenômeno que observamos na rotina da
Clinic Cursos é que a grande procura dos cursos por pessoas formadas com
bacharéis de enfermagem, já somam mais de 50% dos alunos. Ouvimos relatos que o
principal motivo por buscarem mudança em sua área de atuação é o estresse
causado no ambiente hospitalar e prontos-socorros, principalmente durante a
pandemia do coronavírus.
Esses profissionais querem um trabalho,
em que possam atuar mais com a autoestima das pessoas, com o bem-estar e com a
alegria. E não é apenas uma percepção entre alunos, mas também entre quem
procura oportunidades de emprego na escola,
tanto que a cada 10 currículos que recebo, três são de enfermeiros. Menciona
a Dra. Paula
Os fenômenos que comentei não são os
únicos a alavancarem o setor de formação desses profissionais.
O Brasil é o país que mais realiza
cirurgias plásticas no mundo. De acordo com levantamento recente divulgado pela
Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS, na sigla em
inglês), organização global que congrega cirurgiões estéticos de 110 nações, em
2019 o país respondeu por 13,1% do total de procedimentos, seguido dos Estados
Unidos, com 11,9%.
Este é o segundo ano consecutivo em que
a avaliação do ISAPS destaca a liderança brasileira. Não fosse a pandemia de
Covid-19, manteríamos esta performance ascendente também em 2020. Já no começo
de 2021, no entanto, os sinais de recuperação foram perceptíveis, com um
aumento de quase 50% na procura por procedimentos estéticos, em comparação com
o mesmo período do ano passado.
O levantamento também aponta que os
procedimentos não cirúrgicos mais populares para ambos os sexos são toxina
botulínica, ácido hialurônico e remoção de pelos.
De acordo com o Global Entrepreneurship Monitor
2020/2021 (GEM), publicado em maio deste ano, mais de 50% dos
brasileiros pensam em iniciar um negócio nos próximos três anos. Estando no
Brasil o maior índice de intenção de empreender entre os países monitorados da
América Latina, América do Norte e Europa. Uma tendência que se comprova no
setor da estética e nos resultados do crescimento da Clinic Cursos, uma escola
que desenvolve profissionais para procedimentos não cirúrgicos, desde o design
de sobrancelhas até a harmonização facial, e que viu a procura por seus cursos
crescer 500% no primeiro semestre de 2021.
Dra. Paula Caroline Garcia, Biomédica
Estética, especialista em técnicas avançada e eletroterapias e gestão de
negócios. CEO e responsável técnico da Clinic Biomedicina Estética. CEO e
coordenadora pedagógica da Clinic Cursos. Fundadora da Spa inPars, empresa do
ramo de bem estar em eventos. Docente nos cursos de Harmonização
Orofacial e corporal há 3 anos
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