Com BNDES, Minfra abre consulta pública para concessão de 2,5 mil km de rodovias
-Trechos estão localizados em Rondônia,
Mato Grosso e Goiás e são importantes para escoamento da produção agropecuária
- Projeto faz parte de contrato para
estruturação de concessão em 8,3 mil km de rodovias federais
Com o apoio do Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Ministério da
Infraestrutura (MINFRA) abre nesta segunda-feira (27), consulta pública para o
processo de concessão de 2.565 quilômetros de rodovias. Organizados em quatro
lotes divididos entre os estados de Rondônia, Mato Grosso e Goiás, os trechos
fazem parte de um contrato para estruturação de projetos de concessão celebrado
entre o BNDES e o MINFRA que prevê o estudo de aproximadamente 8.300 km de
trechos rodoviários.
“O MInfra é um dos
principais parceiros do BNDES na estruturação de concessões. Juntos estamos modelando
mais de 8.000 km de rodovias, que serão levadas a mercado em blocos. A escolha
de priorizar os trechos do Centro-Oeste e Norte se deu pela necessidade de
ampliação da infraestrutura rodoviária no curto prazo nesta região, de modo a
viabilizar o escoamento do agro, em particular da carga destinada à
exportação”, explica Fábio Abrahão, Diretor de Concessões e Privatizações do
BNDES.
Durante o período de
consulta pública, a população poderá opinar sobre o projeto, que tem
investimentos estimados em R$ 13,6 bilhões ao longo dos 30 anos de concessão. A
expectativa do MINFRA é que a publicação do edital ocorra no terceiro trimestre
de 2022.
“São rodovias
importantes que atravessam as regiões Centro-Oeste e Norte do Brasil e, quando
concedidas, formarão um corredor logístico desde Porto Velho, em Rondônia, até
o porto de Santos. Teremos um grande eixo diagonal, que vai cortar o Brasil,
fundamental para o agronegócio, tanto para quem pretende acessar a Hidrovia do
Madeira, em direção ao Arco Norte, como para quem seguir em direção a Santos”,
afirmou o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas.
Esses trechos estão
localizados em regiões que representam novas fronteira de expansão do Programa
de Concessão de Rodovias Federais, no Centro-Oeste e Norte do país. Nas
localidades o transporte rodoviário é de grande importância para escoamento da
produção do agronegócio, mas o tráfego apresenta níveis de inferiores aos de
outras regiões do país.
Os projetos foram
estruturados de forma a não gerar níveis tarifários elevados e, ao mesmo tempo,
viabilizar uma série de intervenções emergenciais de recuperação das vias que
aumente a segurança e o conforto dos usuários, além de gerar menor perda de
carga durante o transporte.
As principais melhorias
envolvem 20 km de faixa adicional em pista duplicada na proximidade de Goiânia,
164 km de duplicações, dos quais quase 140km entre Vilhena/RO e Porto Velho/RO
824 km de terceiras faixas em pista simples, além de 10 Pontos de Parada
e Descanso para apoio aos caminhoneiros e pistas marginais das principais
travessias urbanas. Também estão previstas a construção do contorno de
Goiânia/GO, ligando a rodovia BR-050 à rodovia BR-153, com 39 km e do contorno
de Porto Velho/RO.
Todos os trechos foram
avaliados segundo a metodologia do International Road Assessment Programme
(iRAP), uma instituição dedicada a salvar vidas, eliminando estradas de alto
risco em todo o mundo. A partir dessa avaliação, foram definidos investimentos
necessários para mitigar os riscos dos pontos mais críticos dos trechos
garantindo, no mínimo, uma classificação de três estrelas (de um máximo de
cinco estrelas), considerada adequada pela metodologia.
As concessionárias
desses projetos também deverão executar medidas estruturadas nos pilares
Ambiental (A), Social (S) e Governança (G) e relacionadas aos Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas – ODS/ONU, a
partir da adoção de frameworks amplamente reconhecidos no mercado, com destaque
para o Programa de Neutralização de Carbono que deverá ser implementado pelas
concessionárias, com o objetivo de neutralizar suas emissões de Gases de Efeito
Estufa – GEE.
O projeto de
estruturação da concessão teve início em maio de 2020, com a assinatura do
contrato junto ao MINFRA e a posterior contratação para dar apoio na elaboração
dos estudos do projeto do consórcio composto por Logit Engenharia Consultiva
Ltda, Future ATP Serviços de Engenharia Consultiva Ltda, Queiroz Maluf
Sociedade de Advogados e JGP Consultoria e Participações Ltda.
Tais estudos envolveram
a realização de trabalhos de campo, a projeção da demanda de tráfego e dos
investimentos necessários para o horizonte de 30 anos, a avaliação
econômico-financeira do projeto e a elaboração das minutas do edital e do
contrato de concessão.
Saiba mais sobre este e
os demais projetos em estruturação pelo BNDES no BNDES Hub de Projetos.
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